Manual de Instalação da Distribuição Debian GNU/Linux

Copyright © 2004, 2005 Time de instalação da Debian

Este manual é software livre; você poderá redistribuí-lo e/ou modificá-lo sob
os termos da GNU General Public Licence. Por favor, veja a licença em
Apêndice E, GNU General Public License.

Resumo

Este documento contém instruções de instalação do sistema Debian GNU/Linux 3.1
(codinome "sarge"), para a arquitetura Intel x86 ("i386"). Ele também contém
referências para mais e mais informações sobre como obter maior proveito de seu
novo sistema Debian.

Nota

Enquanto este manual de instalação para i386 está bastante atualizado, nós
planejamos fazer algumas mudanças e reorganizar partes do manual após o
lançamento oficial da sarge. Uma nova versão deste manual de instalação pode
ser encontrado na Internet na página oficial do debian-installer. Você também
pode encontrar traduções adicionais a partir deste endereço.

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Índice

Instalando o sistema Debian GNU/Linux 3.1 em sistemas i386
1. Bem vindo ao Debian

    1.1. O que é o Debian?
    1.2. O que é GNU/Linux?
    1.3. O que é o Debian GNU/Linux?
    1.4. Obtendo o Debian
    1.5. Obtendo novas versões deste documento
    1.6. Organização deste documento
    1.7. Sobre direitos reservados e licenças de software

2. Requerimentos de Sistema

    2.1. Hardwares Suportados

        2.1.1. Arquiteturas Suportadas
        2.1.2. CPU, placas mãe e suporte a placas de vídeo
        2.1.3. Placas de vídeo
        2.1.4. Notebooks
        2.1.5. Múltiplos Processadores

    2.2. Mídias de Instalação

        2.2.1. Disquetes
        2.2.2. CD-ROM/DVD-ROM
        2.2.3. Disco Rígido
        2.2.4. Memória Stick USB
        2.2.5. Rede
        2.2.6. Sistema GNU ou *ix
        2.2.7. Sistemas de Armazenamento Suportados

    2.3. Suporte a periféricos e outros hardwares
    2.4. Comprando Hardwares específicos para GNU/Linux

        2.4.1. Evite Hardwares Proprietários ou Fechados
        2.4.2. Hardwares específicos para Windows
        2.4.3. Memória RAM com Paridade "Virtual"

    2.5. Requerimentos de Memória e Espaço em Disco
    2.6. Placas de rede

3. Antes de instalar a Debian GNU/Linux

    3.1. Visão do processo de instalação
    3.2. Faça backup dos seu dados existentes!
    3.3. Informações que precisa saber

        3.3.1. Documentação
        3.3.2. Encontrando Fontes de Informações de Hardware
        3.3.3. Compatibilidade de Hardware
        3.3.4. Configurações de Rede

    3.4. Atingindo os requerimentos mínimos de hardware
    3.5. Pre-Particionamento para sistemas com Multi-Inicialização

        3.5.1. Particionamento através do DOS ou Windows

    3.6. Pré-Instalação do hardware e configuração do sistema operacional

        3.6.1. Invocando o menu de configuração da BIOS
        3.6.2. Seleção do dispositivo de inicialização
        3.6.3. Configurações diversas da BIOS
        3.6.4. Assuntos relacionados ao hardware que tem em mãos

4. Obtendo a mídia de instalação do sistema

    4.1. Conjunto oficial de CD-ROMs do Debian GNU/Linux
    4.2. Baixando arquivos através de espelhos (mirrors) da Debian

        4.2.1. Aonde achar as imagens de instalação

    4.3. Criando disquetes a partir de imagens de disco

        4.3.1. Gravando imagens de disquetes a partir de um sistema Linux ou
            Unix
        4.3.2. Gravando imagens de disquetes a partir do DOS, Windows ou OS/2

    4.4. Preparando os arquivos para a inicialização usando um memory stick USB

        4.4.1. Copiando os arquivos -- o método fácil
        4.4.2. Copiando os arquivos -- o método flexível

    4.5. Preparando arquivos para a inicialização através do disco rígido

        4.5.1. Iniciando o programa de instalação via disco rígido usando o
            LILO ou o GRUB

    4.6. Preparando os arquivos para inicialização via rede usando TFTP

        4.6.1. Configurando um servidor BOOTP
        4.6.2. Configurando um servidor DHCP
        4.6.3. Ativando o servidor TFTP
        4.6.4. Movendo as imagens TFTP para o Local

    4.7. Instalação automática

        4.7.1. Instalação automática usando o programa de instalação da Debian

5. Iniciando o sistema de instalação

    5.1. Inicializando o Programa de Instalação na Intel x86

        5.1.1. Inicializando o sistema através de um CD-ROM
        5.1.2. Inicializando através do linux usando o LILO ou GRUB
        5.1.3. Inicialização através de uma memory stick USB
        5.1.4. Inicialização através de disquetes
        5.1.5. Inicialização usando o TFTP
        5.1.6. Parâmetros de inicialização

    5.2. Parâmetros de Inicialização

        5.2.1. Parâmetros da instalação da Debian

    5.3. Problemas e Processo de Instalação

        5.3.1. Confiança em Disquetes
        5.3.2. Configuração de Partida
        5.3.3. Problemas comuns de instalação na Intel x86
        5.3.4. Interpretando as Mensagens de Inicialização do Kernel
        5.3.5. Relatório de Falhas
        5.3.6. Enviando Relatórios de Instalação

6. Usando o Debian Installer

    6.1. Como o programa de instalação Funciona
    6.2. Introdução aos componentes
    6.3. Usando os componentes individuais

        6.3.1. Configurando o programa de instalação da Debian e configuração
            de hardware
        6.3.2. Particionamento e seleção do ponto de montagem
        6.3.3. Instalando o sistema básico
        6.3.4. Tornando seu sistema inicializável
        6.3.5. Finalizando o primeiro estágio
        6.3.6. Diversos

7. Inicializando em seu novo sistema Debian

    7.1. O momento da verdade
    7.2. Configuração do sistema Debian após a reinicialização (sist. básico)

        7.2.1. Configurando seu fuso horário
        7.2.2. Configurando os usuários e senhas
        7.2.3. Configurando o PPP
        7.2.4. Configurando o APT
        7.2.5. Instalação de Pacotes
        7.2.6. Perguntas durante a instalação de programas
        7.2.7. Configurando seu Agente de Transporte de E-Mails

    7.3. Entrando no Sistema

8. Próximos passos e para onde ir a partir de agora

    8.1. Caso seja novo no Unix
    8.2. Se orientando na Debian

        8.2.1. Sistema de Empacotamento da Debian
        8.2.2. Gerenciamento de Versões de Aplicativos
        8.2.3. Gerenciamento de Tarefas do Cron

    8.3. Reativando o DOS e o Windows
    8.4. Leituras futuras e informações
    8.5. Compilando um novo Kernel

        8.5.1. Gerenciamento da imagem do kernel

A. Howto de Instalação

    A.1. Preliminares
    A.2. Iniciando o programa de instalação

        A.2.1. CDROM
        A.2.2. Disquetes
        A.2.3. Memory stick USB/Pen drive
        A.2.4. Inicializando através da rede
        A.2.5. Inicializando através do disco rígido

    A.3. Instalação
    A.4. Enviando um relatório de instalação
    A.5. E finalmente...

B. Particionamento para a Debian

    B.1. Decidindo o tamanho de partições na Debian
    B.2. A árvore de diretórios
    B.3. Esquema de particionamento recomendado
    B.4. Nomes de dispositivos no Linux
    B.5. Programas de particionamento da Debian

        B.5.1. Particionamento para Intel x86

C. Algumas Considerações

    C.1. Exemplo de Arquivo de Pré-Configuração
    C.2. Dispositivos do Linux

        C.2.1. Configurando seu Mouse

    C.3. Espaço em Disco Necessário para as Tarefas (tasks)
    C.4. Instalando a Debian GNU/Linux a partir de um sistema Unix/Linux

        C.4.1. Iniciando
        C.4.2. Instalar o debootstrap
        C.4.3. Executando o debootstrap
        C.4.4. Configurando o Sistema Básico
        C.4.5. Instalar um Kernel
        C.4.6. Configurando seu Gerenciador de Partida

    C.5. Instalando Debian GNU/Linux por Linha IP Paralela (PLIP)

        C.5.1. Requisitos
        C.5.2. Configurando a origem
        C.5.3. Instalando o alvo

D. Considerações Finais

    D.1. Sobre este documento
    D.2. Contribuindo com este documento
    D.3. Maiores Contribuições
    D.4. Reconhecimento de Marcas Registradas

E. GNU General Public License

    E.1. Preamble
    E.2. GNU GENERAL PUBLIC LICENSE
    E.3. How to Apply These Terms to Your New Programs

Lista de Tabelas

3.1. Informação de Hardware Necessárias para uma Instalação
3.2. Requerimento mínimo recomendado do sistema

Instalando o sistema Debian GNU/Linux 3.1 em sistemas i386

Nós estamos felizes que tenha decidido tentar usar a Debian e temos certeza que
perceberá que a distribuição Debian GNU/Linux é única. A Debian GNU/Linux vem
acompanhada com software livre de alta qualidade desenvolvidos ao redor do
mundo, integrado em um conjunto coerente. Nós acreditamos que achará o
resultado é mais verdadeiro que a soma entre todas estas partes.

Nós entendemos que muitos de vocês desejam instalar a Debian sem ler este
manual e que o Debian installer foi desenvolvido para tornar isto possível. Se
não tiver tempo de ler todo o guia de instalação agora, nós recomendamos que
leia o Installation HOWto, que o guiará através de um processo de instalação
básico e apontará para tópicos mais avançados existentes no manual de
instalação ou quando as coisas derem errado. O how-to de instalação pode ser
encontrado em Apêndice A, Howto de Instalação.

Tendo dito isto, nós esperamos que tenha tempo para ler a maioria deste manual,
e fazendo isto se tornará melhor informado e terá uma experiência de sucesso em
sua instalação.

Capítulo 1. Bem vindo ao Debian

Índice

1.1. O que é o Debian?
1.2. O que é GNU/Linux?
1.3. O que é o Debian GNU/Linux?
1.4. Obtendo o Debian
1.5. Obtendo novas versões deste documento
1.6. Organização deste documento
1.7. Sobre direitos reservados e licenças de software

Este capítulo oferece uma visão do projeto Debian e do Debian GNU/Linux. Caso
já conheça a história do Projeto Debian e a distribuição Debian GNU/Linux,
sinta-se livre para pular para o próximo capítulo.

1.1. O que é o Debian?

O Debian é uma organização totalmente voluntária dedicada a desenvolver
software livre e promover os ideais da Free Software Foundation. O projeto
Debian se iniciou em 1993, quando Ian Murdock ofereceu um convite livre a
desenvolvedores de software livre para contribuir com uma distribuição completa
e coerente baseada no kernel do Linux relativamente novo. Aquele grupo de
entusiastas originalmente fundaram baseado nos ideais da Free Software
Foundation e influenciados pela filosofia GNU, cresceu através dos anos em uma
organização em torno de 900 Desenvolvedores Debian.

Os Desenvolvedores Debian estão envolvidos em uma variedades de atividades,
incluindo Web e FTP administração do site, design gráfico, análise legal de
licenças de software, escrevendo documentação, e é claro, mantendo pacotes de
softwares.

Em interesse da comunicar nossa filosofia e atrair desenvolvedores que
acreditam nos princípios que guiam o Debian, o projeto Debian publicou um
número de documentos que mostram nosso valor e servem como guia para o que
significa ser um Desenvolvedor Debian:

  * O Contrato Social do Debian expressa o comprometimento do Debian com a
    comunidade de software livre. Quem que concorda em obedecer o contrato
    social pode se tornar um mantenedor. Qualquer mantenedor pode adicionar
    novos programas no Debian -- desde que estes softwares confiram com nosso
    critério do que é software livre, e que o pacote siga nossos padrões de
    qualidade.

  * O DFSG Debian Free Software Guidelines é um critério claro e conciso do que
    o Debian avalia como sendo software livre. O DFSG é um documento de grande
    influência no movimento de Software Livre, e foi o ponto de partida para a
    Definição do que é Open Source.

  * O Manual de Políticas Debian é uma especificação extensiva dos padrões de
    qualidade do Projeto Debian.

Os desenvolvedores Debian também estão envolvidos em um grande número de outros
projetos; alguns específicos ao Debian, outros envolvendo mais ou toda a
comunidade Linux. Alguns exemplos incluem:

  * O Linux Standard Base (LSB) é um projeto que tem por objetivo a
    padronização do sistema GNU/Linux básico, que permitiria que softwares
    terceirizados e desenvolvedores de hardwares programarem programas e
    controladores de dispositivos para Linux em geral, ao invés de específico
    para somente uma distribuição.

  * O Filesystem Hierarchy Standard (FHS) é um esforço para padronizar o layout
    do sistema de arquivos do Linux. O FHS permitirão desenvolvedores de
    softwares concentrarem seus esforços em programas designados, sem ter que
    se preocupar sobre como o pacote deverá ser instalado em diferentes
    distribuições GNU/Linux.

  * Debian Jr. é um projeto interno, que tem por objetivo mostrar que o Debian
    tem algo a oferecer para nossos usuários mais jovens.

Para informações mais gerais sobre o Debian, veja a FAQ do Debian.

1.2. O que é GNU/Linux?

Linux é um sistema operacional: uma série de programas que lhe permitem
interagir com seu computador e executar seus programas.

Um sistema operacional consiste em vários programas fundamentais que são
necessários para que seu computador possa se comunicar e receber instruções dos
usuários; ler e gravar dados para os discos rígidos, tapes, impressoras;
controlar o uso de memória; e executar outros aplicativos. A parte mais
importante de um sistema operacional é o kernel. Em um sistema GNU/Linux o
Linux é o componente do kernel. O resto do sistema consiste de outros
programas, muitos dos quais foram escritos pelo ou para o projeto GNU. Por
causa do que o kernel do Linux sozinho não torna um sistema operacional
funcional, nós preferimos usar o termo "GNU/Linux" para nos referirmos ao
sistema em que muitas pessoas insistem em se referir como "Linux".

O Linux é modelado sobre o sistema operacional Unix. Desde o inicio, o Linux
foi designado para ser um sistema multi-tarefa e multi-usuário. Estes fatos são
o bastante para tornar o Linux diferente de outros sistemas operacionais bem
conhecidos. No entanto, o Linux é até mesmo mais diferente que você possa
imaginar. Em contraste com outros sistemas operacionais, ninguém é dono do
Linux. Muito do seu desenvolvimento é feito por voluntários não pagos.

O Desenvolvimento do que mais tarde se tornaria o GNU/Linux começou em 1984,
quando Free Software Foundation iniciou o desenvolvimento de um sistema
operacional livre no estilo unix chamado GNU.

O projeto GNU desenvolveu um conjunto compreensivo de ferramentas em software
livre para uso com Unix (tm) e sistemas operacionais parecidos com Unix como o
Linux. Estas ferramentas permitem aos usuários fazerem coisas rotineiras (como
copiar e remover arquivos do sistema operacional) para coisas complicadas (como
escrever e compilar programas ou fazer edição sofisticada em uma variedade de
formatos de documentos).

Enquanto muitos grupos e desenvolvedores individuais tem contribuído com o
Linux, o maior contribuidor simples é ainda a Free Software Foundation, que
criou não somente a maioria das ferramentas usadas no Linux, mas também a
filosofia e a comunidade que tornou o Linux possível.

O kernel do Linux apareceu primeiro em 1991, quando um estudante de ciências da
computação chamado Linus Torvalds anunciou uma recente versão de um kernel que
substituiria o do Minix para um grupo de noticias da Usenet comp.os.minix. Veja
a Página da História do Linux.

O Linus Torvalds continua a coordenar o trabalho de diversos milhares de
desenvolvedores com a ajuda de alguns deputados confiáveis. Um sumário semanal
excelente das discussões do kernel do linux é a lista de discussão Kernel
Traffic. Mais informações sobre a lista de discussão linux-kernel podem ser
encontradas na FAQ da lista de discussão linux-kernel.

Os usuários do Linux tem total liberdade de escolher seus softwares. Por
exemplo, os usuários do Linux podem escolher entre dezenas de shells em linha
de comando diferentes e vários ambientes gráficos. Esta seleção freqüentemente
confunde usuários de outros sistemas operacionais, que não se acostumaram em
pensar sobre um interpretador de linha de comando ou que poderiam escolher o
tipo de desktop que podem usar.

O Linux também tem menos probabilidade de travar, mais capacidade de executar
mais de um programa ao mesmo tempo, e mais seguros que muitos sistemas
operacionais. Com estas vantagens, o Linux é o sistema operacional com o
crescimento mais rápido no marketing de servidores. Mais recentemente, o Linux
também começou a ser popular entre os usuários domésticos e empresas.

1.3. O que é o Debian GNU/Linux?

A combinação da filosofia da Debian e métodologia e das ferramentas GNU, o
kernel do Linux e outros softwares livres imporantes, formam a única
distribução de software chamada Debian GNU/Linux. Esta distribuição é feita de
um grande número de pacotes de softwares. Cada pacote na distribuição contém
programas executáveis, scripts, documentação e informações de configuração, e
tam um mantenedor que é o responsável primariamente por manter o pacote
atualizado, analisando bug reports e comunicando-se com o autor upstream do
pacacote do programa. Nossa base de usuários extremamente grande, combinado com
nosso sistema de tratamento de falhas asseguram que os problemas são
encontrados e corrigidos rápidamente.

A Debian atenta para detalhes que nos permitem produzir programas de alta
qualidade, estabilidade e distribuição escalonável. As instalações podem ser
facilmetne configuradas para servir múltiplos propósitos, de firewalls com
poucos pacotes a estações desktop científicas para servidores ou servidores de
rede de alta performance.

A Debian é especialmente popular entre usuários avançados por causa de sua
excelência técnica e atendendo as necessidades e expectativas da comunidade
Linux. A Debian também introduz muitas características ao Linux que agora são
rotineiras.

Por exemplo, a Debian foi a primeira distribuição Linux a incluir um sistema de
gerenciamento de pacotes para instalação e remoção fácil de software. Ela
também foi a primeira distribuição Linux que permitir a atualização sem
requerer a reinstalação.

A Debian continua a ser uma lider no desenvolvimendo de sistemas Linux. Seu
processo de desenvolvimento é um exemplo de simplesmente dizer que o modelo de
desenvolvimento de Software Aberto pode funcionar -- até as tarefas mais
complexas como construir e manter um sistema operacional completo.

A característica que mais distingue a Debian de outras distribuições Linux é
seu sistema de gerenciamento de pacotes. Estas ferramentas dão ao administrador
de um sistema Debian o controle completo dos pacotes instalados em seu sistema,
incluindo a habilidade de instalar um simples pacote ou automaticamente
atualizar todo o sistema operacional. Pacotes individuais também podem ser
protegidos para não serem atualizados. Você pode até mesmo dizer ao sistema de
gerenciamento de pactoes sobre programas que compilou por sí próprio e que
dependências ele precisa resolver.

Para proteger seu sistema contra "cavalos de tróia" e outros softwares
maliciosos, a Debian verifica se os pacotes enviados vem de seus
desenvolvedores registrados. Os empacotadores da Debian também tomam
verdadeiros cuidado de configurar seus pacotes de uma maneira segura. Quando
problemas de segurança são encontrados nos pacotes, as correções são
normalmente disponibilizadas rapidamente. Com as opções de atualizações simpls
da Debian, as correções de segurança podem ser baixadas e instaladas
automaticamente através da Internet.

O método primário, e melhor, de se obter suporte ao seu sistema Debian GNU/
Linux e se comunicar com os desenvolvedores da Debian é através das muitas
listas de discussão mantidas pelo projeto Debian (existem mais de 160 quando
este documento foi escrito). O método masi fácil de se inscrever em uma destas
lista é visitar Página de inscrição nas listas de discussão do Debian e
preencher o formulário que lá se encontra.

1.4. Obtendo o Debian

Para mais informações sobre o download do Debian GNU/Linux através da Internet
ou de onde os CDs oficiais do Debian podem ser comprados, veja página web de
distribuição. A lista de espelhos do Debian contém uma lista completa de
espelhos oficiais do Debian, assim poderá usar o que estiver mais próximo de
você.

O Debian pode ser atualizado facilmente após a instalação. O processo de
instalação irá ajustar seu sistema de forma que você poderá fazer estas
atualizações assim que completar seu processo de instalação, caso precise ser
feito.

1.5. Obtendo novas versões deste documento

Este documento está sendo constantemente revisado. Tenha certeza de ver Páginas
da Debian 3.1 as últimas informações sobre o lançamento 3.1 do sistema Debian
GNU/Linux. Versões atualizadas deste manual de instalação também estão
disponíveis a partir da página do Manual de Instalação Oficial.

1.6. Organização deste documento

Este documento tem a intenção de servir como o primeiro manual para usuários
Debian. Ele tenta assumir algumas coisas quanto possíveis sobre seu nível de
experiência. No entanto, nós assumimos que você sabe quais são os hardwares
instalados em sua máquina.

Usuários experientes também podem encontrar algumas referências para
informações interessantes neste documento, incluindo o tamanho mínimo de
instalação, detalhes sobre os hardwares suportados pelo sistema de instalação
da Debian, e assim por diante. Nós encorajamos usuários experiente a darem uma
olhada neste documento.

Em geral, este manual é organizado de uma forma linear, lhe guiando através do
processo de instalação do inicio até o final. Aqui estão os passos para a
instalação do Debian GNU/Linux, e as seções deste documento relacionadas com
cada passo:

 1. Determinar se o seu hardware atende aos requerimentos de uso do sistema de
    instalação, em Capítulo 2, Requerimentos de Sistema.

 2. Cópia de segurança do seu sistema, fazer quaisquer planejamentos
    necessários e configurações e hardware antes de instalar a Debian, em
    Capítulo 3, Antes de instalar a Debian GNU/Linux. Se você não estiver
    preparando um sistema multi-inicialização, você poderá criar um espaço
    particionável em seu disco rígido para uso com a Debian.

 3. Em Capítulo 4, Obtendo a mídia de instalação do sistema, você poderá obter
    os arquivos necessários de instalação para o método de instalação que
    escolheu.

 4. Capítulo 5, Iniciando o sistema de instalação Descreve o processo e iniciar
    o programa de instalação. Este capítulo também discute procedimentos
    relacionados a solução de problemas durante este passo.

 5. A configuração de partições do Linux para seu sistema Debian é explicada em
    Apêndice B, Particionamento para a Debian.

 6. Realizar a instalação atual seguindo os passos em Capítulo 6, Usando o
    Debian Installer. Isto envolve em escolher seu idioma, configurar os
    módulos dos controladores de periféricos, configurar sua conexão de rede,
    assim os arquivos restantes da instalação poderão ser obtidos diretamente a
    partir de um servidor da Debian (se não estiver instalando a partir de um
    CD), particionando seus discos rígidos e instalação de um sistema funcional
    mínimo.

 7. Iniciar em seu novo sistema instalado e executar algumas tarefas adicionais
    de configuração de Capítulo 7, Inicializando em seu novo sistema Debian.

 8. Instalar programas adicionais em Seção 7.2.5, "Instalação de Pacotes".

Assim que tiver seu sistema instalado, você poderá ler Capítulo 8, Próximos
passos e para onde ir a partir de agora. Este capítulo explica aonde encontrar
mais informações sobre o Unix e a Debian, e como substituir seu kernel atual.

Finalmente, informações sobre este documento e como contribuir para sua
melhoria podem ser encontradas em Apêndice D, Considerações Finais.

1.7. Sobre direitos reservados e licenças de software

Nós temos certeza que você deve ter lido muitas das licenças que vem com a
maioria dos softwares comerciais -- eles normalmente dizem que você somente
poderá usar uma cópia do software em um computador simples. Este tipo de
licença não nos agrada. Nós o encorajamos a colocar uma cópia em cada
computador em sua escola ou no trabalho. Distribua o CD de instalação a seus
amigos e ajude-os a instalar em seus computadores! Você poderá até mesmo fazer
milhares de cópias e vende-las -- apesar de algumas restrições. Você tem
liberdade de instalar e usar o sistema que vem diretamente do Debian, sendo
baseado em software livre.

Quando se fala de software livre não significa que o software não tem direito
reservados, e que o CD contendo aquele software deve ser distribuído sem
custos. Software Livre, em parte, significa que a licença de programas
individuais não pedem que você pague pelo privilégio de distribuir ou usar
estes programas. Software livre também significa que você não somente pode
melhorar, adaptar e modificar tal software, mas que também possa distribuir o
resultado do seu trabalho.

Nota

O projeto Debian, como concessão pragmática dos seus usuários, não permite que
alguns pacotes estejam disponíveis caso não passem por nosso critério de ser
livre. Estes pacotes não são parte da distribuição oficial, no entanto, e estão
somente disponíveis através das seções contrib ou non-free de nossos mirrors ou
CD-ROMs vendidos por terceiros; Veja a FAQ do Debian, sobre "Arquivos FTP do
Debian", para mais informações sobre o layout e conteúdo de nossos arquivos.

Muitos dos programas no sistema estão licenciados sob os termos da GNU General
Public License, freqüentemente são referenciados como "GPL". A GPL requer que
você torne o código fonte dos programas disponíveis quando distribui uma cópia
binária deles; isto permite que qualquer usuário seja capaz de modificar o
programa. Por causa desta provisão, o código fonte^[1] para todos estes
programas está disponível no sistema Debian

Existem diversas outras formas de tipos de direitos reservados e licenças de
software usadas em programas na Debian. Você poderá encontrar os direitos
reservados e licenças de cada pacote em seu sistema olhando o arquivo /usr/
share/doc/package-name/copyright assim que instalar um pacote em seu sistema.

Para mais informações sobre licenças e como a Debian determina de o programa é
livre o bastante para ser incluído na distribuição principal, veja Debian Free
Software Guidelines.

A notícia legal mais importante é que este software não contém garantias. Os
programadores que criarem este programa o tem feito em beneficio da comunidade.
Não existem garantias sobre a utilidade deste software para atender um
determinado propósito. No entanto, como o software é livre, você poderá
modificar aquele software para atender as suas necessidades -- e desfrutar dos
benefícios de modificações feitas por outros que estenderam as funcionalidades
do software desta maneira.


--------------

^[1] Para informações sobre como localizar, descompactar e compilar biniso a
partir dos pacotes de fontes do Debian, veja a FAQ da Debian, na seção "Basics
of the Debian Package Management System" (O básico sobre o sistema de
gerenciamento de pacotes da Debian).

Capítulo 2. Requerimentos de Sistema

Índice

2.1. Hardwares Suportados

    2.1.1. Arquiteturas Suportadas
    2.1.2. CPU, placas mãe e suporte a placas de vídeo
    2.1.3. Placas de vídeo
    2.1.4. Notebooks
    2.1.5. Múltiplos Processadores

2.2. Mídias de Instalação

    2.2.1. Disquetes
    2.2.2. CD-ROM/DVD-ROM
    2.2.3. Disco Rígido
    2.2.4. Memória Stick USB
    2.2.5. Rede
    2.2.6. Sistema GNU ou *ix
    2.2.7. Sistemas de Armazenamento Suportados

2.3. Suporte a periféricos e outros hardwares
2.4. Comprando Hardwares específicos para GNU/Linux

    2.4.1. Evite Hardwares Proprietários ou Fechados
    2.4.2. Hardwares específicos para Windows
    2.4.3. Memória RAM com Paridade "Virtual"

2.5. Requerimentos de Memória e Espaço em Disco
2.6. Placas de rede

Esta seção contém informações sobre que hardware precisa para utilizar a
Debian. Você também encontrará links para outras informações sobre os hardwares
suportados pelo GNU e Linux.

2.1. Hardwares Suportados

A Debian não impõe requerimentos de hardware especiais além dos requerimentos
do kernel do Linux e conjunto de ferramentas da GNU. No entanto, qualquer
arquitetura poderá rodar a Debian, desde que o kernel do Linux, libc, gcc, etc.
sejam portados, e que um porte da Debian exista. Por favor, veja as páginas de
portes da distribuição em http://www.debian.org/ports/i386/ para ver mas
detalhes sobre os sistemas da arquitetura Intel x86 que foram testados com a
Debian.

Ao invés de tentar descrever todas as configurações de hardware diferentes que
são suportadas por Intel x86, esta seção contém informações gerais e ponteiros
para onde informações adicionais poderão ser encontradas.

2.1.1. Arquiteturas Suportadas

A Debian 3.1 suporta as 11 maiores variações de arquiteturas e diversas
variações de cada arquitetura conhecida como "sabores".

+-----------------------------------------------------------------------------+
|    Arquitetura    |   Designação na   |    Sub-arquitetura     | Sabor/Tipo |
|                   |      Debian       |                        |            |
|-------------------+-------------------+------------------------+------------|
|                   |                   |                        |vanilla     |
|                   |                   |                        |------------|
|Intel x86-based    |i386               |                        |speakup     |
|                   |                   |                        |------------|
|                   |                   |                        |linux26     |
|-------------------+-------------------+------------------------+------------|
|                   |                   |Atari                   |atari       |
|                   |                   |------------------------+------------|
|                   |                   |Amiga                   |amiga       |
|                   |                   |------------------------+------------|
|                   |                   |Macintosh 68k           |mac         |
|Motorola 680x0     |m68k               |------------------------+------------|
|                   |                   |                        |bvme6000    |
|                   |                   |                        |------------|
|                   |                   |VME                     |mvme147     |
|                   |                   |                        |------------|
|                   |                   |                        |mvme16x     |
|-------------------+-------------------+------------------------+------------|
|DEC Alpha          |alpha              |                        |            |
|-------------------+-------------------+------------------------+------------|
|                   |                   |                        |sun4cdm     |
|Sun SPARC          |sparc              |                        |------------|
|                   |                   |                        |sun4u       |
|-------------------+-------------------+------------------------+------------|
|                   |                   |                        |netwinder   |
|                   |                   |                        |------------|
|                   |                   |                        |riscpc      |
|ARM e StrongARM    |arm                |                        |------------|
|                   |                   |                        |shark       |
|                   |                   |                        |------------|
|                   |                   |                        |lart        |
|-------------------+-------------------+------------------------+------------|
|                   |                   |CHRP                    |chrp        |
|                   |                   |------------------------+------------|
|IBM/Motorola       |                   |PowerMac                |pmac        |
|PowerPC            |powerpc            |------------------------+------------|
|                   |                   |PReP                    |prep        |
|                   |                   |------------------------+------------|
|                   |                   |APUS                    |apus        |
|-------------------+-------------------+------------------------+------------|
|                   |                   |PA-RISC 1.1             |32          |
|HP PA-RISC         |hppa               |------------------------+------------|
|                   |                   |PA-RISC 2.0             |64          |
|-------------------+-------------------+------------------------+------------|
|Intel ia64-based   |ia64               |                        |            |
|-------------------+-------------------+------------------------+------------|
|                   |                   |                        |r4k-ip22    |
|                   |                   |SGI Indy/Indigo 2       |------------|
|MIPS (big endian)  |mips               |                        |r5k-ip22    |
|                   |                   |------------------------+------------|
|                   |                   |Broadcom BCM91250A      |sb1-swarm-bn|
|                   |                   |(SWARM)                 |            |
|-------------------+-------------------+------------------------+------------|
|                   |                   |Cobalt                  |cobalt      |
|                   |                   |------------------------+------------|
|                   |                   |                        |r4k-kn04    |
|MIPS (little       |mipsel             |DECstation              |------------|
|endian)            |                   |                        |r3k-kn02    |
|                   |                   |------------------------+------------|
|                   |                   |Broadcom BCM91250A      |sb1-swarm-bn|
|                   |                   |(SWARM)                 |            |
|-------------------+-------------------+------------------------+------------|
|                   |                   |IPL do VM-reader e DASD |generic     |
|IBM S/390          |s390               |------------------------+------------|
|                   |                   |IPL a partir de fita    |fita        |
+-----------------------------------------------------------------------------+

Este documento cobre a instalação para a arquitetura Intel x86. Se estiver
procurando por informações em algumas das outras plataformas suportadas pela
Debian, de uma olhada nas páginas Portes da Debian.

2.1.2. CPU, placas mãe e suporte a placas de vídeo

Informações completas sobre o suporte a periféricos podem ser encontrados no
Linux Hardware Compatibility HOWTO. Esta seção apenas destaca o básico.

2.1.2.1. CPU

Praticamente todos os processadores baseados no padrão x86 são suportados; isto
também inclui os processadores AMD e +VIA (formalmente conhecidos como Cyrix).
Os novos processadores como o +Athlon XP e Intel P4 Xeon são suportados. No
entanto, o Linux não poderá ser executado em 286 ou processadores mais antigos.

2.1.2.2. Barramento de I/O

O barramento dos sistema é parte da placa mãe que permite que a CPU se
comunique com periféricos como dispositivos de armazenamento. Seu computador
deve usar ISA, EISA, PCI, o Microchannel Architecture (MCA, usado em IBM's da
linha PS/2) ou VESA Local Bus (VLB, muitas vezes chamado VL bus).

2.1.3. Placas de vídeo

Você deverá estar usando uma interface compatível com VGA para o terminal de
console. Praticamente qualquer placa de vídeo moderna é compatível com o padrão
VGA. Padrões anciões como o CGA, MDA ou HGA também devem funcionar, assumindo
que você não precisa do suporte a X11. Note que o X11 não é usado durante o
processo de instalação descrito neste documento.

O suporte da Debian para as interfaces gráficas é determinado pelo suporte
encontrado no sistema X11 XFree86. A maioria das placas de vídeo AGP, PCI e
PCIe funcionam sob o XFree86. Os detalhes de que barramentos de vídeo
suportados, monitores, placas e dispositivos de apontamento podem ser
encontrados em http://www.xfree86.org/. A Debian 3.1 vem com o X11 revisão
4.3.0.

2.1.4. Notebooks

Os notebooks são bem suportados. Os notebooks são normalmente hardwares
proprietários ou especializados. Para ver se o seu notebook funciona bem com o
GNU/Linux, veja Páginas de Laptop do Linux

2.1.5. Múltiplos Processadores

O suporte a multi-processamento -- também chamado de "symmetric
multi-processing" ou SMP -- é suportado para esta arquitetura e é suportado por
uma imagem de kernel precompilada para o Debian. Dependendo de sua mídia de
instalação, esta kernel com capacidades para SMP pode ou não ser instalado por
padrão. Isto não atrapalhará a instalação, pois o kernel padrão sem suporte a
SMP deverá inicializar em sistemas SMP também; o kernel usará a primeira CPU.

Para tirar vantagem do uso de múltiplos processadores, você deverá verificar e
ver se um pacote do kernel que suporta SMP foi instalado, se não foi, selecione
um pacote de kernel apropriado. Você também pode construir seu próprio kernel
personalizado para suportar SMP. Você pode encontrar uma discussão de como
fazer isto em Seção 8.5, "Compilando um novo Kernel". Atualmente (no kernel da
versão 2.6.8) o método para ativar SMP é selecionar "Symmetric multi-processing
support" na seção "Processor type and features" da configuração do kernel.

2.2. Mídias de Instalação

Esta seção lhe ajudará a determinar que diferentes tipos de mídias de
instalação poderá usar para instalar a Debian. Por exemplo, se tiver uma
unidade de disquetes em sua máquina, ela poderá ser usada par instalar a
Debian. Existe um capítulo completo sobre mídias de instalação em Capítulo 4,
Obtendo a mídia de instalação do sistema, que lista as vantagens e desvantagens
de cada tipo de mídia. Você pode voltar a esta página assim que terminar a
leitura daquela seção.

2.2.1. Disquetes

Em alguns casos, você terá que dar a partida pela primeira vez a partir de
disquetes, usando o disquete de recuperação. Geralmente, tudo que irá precisar
é de um disquete de alta densidade (1440 kb) de 3.5 polegadas.

2.2.2. CD-ROM/DVD-ROM

Nota

Onde quer que veja "CD-ROM" neste manual, entenda como CD-ROM ou DVD-ROM,
porque ambas as tecnologias são a mesma coisa do ponto de vista do sistema
operacional. (Exceto por alguns padrões bastante antigos de unidades de CD-ROM
que não são nem SCSI ou IDE/ATAPI).

A instalação baseada em CD-ROM é suportada por algumas arquiteturas. Em
máquinas que suportam a inicialização através de CD-ROMs, você deverá ser capaz
de fazer uma instalação sem disquetes . Até mesmo se o seu sistema não suportar
a inicialização através de um CD-ROM, você poderá usar um CD-ROM em conjunto
com as outras técnicas de instalação em seu sistema, uma vez que inicializou
por outras formas; veja Capítulo 5, Iniciando o sistema de instalação.

Ambos os CD-ROMs SCSI e IDE/ATAPI são suportados. Em adição, todas as
interfaces de CD não padrões suportadas pelo Linux são oferecidas pelos discos
de inicialização (como unidades Mitsui e Matsushita). No entanto, este modelos
requerem parâmetros especiais de inicialização ou outras mensagens para
funcionarem e é improvável a inicialização sem o uso destes parâmetros. O Linux
CD-ROM HOWTO contém dados atualizados de como utilizar CD-ROMs com o Linux.

Unidades de CD-ROM USB também são suportadas, como são dispositivos FireWare
pois são suportados pelos dispositivos ohci1394 e sbp2.

2.2.3. Disco Rígido

A possibilidade de iniciar o sistema de instalação diretamente através do disco
rígido é outra opção disponível para muitas arquiteturas. Esta opção requer que
outro sistema operacional esteja instalado para carregar o programa de
instalação a partir do disco rígido.

2.2.4. Memória Stick USB

Muitas máquinas que rodam Debian precisam de suas unidades de CD-ROM somente
para configurar o sistema para propósitos de recuperação. Se você administra
alguns servidores, você preferencialmente evitará estes métodos e usará uma
memory stick USB para a instalação e (caso preciso) a recuperação do seu
sistema. Isto é também útil para sistemas de pequeno porte que não tem espaço
para controladores desnecessários.

2.2.5. Rede

Também é possível inicializar seu sistema através de uma rede.

A instalação sem discos, usando a inicialização via rede a partir de uma rede
de área local e montagem NFS de todos os sistemas de arquivos locais é outra
opção.

Após instalar o kernel do sistema operacional, você poderá instalar o resto do
seu sistema via qualquer tipo de conexão de rede (incluindo o PPP após a
instalação do sistema básico), FTP ou HTTP.

2.2.6. Sistema GNU ou *ix

Se já estiver executando um sistema adicional no estilo Unix, é possível usa-lo
para instalar a Debian GNU/Linux sem usar o debian-installer descrito no resto
do manual. Este tipo de instalação poderá ser útil para usuários possuem
hardwares não suportados ou de máquinas que não podem tomar downtimes. Se
estiver interessado nesta técnica, vá até Seção C.4, "Instalando a Debian GNU/
Linux a partir de um sistema Unix/Linux".

2.2.7. Sistemas de Armazenamento Suportados

O disquete de inicialização da Debian trazem um kernel que é construído para
maximizar o número de sistemas em que ele poderá ser executado. Infelizmente,
isto cria um kernel grande, que contém muitos controladores que não serão
usados em sua máquina (veja Seção 8.5, "Compilando um novo Kernel" para
aprender como construir seu próprio kernel). O suporte para a maior faixa de
dispositivos possíveis é considerável em geral, para se assegurar que o Debian
poderá ser instalado na maior quantidade de hardwares.

Geralmente, o sistema de instalação da Debian inclui suporte para disquetes,
controladoras IDE, disquetes IDE, dispositivos IDE de porta paralela,
controladores e unidades SCSI, USB e FireWire. Entre os sistemas de arquivos
suportados, incluem o FAT, extensões FAT para Win32 (VFAT), NTFS, entre outros.

As interfaces de disco que emulam a interface de disco rígido "AT" que é
freqüentemente chamada MFM, RLL, IDE ou ATA são suportados. Controladores de
disco rígido muito antigas de 8 bits usados em computadores IBM XT são
suportados somente como módulos. Controladores de discos SCSI de muitos
fabricantes diferentes são suportados. Veja Linux Hardware Compatibility HOWTO
para mais detalhes.

2.3. Suporte a periféricos e outros hardwares

O Linux suporta uma larga variedade de dispositivos de hardware como mouses,
impressoras, scanners, PCMCIA e dispositivos USB. No entanto, a maioria destes
dispositivos não são requeridos durante a instalação do sistema.

O hardware USB geralmente funciona bem, somente teclados USB podem requerer
configurações adicionais (veja Seção 3.6.4.4, "Suporte da USB na BIOS e
teclados USB").

Novamente, veja o Linux Hardware Compatibility HOWTO para determinar se seu
hardware específico é suportado ou não pelo Linux.

2.4. Comprando Hardwares específicos para GNU/Linux

Existem muitos vendedores, que vendem sistemas com Debian ou outras
distribuições de GNU/Linux pré-instaladas. Você pode ter que pagar mais pelo
privilégio, mas isto não compra o nível de paz de mente que isto traz, pois
você poderá ter certeza que o hardware é bem suportado pelo GNU/Linux.

Se tiver que comprar uma máquina com o Windows instalado, leia cuidadosamente a
licença de software que vem com o Windows; você pode rejeita a licença e obter
um desconto do seu vendedor. Procurar na Internet por "windows refund"
(reembolso windows) pode trazer alguma informação útil para ajudá-lo nisto.

Caso esteja ou não comprando um sistema com o Linux incluído, ou até mesmo um
sistema usado, é ainda importante verificar se seu hardware é suportado pelo
kernel do Linux. Verifique se o seu hardware está listado nas referências
encontradas acima. Deixe seu vendedor (se tiver) saber que está comprando para
um sistema Linux. Apóie os vendedores que são amigos de hardwares compatíveis
com o Linux.

2.4.1. Evite Hardwares Proprietários ou Fechados

Alguns fabricantes de hardwares simplesmente não nos dizem como escrever
controladores para seus hardwares. Outros não nos permitem acessar a
documentação sem antes assinar uma causa de não revelação que nos impediriam de
lançar o código fonte no Linux.

Como não tivemos acesso garantido a documentação destes dispositivos, eles
simplesmente não funcionam sob o Linux. Você poderá ajudar perguntando os
fabricantes de tais hardwares para obterem a documentação. Se pessoas
suficientes perguntarem, eles verão que a comunidade de software livre é um
mercado importante.

2.4.2. Hardwares específicos para Windows

Uma tendência que incomoda é a proliferação de modems e impressoras específicos
para Windows. Em alguns casos, estes são especialmente desenvolvidos para
funcionarem com o sistema operacional Microsoft Windows e vem com a legenda
"WinModem" ou "Feito especialmente para computadores baseados em Windows". Isto
é geralmente feito removendo-se os processadores embutidos do hardware e
deixando o trabalho deles serem feitos por um driver do windows que é executado
pela CPU principal do micro. Esta estratégia torna o hardware menos caro, mas o
que é salvo quase nunca é passado para o usuário e este hardware pode até se
tornar mais caro que um dispositivo equivalente que contém sua inteligência
embutida.

Você deve evitar hardwares específicos para Windows por duas razões. A primeira
é que os fabricantes normalmente não tornam disponível os recursos para
escrever um driver para Linux. Geralmente, o hardware e a interface de software
do dispositivo é proprietária, e a documentação não é liberada sem um acordo de
não revelação, se ele também estiver disponível. Isto impede que que ele seja
usado por softwares livres, pois pessoas que escrevem software livre distribuem
o código fonte em seus programas. A segunda razão é que quando dispositivos
como estes tem seus processadores embutidos removidos, o sistema operacional
deve fazer o trabalho destes processadores embutidos, normalmente em prioridade
tempo real, e assim a CPU não estará disponível para executar seus programas
enquanto estiver controlando estes dispositivos. Até mesmo um típico usuário de
Windows não obtém um multi-processamento tão intensivo quanto um usuário Linux,
os fabricantes esperam que o usuário do Windows simplesmente não note a carga
que estes hardwares colocam em sua CPU. No entanto, qualquer sistema
operacional multi-processamento, até mesmo o Windows 95 ou NT, tem a
performance prejudicada quando fabricantes de periféricos colocam a carga de
processamento de seus hardwares na CPU.

Você poderá ajudar a reverter esta situação encorajando estes fabricantes a
lançarem a documentação e outros recursos necessários por nós para programar
seus hardwares, mas a melhor estratégia é simplesmente evitar este tipo de
hardware até que ele pareça estar funcionando em Linux Hardware Compatibility
HOWTO.

2.4.3. Memória RAM com Paridade "Virtual"

Se você perguntar pela paridade de RAM em uma loja de computador, você
provavelmente conseguirá módulos de memória com paridade virtual ao invés de
módulos com paridade verdadeira. Memória de paridade virtual SIMMs podem
freqüentemente (mas nem sempre) ser distingüidas porque elas têm um chip a mais
que as memórias SIMM sem paridade equivalentes, e este chip extra é menor que
todos os outros. SIMMs com paridade virtual funcionam exatamente como memórias
sem paridade. Elas não podem lhe dizer quando ocorre um erro de bit simples na
RAM da forma que as memórias SIMM com paridade real fazem em uma placa mãe que
implementam paridade. Nunca pague mais por uma memória SIMM com paridade
virtual do que uma memória sem paridade. Espere pagar mais por uma memória SIMM
com paridade verdadeira, porque estará comprando um bit extra de memória para
cada 8 bits.

Se deseja detalhes completos sobre assuntos relacionados com a memória RAM em
Intel x86, e qual é a melhor memória RAM para comprar, veja a FAQ do Hardware
do PC.

2.5. Requerimentos de Memória e Espaço em Disco

Você deverá ter no mínimo 32MB de memória e 110MB de espaço disponível em disco
rígido. Para um sistema mínimo baseado em console (todos os pacotes padrões), é
requerido em torno de 250MB. Se quiser instalar uma quantidade razoável de
programas, incluindo o sistema X Window e alguns programas de desenvolvimento e
bibliotecas, você precisará de pelo menos 400MB. Para uma instalação mais ou
menos completa em um desktop, alguns gigabytes.

2.6. Placas de rede

A maioria das placas PCI e ISA antigas são suportadas. Algumas placas de
interface der rede não são suportados pela maioria dos discos de instalação da
Debian, tais como placas AX.25 e protocolos; placas NI16510 EtherBlaster;
Schneider & placas Koch G16; e Zenith Z-Note com placa de rede embutida. Placas
de rede Microchannel (MCA) não são suportadas pelos discos de instalação
padrão, mas veja Linux no MCA que contém algumas (antigas) instruções. As redes
FDDI também não são suportadas pelos discos de instalação, ambas placas e
protocolos.

Como no ISDN, o protocolo D-channel para a (antiga) Alemã 1TR6 não é suportada;
as placas Spellcaster BRI ISDN também não é suportada pelo debian-installer.

Capítulo 3. Antes de instalar a Debian GNU/Linux

Índice

3.1. Visão do processo de instalação
3.2. Faça backup dos seu dados existentes!
3.3. Informações que precisa saber

    3.3.1. Documentação
    3.3.2. Encontrando Fontes de Informações de Hardware
    3.3.3. Compatibilidade de Hardware
    3.3.4. Configurações de Rede

3.4. Atingindo os requerimentos mínimos de hardware
3.5. Pre-Particionamento para sistemas com Multi-Inicialização

    3.5.1. Particionamento através do DOS ou Windows

3.6. Pré-Instalação do hardware e configuração do sistema operacional

    3.6.1. Invocando o menu de configuração da BIOS
    3.6.2. Seleção do dispositivo de inicialização
    3.6.3. Configurações diversas da BIOS
    3.6.4. Assuntos relacionados ao hardware que tem em mãos

Este capítulo explica a preparação para a instalação do sistema Debian antes
mesmo de iniciar o programa de instalação. Isto inclui a cópia de segurança de
seus dados, obtendo informações sobre seu hardware e localizando qualquer
informação específica.

3.1. Visão do processo de instalação

Primeiro apenas uma nota sobre reinstalações. Com a Debian, a circunstância de
requerer uma reinstalação completa do seu sistema é muito rara; talvez falhas
mecânicas de um disco rígido podem ser a causa mais comum.

Muitos sistemas operacionais podem requerer a instalação completa ser feita
quando falhas críticas são descobertas o quando são necessárias atualizações
para novas versões do SO. Até mesmo caso uma nova instalação completa não seja
requerida, os programas deverão ser freqüentemente re-instalados para funcionar
adequadamente no novo SO.

Sob a Debian GNU/Linux, é muito mais provável que o sistema seja reparado ao
invés de substituído, caso algo saia errado. A atualização nunca requer uma
completa reinstalação; você poderá sempre atualizar seu sistema. E os programas
são, em sua maioria, compatíveis com lançamentos de OS sucessivos. Caso uma
nova versão do programa requeira uma nova versão de um software, o sistema de
empacotamento da Debian se assegura que todos os programas necessários estejam
automaticamente identificados e instalados. O ponto é, muito esforço foi
colocado para evitar a necessidade de reinstalação, assim pense que isso seja
uma última opção. O programa de instalação não está preparado para fazer
reinstalações através de um sistema operacional existente.

Aqui está o mapa da mina dos passos que deverá seguir durante o processo de
reinstalação.

 1. Faça o backup de dados ou documentos existentes no disco rígido que deseja
    instalar o sistema.

 2. Obter informações sobre seu computador e documentação necessária antes de
    iniciar a instalação.

 3. Crie o espaço na tabela de partição para a Debian em seu disco rígido.

 4. Localize e/ou baixe o programa de instalação e qualquer arquivos de
    controladores especializados que sua máquina precise (exceto para usuários
    que possuem o CD da Debian).

 5. Configure tapes de inicialização/disquetes/cartões de memória USB ou
    coloque os arquivos de partida (a maioria dos usuários de CD da Debian
    podem inicializar a partir de um dos CDs).

 6. Inicie o sistema de instalação.

 7. Selecione o idioma da instalação.

 8. Ative sua conexão de rede ethernet, se disponível.

 9. Crie e monte as partições que terá o sistema Debian instalado.

10. Assista o download/configuração/instalação automática do sistema básico.

11. Instale um gerenciador de partida que poderá iniciar a Debian GNU/Linux e/
    ou seu sistema existente.

12. Carregue o novo sistema instalado pela primeira vez e faça alguns ajustes
    iniciais.

13. Instale programas adicionais (tarefas (tasks) e/ou pacotes) a seu gosto.

Se tiver problemas durante a instalação ele lhe ajudará saber que pacotes estão
envolvidos com quais passos. Faremos a introdução dos programas atores neste
drama da instalação:

O programa de instalação, debian-installer, é a parte fundamental deste manual.
Ele detecta e carrega os controladores de dispositivos apropriados, utiliza o
dhcp-client para configurar uma conexão de rede e executa o debootstrap para
fazer a instalação dos pacotes do sistema básico. Muito mais atores fazem
pontas neste processo e o debian-installer completará sua tarefa quando
carregar o novo sistema pela primeira vez.

Assim que carregar o novo sistema básico, o base-config tomará a tarefa de
adição de novos usuários, ajuste do fuso-horário (usando o tzsetup) e
configurando o sistema de instalação de pacotes (usando o apt-setup). Ele então
carregará o tasksel que pode ser usado para selecionar um grande grupo de
programas relacionados e ainda em tempo poderá executar o aptitude que lhe
permite selecionar pacotes de programas individualmente.

Quando o debian-installer finalizar, antes do sistema ser carregado pela
primeira vez, será preciso somente um sistema simples guiado via linha de
comandos. A interface gráfica não será instalada a não ser que selecione-a
durante os passos finais, seja no tasksel ou no aptitude. Ela é opcional porque
muitos sistemas Debian GNU/Linux são servidores que não tem qualquer
necessidade de interface gráfica de usuários para fazer seu trabalho.

Apenas esteja atento ao fato que o sistema X é completamente independente do
debian-installer e de fato é muito mais complicado. A instalação e solução de
problemas da instalação do X window não será coberta por este manual.

3.2. Faça backup dos seu dados existentes!

Antes de iniciar, tenha certeza de fazer o backup de cada arquivo que estiver
em seu sistema. Caso seja a primeira vez que um sistema operacional não nativo
seja instalado em seu computador, é provável que ainda precise reparticionar
seu disco para ter espaço para o Debian GNU/Linux. Você poderá reparticionar
seu disco a qualquer momento, você deverá considerar sempre a perda de dados,
não importa que programas utilize para fazer este processo. Os programas usados
na instalação são muito confiáveis e a maioria tem anos de uso; mas eles são
muito poderosos e um movimento em falso poderá lhe custar caro. Até mesmo
depois de fazer o backup seja cuidadoso sobre suas respostas e ações. Dois
minutos pensando podem lhe salvar horas de trabalho desnecessário.

Se estiver criando um sistema multi-inicialização, tenha certeza de ter a mídia
de distribuição de qualquer outro sistema operacional existente em mãos.
Especialmente se estiver reparticionando sua unidade de partida, você poderá
ter que reinstalar o gerenciador de partida do seu sistema operacional ou em
muitos casos todo o sistema operacional e todos os arquivos nas partições
afetadas.

3.3. Informações que precisa saber

3.3.1. Documentação

3.3.1.1. Manual de Instalação

Este documento que está lendo agora, em texto plano ASCII, HTML ou formato PDF.

  * install.pt_BR.txt

  * install.pt_BR.html

  * install.pt_BR.pdf

3.3.1.2. Documentação do Hardware

Normalmente contém informações úteis sobre a configuração e uso de seu
hardware.

  * HOWTO de Compatibilidade de Hardware do Linux

3.3.2. Encontrando Fontes de Informações de Hardware

Em muitos casos, o programa de instalação será capaz de detectar
automaticamente seu hardware. Mas esteja preparado, nós recomendamos que esteja
familiarizado com seu hardware antes de se fazer a instalação.

Informações de Hardware podem ser obtidas de:

  * Os manuais que vem com cada peça de hardware.

  * A tela de configuração da BIOS de seu computador. Você poderá ver estas
    telas quando seu computador inicia pressionando a combinação de teclas.
    Procure em seu manual a combinação mais adequada. Freqüentemente é a tecla
    Delete.

  * Os casos relacionados com cada peça de hardware.

  * A janela de sistema no Painel de Controle do Windows.

  * Comandos do sistema ou ferramentas em outro sistema operacional, incluindo
    telas de gerenciamento de arquivos. Esta fonte é normalmente útil para
    informações sobre a memória RAM e memória do disco rígido.

  * Seu administrador de sistemas ou Provedor de Serviços Internet. Estas
    fontes podem lhe dizer as configurações que precisa configurar em sua rede
    e e-mail.

Tabela 3.1. Informação de Hardware Necessárias para uma Instalação

+-----------------------------------------------------------------------------+
| Hardware |                     Informações que Precisa                      |
|----------+------------------------------------------------------------------|
|          |Quantos você possui.                                              |
|          |------------------------------------------------------------------|
|          |Sua ordem no sistema.                                             |
|          |------------------------------------------------------------------|
|Discos    |Quando são IDE ou SCSI (a maioria dos computadores são IDE).      |
|Rígidos   |------------------------------------------------------------------|
|          |Espaço em disco disponível.                                       |
|          |------------------------------------------------------------------|
|          |Partições.                                                        |
|          |------------------------------------------------------------------|
|          |Partições onde outros sistemas operacionais estão instalados.     |
|----------+------------------------------------------------------------------|
|          |Modelo e fabricante.                                              |
|          |------------------------------------------------------------------|
|          |Resoluções suportadas.                                            |
|          |------------------------------------------------------------------|
|          |Taxa de atualização Horizontal.                                   |
|Monitor   |------------------------------------------------------------------|
|          |Taxa de atualização Vertical.                                     |
|          |------------------------------------------------------------------|
|          |Qualidade de cores (número de cores) suportadas.                  |
|          |------------------------------------------------------------------|
|          |Tamanho da tela.                                                  |
|----------+------------------------------------------------------------------|
|          |Tipo: serial, PS/2, ou USB.                                       |
|          |------------------------------------------------------------------|
|          |Porta.                                                            |
|Mouse     |------------------------------------------------------------------|
|          |Fabricante.                                                       |
|          |------------------------------------------------------------------|
|          |Número de Botões.                                                 |
|----------+------------------------------------------------------------------|
|          |Modelo e Fabricante.                                              |
|Rede      |------------------------------------------------------------------|
|          |Tipo de adaptador.                                                |
|----------+------------------------------------------------------------------|
|          |Modelo e Fabricante.                                              |
|Impressora|------------------------------------------------------------------|
|          |Resoluções de Impressão Suportadas.                               |
|----------+------------------------------------------------------------------|
|          |Modelo e Fabricante.                                              |
|          |------------------------------------------------------------------|
|Placas de |RAM de vídeo disponível.                                          |
|Vídeo     |------------------------------------------------------------------|
|          |Resoluções e níveis de cores suportados (estas deverão ser        |
|          |verificadas de acordo com as capacidades do seu monitor).         |
+-----------------------------------------------------------------------------+

3.3.3. Compatibilidade de Hardware

Muitos produtos funcionam sem problemas com o Linux. De forma satisfatória, o
hardware para Linux está crescendo a cada dia. No entanto, o Linux ainda não
tem suporte a tantos tipos de hardwares quanto em outros sistemas operacionais.

Em particular, o Linux normalmente não funciona com hardwares que requerem
Windows para funcionar.

Embora alguns hardwares específicos para Windows podem ser colocados em
funcionamento do Linux, fazê-lo normalmente requer um esforço extra. Em adição,
controladores de Linux para hardwares específicos do Windows são geralmente
ligados a uma versão do kernel do Linux. Assim eles podem se tornar obsoletos
rapidamente.

Os chamados win-modems são o tipo mais comum destes hardwares. Mas impressoras
e outros equipamentos também podem ser específicos para Windows.

Você poderá verificar a compatibilidade de hardware da seguinte forma:

  * Vendo o site de fabricante e procurando por novos controladores.

  * Procurando em sites web ou manuais por informações sobre a emulação.
    Normalmente podem ser usados controladores e configurações de outros
    dispositivos bem conhecidos.

  * Verificando as listas de compatibilidade de hardware para Linux em páginas
    internet dedicadas a sua arquitetura.

  * Procurando por experiências de outros usuários na Internet.

3.3.4. Configurações de Rede

Caso seu computador esteja conectado na Internet 24 horas por dia (i.e., uma
conexão Ethernet ou equivalente -- e não uma conexão PPP), você deverá
perguntar a seu administrador de rede as seguintes informações:

  * Seu nome de sistema (você mesmo poderá escolher um).

  * O nome de domínio.

  * O endereço IP do seu computador.

  * A máscara de rede que será usada em sua rede.

  * O endereço IP do gateway padrão do sistema que fará o roteamento, caso sua
    rede tenha um roteador.

  * O sistema em sua rede que você usará como servidor DNS (Serviço de Nomes de
    Domínio).

Por outro lado, se o seu administrador lhe dize que um servidor DHCP está
disponível e é recomendado, então não precisará destas informações porque o
servidor DHCP as passará diretamente ao seu computador durante o processo de
instalação.

Se utiliza uma conexão Wireless, serão necessários os seguintes dados:

  * A ESSID de sua rede wireless.

  * A chave de segurança WEP (se aplicável).

3.4. Atingindo os requerimentos mínimos de hardware

Assim que pegar informações sobre o hardware do seu computador, verifique se o
hardware lhe permitirá fazer o tipo de instalação que deseja.

Dependendo de suas necessidades, poderá trabalhar com um requerimento menor que
o recomendado na tabela abaixo. No entanto, a maioria dos usuários correm o
risco de ficar frustrados caso ignorem estas sugestões.

Um Pentium 100 é o mínimo recomendado para um sistema desktop e um Pentium
II-300 para um servidor.

Tabela 3.2. Requerimento mínimo recomendado do sistema

+----------------------------------------------+
|Tipo de Instalação|     RAM     |Disco Rígido |
|------------------+-------------+-------------|
|Sem desktop       |24 megabytes |450 megabytes|
|------------------+-------------+-------------|
|Com Desktop       |64 megabytes |1 gigabyte   |
|------------------+-------------+-------------|
|Servidor          |128 megabytes|4 gigabytes  |
+----------------------------------------------+

Aqui está um modelo de algumas configurações comuns de sistema Debian. Também
poderá ter uma idéia do espaço em disco usado por grupos relacionados de
programas referindo-se a Seção C.3, "Espaço em Disco Necessário para as Tarefas
(tasks)".

Servidor Padrão

    Este é um perfil de servidor pequeno, útil para um servidor limpo que não
    tem uma série de bugigangas para usuários que usem shell. Ele inclui um
    servidor FTP, um servidor WEB, DNS, NIS e POP. Para estes, 100MB de espaço
    em disco deverá ser suficiente e será necessário adicionar mais espaço para
    qualquer dado extra.

Desktop

    Um desktop padrão, incluindo sistema X window, ambiente de desktop
    completo, som, editores, etc. Você precisará em torno de 2GB caso usar a
    tarefa desktop padrão, embora possa ser instalada usando bem menos espaço.

Console de Trabalho

    Uma máquina de usuário mais enxuta, sem o sistema X window ou aplicações do
    X. Possivelmente recomendada para um notebook ou computador móvel. O
    tamanho é em torno de 140MB.

Desenvolvedor

    Uma configuração de desktop com todos os pacotes de desenvolvimento, tal
    como Perl, C, C++, etc. O tamanho ocupado será em torno de 475MB. Assumindo
    que está adicionando o X11 e alguns pacotes adicionais para outros usos,
    você deverá planejar ter em torno de 800Mb para este tipo de máquina.

Lembre-se que estes tamanhos não incluem todos os outros materiais que
normalmente são encontrados, como arquivos de usuários, e-mails e dados. É
sempre melhor ser generoso quando considerar o espaço para seus arquivos e
dados. Notavelmente a partição /var contém muitas informações de estado
específicas a distribuição Debian em adição ao conteúdo de arquivos regulares,
como os de log. Os arquivos do dpkg (com informações sobre todos os pacotes
instalados) pode facilmente consumir 20MB; O apt-get também coloca os arquivos
de pacotes que baixou antes que eles sejam instalados. Você normalmente deverá
reservar 100MB para a partição /var.

3.5. Pre-Particionamento para sistemas com Multi-Inicialização

O particionamento do seu disco simplesmente se refere ao ato de dividir seu
disco em pedaços. Cada pedaço é independente dos outros. É de grosso modo
equivalente a colocar paredes dentro da casa; se adicionar uma parede na casa,
ela não afetará qualquer outro cômodo.

Caso já tenha um sistema operacional no seu sistema (Windows 9x, Windows NT/
2000/XP, OS/2, MacOS, Solaris, FreeBSD, ...) E deseja instalar o Linux no mesmo
disco, você precisará reparticioná-lo. A Debian requer sua própria partição de
disco. Ela não poderá ser instalada em partições Windows ou MacOS. Pode ser
possível compartilhar algumas partições com outros sistemas Linux, mas isso não
será explicado aqui. Pelo menos você precisará de uma partição dedicada para o
sistema de arquivos raiz da Debian.

Você poderá encontrar informações sobre a configuração atual de particionamento
usando uma ferramenta de particionamento para seu sistema operacional atual ,
tal como o fdisk ou o PartitionMagic. As ferramentas de particionamento sempre
oferecem um método de mostrar as partições existentes sem fazer mudanças.

Em geral, a alteração de uma partição com um sistema de arquivos existentes
destruirá qualquer dado localizado lá. Assim você deverá sempre fazer backups
antes de fazer qualquer reparticionamento. Usando a analogia da casa, você
deverá tirar tudo que estiver dentro dela antes de mover a casa sob risco de
ocorrer destruições.

Caso seu computador tenha mais de um disco rígido, você poderá querer dedicar
um de seus discos completamente a Debian. Caso deseje fazer isto, você não
precisará particionar aquele disco antes de iniciar o sistema de instalação; o
programa de instalação inclui programas de particionamento que poderão fazer da
melhor forma este trabalho.

Se sua máquina somente tenha um disco rígido, e deseja substituir o sistema
atual completamente com o Debian GNU/Linux, você também terá que fazer o
particionamento como parte do processo de instalação (Apêndice B,
Particionamento para a Debian), após iniciar o processo de instalação. No
entanto, isto somente funciona se planeja iniciar o programa de instalação
através de tapes, CD-ROM ou arquivos em uma máquina conectada. Considere: se
inicializar através de arquivos localizados a partir do disco rígido e então
particionar o mesmo disco durante a execução do sistema de instalação, você
estará apagando os arquivos requeridos, e a instalação não será realizada com
sucesso. Pelo menos neste caso, você deverá ter métodos alternativos para
reinstalar sua máquina tal como tapes originais de instalação do sistema ou
CDs.

Caso sua máquina tenha múltiplas partições e espaço bastante poderá ser
liberado apagando e substituindo uma ou mais delas, então você poderá aguardar
e usar o programa de particionamento na instalação da Debian. Você ainda deverá
ler através do material abaixo, porque podem existir circunstâncias especiais
como a ordem de partições existentes dentro do mapa de partição, isto lhe
forçara a particionar antes de instalar.

Caso sua máquina tenha um sistema de arquivos FAT ou NTFS, o mesmo usado pelo
DOS e Windows, espere e use o programa de particionamento da Debian para
alterar o tamanho do sistema de arquivos FAT.

Se nenhum destes casos se aplicam, será necessário reparticionar seu disco
rígido antes de iniciar a instalação para criar espaço particionável para a
Debian. Caso algumas das partições sejam de outro sistema operacional, você
deverá preferir criá-las usando as ferramentas de particionamento nativas
destes sistemas. Nós recomendamos que não tente criar partições da Debian GNU/
Linux usando outras ferramentas de particionamento. Ao invés disso, você deverá
criar as partições usando ferramentas nativas que deseja ter.

Caso estiver tentando instalar mais que um sistema operacional na mesma
máquina, você deverá instalar todos os outros sistemas antes de seguir com a
instalação do Linux. O Windows e outras instalações de SO podem destruir sua
capacidade de iniciar o Linux ou encorajar você a formatar uma partição
não-nativa que utiliza.

Você pode ignorar estas ações ou evitá-las, mas a instalação do sistema
operacional nativo primeiro lhe livrará de problemas.

Caso já tenha um disco rígido com uma partição (uma configuração comum para
computadores desktop) e deseja fazer múltipla inicialização com o sistema
operacional nativo e a Debian, você precisará fazer:

 1. Backup de tudo no computador.

 2. Inicializar através da mídia do sistema operacional nativo, tal como CD-ROM
    ou tapes.

 3. Use as ferramentas de particionamento nativo para criar partições do
    sistema. Deixe ou um espaço para a partição que será instalada ou espaço
    livre para o Debian GNU/Linux.

 4. Instalar o sistema operacional nativo em sua própria partição.

 5. Volte ao sistema operacional nativo para verificar se tudo está OK, e para
    baixar os arquivos de inicialização do programa de instalação da Debian..

 6. Inicie o programa de instalação da Debian para continuar a instalação.

3.5.1. Particionamento através do DOS ou Windows

Se estiver manipulando partições FAT ou NTFS existentes, é recomendado que ou
use o esquema abaixo ou as ferramentas nativas do Windows ou DOS. Caso
contrário, não é realmente necessário particionar a partir do DOS ou Windows
pois as ferramentas de particionamento do Linux geralmente fazem uma bom
trabalho.

Mas se tiver um disco IDE grande e está usando LBA, controladores overlay
(algumas vezes fornecidos pelo fabricante do disco rígido) ou não possuir uma
BIOS nova (pós 1998) que suportam extensões de acesso a discos grandes, então
será preciso posicionar a partição da Debian cuidadosamente no disco. Neste
caso, será preciso colocar a partição de partida nos primeiros 1024 cilindros
do seu disco rígido (normalmente nos primeiros 524MB, sem a tradução da BIOS).
Isto pode significar que partições FAT ou NTFS deverão ser movidas.

3.5.1.1. Reparticionamento não Destrutivo a partir do DOS, Win-32 ou OS/2

Uma das instalações mais comuns é em um sistema que já tem o DOS (incluindo o
Windows 3.1), Win32 (tal como Windows 95, 98, Me, NT, 2000, XP) ou OS/2 e é
necessário colocar a Debian no mesmo disco sem destruir o sistema anterior.
Note que o programa de instalação suporta a alteração de tamanho em sistemas de
arquivos FAT e NTFS. Simplesmente inicie o programa de instalação, selecione a
opção de menu Editar a tabela de partições manualmente, selecione a partição
para alterar o tamanho e especifique seu novo tamanho. Assim, na maioria dos
casos você não precisará usar o método descrito abaixo.

Antes de prosseguir, você deverá decidir como deseja dividir seu disco. O
método desta seção somente dividirá o disco em duas partes. Uma que terá o
sistema original e a outra que será usada para a Debian. Durante a instalação
da Debian, você terá a oportunidade de usar a porção reservada no disco para a
instalação da Debian, i.e. como swap ou sistema de arquivos.

A idéia é mover todos os dados da partição para o começo, antes de modificar as
informações da partição, assim nada será perdido. É importante que você faça o
mínimo de coisas possíveis entre a movimentação de dados e reparticionamento
para minimizar a chance de um arquivo ser gravado no final da partição e isso
poderá diminuir a quantidade de espaço que poderá obter da partição.

A primeira coisa necessária é copiar o fips que está disponível no diretório
tools/ do seu mirror da Debian mais próximo. Descompacte o arquivo compactado
com unzip e copie os arquivos RESTORRB.EXE, FIPS.EXE e ERRORS.TXT para um
disquete de partida. Um disquete de partida poderá ser criado usando o comando
sys a: sob o DOS. O fips vem com uma documentação muito boa que poderá querer
ler. Você definitivamente deverá ler a documentação se utilizar um controlador
de compactação de disco ou um gerenciador de discos. Crie o disco e leia a
documentação antes de desfragmentar o disco.

A próxima coisa necessária é mover todos os dados para o começo da partição. O
comando defrag, que vem com o DOS 6.0 e superiores podem fazer o trabalho
facilmente. Veja a documentação do fips para uma lista de outros softwares que
podem fazer isso. Note que estiver executando o Windows 9x, deverá executar o
defrag a partir de lá, pois o DOS não entende o formato VFAT, que é usado para
suportar nomes de arquivos longos, usados no Windows 95 e superiores.

Após executar o programa de desfragmentação (que pode levar algum tempo em um
disco grande), reinicie com o disquete do fips que criou na unidade de
disquetes. Simplesmente digite a:\fips e siga as instruções.

Note que existem outros gerenciadores de partições, no caso do fips não
funcionar.

3.5.1.2. Particionamento para o DOS

Se estiver particionando para unidades DOS ou alterando o tamanho de partições
DOS, usando ferramentas do Linux, muitas pessoas tem experimentado problemas
enquanto trabalham com partições FAT resultantes. Por exemplo, algumas tem
relatado performance baixa, problemas consistentes com o scandisk ou algum
outro erro estranho no DOS ou Windows.

Aparentemente, se criar ou mudar o tamanho de uma partição para uso no DOS. é
uma boa idéia preencher os primeiros setores com zeros. Faça isso de dentro do
Linux, antes de executar o comando format do DOS:

# dd if=/dev/zero of=/dev/hdXX bs=512 count=4

3.6. Pré-Instalação do hardware e configuração do sistema operacional

Esta seção lhe guiará através da configuração e pré-instalação de hardware, se
preciso, você precisará fazê-lo antes de instalar a Debian. Geralmente isto
envolve a checagem e possivelmente a alteração de configurações de firmware
para seu sistema. A "firmware" é o software central usado pelo hardware; é mais
criticamente chamado durante o processo de inicialização (após ligar a força).
Os assuntos conhecidos de hardwares afetando a confiança da Debian GNU/Linux em
seu sistema também são destacados.

3.6.1. Invocando o menu de configuração da BIOS

A BIOS oferece as funções básicas necessárias para inicializar sua máquina para
que o sistema acesso seu hardware. Seu sistema provavelmente possui um menu de
configuração da BIOS, que é usado para configurar a BIOS. Antes de instalar,
você deverá ter certeza de que suas BIOS está configurada corretamente; não
fazendo isso, poderá levar o sistema a travamentos intermitentes ou à
incapacidade de se fazer a instalação da Debian.

O resto desta seção foi roubada do documento http://www.faqs.org/faqs/
pc-hardware-faq/part1/, respondendo à questão, "Como eu posso entrar no menu de
configuração da CMOS?". O método que utilizará para acessar a BIOS (ou a
"CMOS") depende de quem escreveu seu programa de BIOS:

AMI BIOS

    Pressione a tecla Delete durante o POST (teste durante a inicialização do
    sistema)

Award BIOS

    Pressione a combinação de teclas Ctrl-Alt-ESC ou a tecla Delete durante o
    POST

DTK BIOS

    Pressione ESC durante o POST

IBM PS/2 BIOS

    Pressione as teclasCtrl-Alt-Insert após pressionar a combinação Ctrl-Alt-
    Delete

Phoenix BIOS

    Ctrl-Alt-ESC or Ctrl-Alt-S or F1

As informações sobre como executar outras rotinas de BIOS podem ser encontradas
em http://www.tldp.org/HOWTO/Hard-Disk-Upgrade/install.html.

Algumas máquinas Intel x86 não tem um menu de configuração da CMOS. Se não
tiver o disquete de instalação e/ou diagnóstico para sua máquina, você poderá
tentar usar um programa shareware/freeware. Tente vendo o endereço ftp://
ftp.simtel.net/pub/simtelnet/msdos/.

3.6.2. Seleção do dispositivo de inicialização

Muitos menus de configuração da BIOS lhe permite selecionar os dispositivos que
serão usados para iniciar o sistema. Ajuste isto para procurar pelo sistema
operacional primeiro na unidade A: (a primeira unidade de disquetes) então
opcionalmente o primeiro dispositivo de CD-ROM (possivelmente aparecendo como
D: ou E:) e então a partir de C: (o primeiro disco rígido). Esta configuração
lhe permite inicializar tanto através de um disquete ou CD-ROM que são os
métodos mais comuns para se instalar a Debian.

Se tiver uma nova controladora SCSI e tiver um dispositivo de CD-ROM conectado
lá, você normalmente sará capaz de inicializar a partir de um CD-ROM. Tudo que
precisa fazer é permitir a inicialização através do CD-ROM na BIOS SCSI de sua
controladora.

Outra opção popular é a inicialização a partir de um dispositivo de
armazenamento USB (também chamado de memory stick USB ou chaveiro USB). Algumas
BIOS podem inicializar diretamente a partir do USB outros não. Você precisará
configurar sua BIOS para dar a partir de uma "Unidade de disco removível" ou
até mesmo "USB-ZIP" para inicializar a partir de um dispositivo USB.

Aqui estão alguns detalhes de como configurar a ordem de partida. Lembre-se de
voltar a ordem ao padrão após instalar o Linux, assim poderá iniciar sua
máquina sem atraso a partir do disco rígido.

3.6.2.1. Mudando a ordem de partida em computadores com barramento IDE

 1. Assim que seu computador iniciar, pressione as teclas para entrar no
    utilitário BIOS. Normalmente será a tecla del. No entanto, consulte a
    documentação do hardware para saber a combinação exata.

 2. Encontre a seqüência de partida no utilitário de configuração. Sua
    localização depende de sua BIOS, mas estará procurando por uma localização
    que liste unidades de disco.

    Padrões comuns em máquinas IDE são C, A, cdrom ou A, C, cdrom.

    A unidade C é um disco rígido e A é a unidade de disquetes.

 3. Altere a ordem de partida apontando para que o CD-ROM ou a unidade de
    disquetes sejam os primeiros. Provavelmente isto será feito usando as
    teclas Page Up ou Page Down para selecionar a escolha mais apropriada.

 4. Salve suas mudanças. As instruções na tela lhe dirão como salvar as
    mudanças em seu computador.

3.6.2.2. Alterando a Ordem de Partida em Computadores SCSI

 1. Quando seu computador iniciar, pressione as teclas para entrar no
    utilitário de configuração SCSI.

    Você poderá iniciar o utilitário de configuração SCSI após os testes de
    memória e as mensagem sobre como iniciar o utilitário de configuração da
    BIOS durante a inicialização do computador.

    A combinação de teclas que precisa depende do utilitário. Freqüentemente
    ela será Ctrl-F2. No entanto, consulte a documentação do seu hardware para
    saber a combinação de teclas exatas.

 2. Encontre o utilitário para mudar a ordem de partida.

 3. Ajuste o utilitário para que a SCSI ID a unidade de CD seja a primeira da
    lista.

 4. Salve suas mudanças. As instruções na telha lhe dirão como salvar as
    alterações em seu computador. Freqüentemente, você deverá pressionar F10.

3.6.3. Configurações diversas da BIOS

3.6.3.1. Configurações do CD-ROM

Algumas BIOS de sistemas (tal como a BIOS Award) lhe permitirão ajustar
automaticamente a velocidade do CD. Você deverá evitá-la e ao invés disso
ajustá-la para, digamos, a menor velocidade. Se obter o erro seek failed esta
poderá ser a causa do seu problema.

3.6.3.2. Memória Extendida vs. Expandida

Caso seu sistema tenha ambas memórias extendida e expandida, configure a
máquina para que tenha mais memória extendida e o mínimo de memória expandida
que for possível. O Linux requer a memória extendida e não usa memória
expandida.

3.6.3.3. Proteção contra Vírus

Desative qualquer características de alerta contra vírus que sua BIOS pode ter.
Se tiver uma placa de proteção contra vírus ou outro hardware especial, tenha
certeza que está desativada ou fisicamente removida enquanto estiver executando
o GNU/Linux. Estas placas não são compatíveis com o GNU/Linux; ainda em tempo,
devido às permissões do sistema de arquivos e memória protegida do kernel do
Linux, os vírus são praticamente descartados^[2].

3.6.3.4. Shadow RAM

A sua placa poderá ter o recurso de shadow RAM (sombra da memória RAM) ou cache
de BIOS. Você poderá ver configurações para "Video BIOS Shadow", "C800-CBFF
Shadow", etc. Desative totalmente este recurso. O recurso Shadow RAM é usado
para acelerar o acesso a ROMs de sua placa mãe e em algumas placas
controladores. O Linux não usa estas ROMs uma vez que inicializar pois ele
fornece seu próprio e rápido software de 32-bits em substituição aos programas
de 16bits das ROMs. A desativação da shadow RAM deixará a memória RAM
disponível para programas a utilizarem como memória normal. Deixando o recurso
de shadow RAM ativado poderá causar problemas com o acesso do Linux aos
dispositivos de hardware.

3.6.3.5. Buraco de Memória

Caso sua BIOS ofereça recursos como "15-16 MB Memory Hole", por favor desative
isto. O Linux espera encontrar memória lá se tiver esta quantidade de memória
RAM.

Nós temos um relatório de uma placa mãe Intel Endeavor no qual existe uma opção
chamada "LFB" ou "Linear Frame Buffer". Ela tinha duas opções "Desativada" e "1
Megabyte". Configure-a para "1 Megabyte". Quando desativada, o disquete de
instalação não era lido corretamente e o sistema travava. Quando esta parte foi
escrita nós não entendemos o que estava acontecendo de errado com este
dispositivo em particular -- ele simplesmente funcionava com aquela
configuração e não sem ela.

3.6.3.6. Gerenciamento Avançado de Energia

Caso sua placa mãe tenha o suporte a APM (Advanced Power Management -
Gerenciamento Avançado de Energia), configure-o para que o gerenciamento de
energia seja controlado pelo APM. Desative os modos doze, standby, suspend, nap
e sleep. Desative também o temporizador para desligamento do disco rígido. O
Linux pode controlar estes modos e fazer uma tarefa melhor de gerenciamento de
energia que a BIOS.

3.6.4. Assuntos relacionados ao hardware que tem em mãos

Muitas pessoas tem tentado fazer o sistema funcionar com sua CPU de 90MHz, em
100MHz, etc. Normalmente funciona, mas sua sensibilidade a temperatura e outros
fatores podem danificar o sistema. Um dos autores deste documento fez o
overclock de seu próprio sistema por um ano e então o sistema começou a abortar
o programa gcc com um sinal inesperado durante a compilação do kernel. Voltando
a CPU a velocidade normal resolveu o problema.

O compilador gcc é freqüentemente a primeira coisa que da problema quando tem
módulos de memória defeituosos (ou outros problemas de hardwares que fazem a
modificação de seus dados indiscriminadamente) porque ele constrói amplas
estruturas de dados que acessa repetidamente. Um erro nestas estruturas de
dados fará que ele execute uma instrução ilegal ou acesso um endereço
inexistente. O sintoma disto será o gcc sendo finalizado por causa de um sinal
inesperado.

As melhores placas mãe suportam paridade na memória RAM e alertarão caso o seu
sistema tenha um erro de um simples bit na RAM. Infelizmente, elas não têm
métodos de solucionar o problema, mas geralmente travarão imediatamente após
detectar a RAM defeituosa. Ainda, é melhor ser avisado que tem memória RAM com
blocos defeituosos do que tê-la silenciosamente inserindo erros em seus dados.
Assim, os melhores sistemas tem placas mãe que suportam paridade e módulos de
memória com paridade verdadeira; veja Seção 2.4.3, "Memória RAM com Paridade
"Virtual"".

Se tiver uma memória RAM com paridade verdadeira e sua placa mãe pode
manipulá-la, tenha certeza de ativar suas configurações de BIOS que fazem sua
placa mãe interromper caso ocorram erros de paridade na memória.

3.6.4.1. A chave turbo

Muitos sistemas tem uma chave turbo que controlam a velocidade da CPU.
Selecione a configuração de alta velocidade. Caso sua BIOS lhe permita
desativar via software a chave turbo (ou controle via software a chave turbo),
faça isto para deixar sempre o sistema no modo de alta velocidade. Nós temos
relatórios de um sistema em particular que desativava a função turbo quando
estava procurando por dispositivos de hardware.

3.6.4.2. CPUs Cyrix e erros em disquetes

Muitos usuários de CPUs Cyrix tem tido que desativar o cache de seus sistemas
durante a instalação porque causa erros na leitura de disquetes. Se tiver que
fazer isso, tenha certeza de reativar seu cache quando finalizar a instalação,
pois o sistema é executado muito lentamente com o cache desativado.

Nós não achamos que isso necessariamente seja uma falha na CPU Cyrix. Pode ser
algo que o Linux pode contornar. Nós continuaremos a observar o problema. Para
os curiosamente técnicos, nós suspeitamos de um problema com o cache sendo
invalidado após uma mudança do código de 16 bits para 32 bits.

3.6.4.3. Configuração de periféricos no hardware

Você poderá ter que mudar algumas configurações ou jumpers nas placas
controladores de periféricos de seu computador. Algumas placas tem menus de
configuração enquanto outras usam jumpers. Este documento não espera oferecer
informações completas sobre cada dispositivo de hardware; o que ele busca é
oferecer dicas importantes.

Se qualquer placa oferecer "memória mapeada" a memória deverá ser mapeada para
alguma área entre 0xA0000 e 0xFFFFF (de 640K até a memória abaixo de 1 MB) ou
em um endereço pelo menos 1MB maior que o total de memória do seu sistema.

3.6.4.4. Suporte da USB na BIOS e teclados USB

Se não possuir somente um teclado modelo USB, pode ser necessário ativar a
emulação de teclado AT em sua BIOS. Somente faça isto caso o sistema de
instalação falhar em tentar usar o seu teclado em modo USB. De modo
controvérso, em alguns sitemas (em especial em notebooks) você pode precisar
desativar o suporte USB caso seu teclado não responda. Consulte o manual de sua
placa mãe e procure na BIOS pelas opções "Legacy keyboard emulation" ou "USB
keyboard support".

3.6.4.5. Mais de 64MB de RAM

O kernel do Linux nem sempre pode detectar a quantidade de memória RAM que
possui. Se este é o seu caso, por favor dê uma olhada em Seção 5.2, "Parâmetros
de Inicialização".


--------------

^[2] Após a instalação, você poderá ativar a proteção do setor de partida se
quiser. Isto não lhe dará segurança adicional no Linux, mas se também utilizar
o Windows, poderá evitar uma catástrofe. Não há necessidade de mexer no MBR
(Master Boot Record) assim que for gravado.

Capítulo 4. Obtendo a mídia de instalação do sistema

Índice

4.1. Conjunto oficial de CD-ROMs do Debian GNU/Linux
4.2. Baixando arquivos através de espelhos (mirrors) da Debian

    4.2.1. Aonde achar as imagens de instalação

4.3. Criando disquetes a partir de imagens de disco

    4.3.1. Gravando imagens de disquetes a partir de um sistema Linux ou Unix
    4.3.2. Gravando imagens de disquetes a partir do DOS, Windows ou OS/2

4.4. Preparando os arquivos para a inicialização usando um memory stick USB

    4.4.1. Copiando os arquivos -- o método fácil
    4.4.2. Copiando os arquivos -- o método flexível

4.5. Preparando arquivos para a inicialização através do disco rígido

    4.5.1. Iniciando o programa de instalação via disco rígido usando o LILO ou
        o GRUB

4.6. Preparando os arquivos para inicialização via rede usando TFTP

    4.6.1. Configurando um servidor BOOTP
    4.6.2. Configurando um servidor DHCP
    4.6.3. Ativando o servidor TFTP
    4.6.4. Movendo as imagens TFTP para o Local

4.7. Instalação automática

    4.7.1. Instalação automática usando o programa de instalação da Debian

4.1. Conjunto oficial de CD-ROMs do Debian GNU/Linux

O método mais fácil de se instalar a Debian GNU/Linux é através do conjunto de
CDs oficiais da Debian. Você poderá comprá-la de um vendedor (veja a página de
vendedores de CD). Você pode também baixar as imagens de CD-ROM de um mirror do
Debian e fazer seu próprio conjunto, caso tenha uma conexão rápida de rede e um
gravador (veja Debian CD page para instruções detalhadas). Se tiver um conjunto
de CDs do Debian e os CDs são inicializáveis em sua máquina, você poderá pular
o resto deste capítulo e ir direto para Capítulo 5, Iniciando o sistema de
instalação; muitos esforços foram feitos para ter certeza que a maioria dos
arquivos que as pessoas precisam estão neste CD. No entanto, um conjunto
completo de pacotes binários requerem diversos CDs, e é improvável que você
precise de pacotes do terceiro CD em diante. Também é possível usar a versão em
DVD, que salva muito espaço em sua mesa e evita a maratona de troca de CDs.

Se sua máquina não suporta inicialização através de CD mas você possui um
conjunto de CDs, você poderá usar uma estratégia alternativa tal como
disquetes, disco rígido, usb stick, inicialização via rede, ou carregar o
kernel manualmente através do CD para dar a partida inicial no sistema de
instalação. Os arquivos que precisa para inicializar usando outros métodos
também estão no CD: o arquivo de rede da Debian e organização da pasta CD são
idênticas. Assim, quando os caminhos de arquivos forem fornecidos abaixo para
determinados arquivos que precisa para inicialização, procure por estes
arquivos nos mesmos diretórios e subdiretórios do seu CD.

Assim que o programa de instalação iniciar, você poderá obter todos os outros
arquivos que precisa através do CD.

Caso não tenha um conjunto de CDs, então você precisará baixar os arquivos de
instalação do sistema e gravá-lo no disquetes ou disco rígido ou usb stick ou
computador conectado assim eles poderão ser usados para iniciar o sistema de
instalação.

4.2. Baixando arquivos através de espelhos (mirrors) da Debian

Para achar o mirror mais próximo de você (e provavelmente o mais rápido), veja
a lista de mirrors da Debian.

Quando estiver baixando arquivos atraes de um espelho da Debian, tenha certeza
de baixar os arquivos em modo binário, não use texto ou modo automático.

4.2.1. Aonde achar as imagens de instalação

As imagens de instalação estão localizadas em cada mirror da Debian no
diretório debian/dists/sarge/main/installer-i386/current/images/ -- o MANIFEST
lista cada imagem e seu propósito.

4.3. Criando disquetes a partir de imagens de disco

Os disquetes de partida são geralmente usados como último recurso para se
iniciar o programa de instalação em hardwares que não podem inicializar a
partir de um CD ou de outros métodos.

As imagens de discos são arquivos que possuem o conteúdo completo de um
disquete em formato raw. Imagens de disco tais como boot.img não podem ser
simplesmente copiadas para uma unidade de disquete. Um programa especial é
usado para gravar os arquivos de imagem para o disquete em modo raw. Isto é
requerido porque estas imagens são representações em formato simples do disco;
é requerida para fazer a cópia de setores de dados de um arquivo em disquete.

Existem diferentes técnicas para a criação de disquetes a partir das imagens de
disquetes, dependendo de sua plataforma. Esta seção descreve como criar
disquetes através de imagens de discos em diferentes plataformas.

Não importa qual método usou para criar seus disquetes, você deverá se lembrar
de protegê-los contra gravação puxando sua lingüeta assim que gravá-los para
ter certeza que não sejam danificados sem intenção.

4.3.1. Gravando imagens de disquetes a partir de um sistema Linux ou Unix

Para gravar arquivos de imagens de disquetes para os disquetes, você
provavelmente precisará ter acesso root ao sistema. Coloque um disquete em bom
estado, vazio na unidade de disquetes. Após isto execute o comando

$ dd if=arquivo of=/dev/fd0 bs=1024 conv=sync ; sync

onde arquivo é um dos arquivos de imagem de disquetes (veja Seção 4.2,
"Baixando arquivos através de espelhos (mirrors) da Debian" para ver que
arquivo deverá utilizar). /dev/fd0 é um nome normalmente usado de uma unidade
de disquetes, ela poderá ser diferente em sua estação de trabalho (). O comando
poderá retornar para o aviso de comando antes de terminar a gravação do
disquete, desta maneira verifique se o LED que indica disco em uso apagou antes
de ejetar o disquete da unidade. Em muitos sistemas, você terá que executar um
comando para ejetar o disquete da unidade ().

Alguns sistemas automaticamente tentam montar um disquete quando o insere na
unidade. Você poderá ter que desativar esta característica antes tentar gravar
os disquetes de imagem. Infelizmente, o método que isto é feito varia de acordo
com o sistema operacional.

4.3.2. Gravando imagens de disquetes a partir do DOS, Windows ou OS/2

Se tiver acesso a uma máquina i386, você poderá usar um dos seguintes programas
para copiar as imagens para os disquetes.

Os programas rawrite1 e rawrite2 podem ser usados sob o MS-DOS. Para utilizar
estes programas, primeiro assegure-se que inicializou no DOS. Não espera-se que
a tentativa de usar estes programas dentro de uma janela do DOS em uma seção
Windows ou dando um duplo clique nestes programas dentro do Windows Explorer
funcione.

O programa rwwrtwin é executado no Windows 95, NT, 98, 2000, ME, XP e
provavelmente em versões mais novas. Para usá-lo você precisará descompactar o
arquivo diskio.dll no mesmo diretório.

Estas ferramentas podem ser encontradas nos CD-ROMs oficiais do Debian sob o
diretório /tools.

4.4. Preparando os arquivos para a inicialização usando um memory stick USB

Para preparar um memória stick USB, será necessário um sistema onde o GNU/Linux
já esteja sendo executado e que tenha suporte a USB. Tenha certeza que o módulo
do kernel usb-storate está carregado ( modprobe usb-storage) e tente achar o
dispositivo SCSI que recebeu a associação com a memória stick USB (neste
exemplo será usado o dispositivo /dev/sda). Para gravar em sua memória stick
primeiro desative a proteção contra gravação.

Note que a memória stick USB deverá ter pelo menos 128MB de tamanho (é possível
usar tamanhos menores, se seguir os passos descritos em Seção 4.4.2, "Copiando
os arquivos -- o método flexível").

4.4.1. Copiando os arquivos -- o método fácil

Existe um arquivo tudo em um chamado hd-media/boot.img.gz que contém todos os
arquivos do programa de instalação (incluindo o kernel) também como o SYSLINUX
e seu arquivo de configuração. Você terá somente que descompacta-lo diretamente
para sua memória stick USB:

# zcat boot.img.gz > /dev/sda

Atenção

Usando este método tudo o que já estiver no disposivido será destruído. Tenha
certeza de que você está usando o nome correto do dispositivo para a sua
memória USB.

Após isto, monte a memória stick USB (mount /dev/sda /mnt), que agora terá um
sistema de arquivos FAT dentro dele e copie a imagem ISO Debian netinst ou
cartão de visita para lá. Note que o nome de arquivo deverá finalizar em .iso.
Desmonte a memória stick (umount /mnt) e você terá concluído.

4.4.2. Copiando os arquivos -- o método flexível

Se quiser mais flexibilidade ou apenas deseja saber o que está acontecendo,
você deverá usar o seguinte método para armazenar os arquivos em sua memória
stick.

4.4.2.1. Particionamento de memória stick USB na Intel x86

Nós iremos mostrar como configurar uma memória stick para usar a primeira
partição ao invés de todo dispositivo.

Nota

Como a maioria dos dispositivos stick USB vêm com uma partição contendo um
sistema de arquivos FAT16 já configurada, você provavelmente não precisará
reparticionar ou reformatar o stick. Se tiver que fazer isto de qualquer forma,
use o cfdisk ou qualquer outra ferramenta de particionamento para criar a
partição FAT16 e então crie o sistema de arquivos usando:

# mkdosfs /dev/sda1

Tenha atenção de usar o nome de dispositivo correto para o stick USB. O comando
mkdosfs vem junto com o pacote da Debian dosfstools.

Para iniciar o kernel após a inicialização da memória stick USB, nós
precisaremos colocar um gerenciador de partida na memória stick. No entanto,
qualquer gerenciador de partida (e.g. LILO) deverá funcionar. É conveniente
usar o SYSLINUX pois ele usa uma partição FAT16 e pode ser configurado apenas
com a edição de um arquivo de textos. Qualquer sistema operacional que suporte
o sistema de arquivos FAT poderá ser usado para fazer alterações na
configuração do gerenciador de partida.

Para colocar o SYSLINUX em uma partição FAT16 de sua memória stick USB, instale
os pacotes syslinux e mtools em seu sistema e execute:

# syslinux /dev/sda1

Novamente, tenha atenção ao usar o nome de dispositivo. A partição não deverá
estar montada ao iniciar o SYSLINUX. Este processo grava um setor de partida na
partição e cria um arquivo ldlinux.sys que contém o código do gerenciador de
partida.

Monte a partição (mount /dev/sda1 /mnt) e copie os seguintes arquivos de um
repositório da Debian para a memória stick:

  * vmlinuz (binário do kernel)

  * initrd.gz (imagem inicial do disco ram)

  * syslinux.cfg (arquivo de configuração do SYSLINUX)

  * Módulos opcionais de kernel

Se quiser renomear os arquivos, tenha atenção ao fato de que o SYSLINUX somente
pode processar nomes de arquivos no formato (8.3) do DOS.

O arquivo de configuração do SYSLINUX syslinux.cfg deverá conter as seguintes
duas linhas:

default vmlinuz
append initrd=initrd.gz ramdisk_size=12000 root=/dev/ram rw

Note que o parâmetro ramdisk_size pode ser aumentado, dependendo da imagem que
estiver sendo usada para a inicialização. Caso a inicialização falhe, você pode
tentar adicionar devfs=mount,dall na linha "append".

4.4.2.2. Adicionando uma imagem ISO

Agora você deverá colocar qualquer imagem ISO da Debian (businesscard, netinst
ou até mesmo uma completa) em sua memória stick (caso couber em seu espaço
livre). O nome de arquivo da imagem deverá ser finalizado em .iso.

Se quiser instalar através da rede, sem usar uma imagem ISO, você deverá, é
claro, pular o passo anterior. Ainda em tempo, você deverá usar um disco de
memória ram inicial do diretório netboot ao invés do que se encontra em
hd-media, porque o hd-media/initrd.gz não possui suporte a rede.

Quando terminar, desmonte a memória stick USB (umount /mnt) e ative sua
proteção contra gravação.

4.4.2.3. Inicialização através da memória stick USB

Atenção

Caso seu sistema se recusar em inicializar a partir da memória stick, ela
poderá conter uma MBR inválida (master boot record). Para corrigir isto, use o
comando install-mbr que vem no pacote mbr:

# install-mbr /dev/sda

4.5. Preparando arquivos para a inicialização através do disco rígido

O programa de instalação poderá ser iniciado usando arquivos colocados em uma
partição de disco rígido existente ou carregados de outro sistema operacional
ou chamando o gerenciador de partida diretamente pela BIOS.

Uma instalação completamente "via rede" pode ser feita usando esta técnica.
Isto evita a chatice de mídias removíveis, como o trabalho de procurar e
queimar imagens de CD ou ter uma grande quantidade de disquetes não confiáveis.

O programa de instalação não pode inicializar através de arquivos de um sistema
NTFS.

4.5.1. Iniciando o programa de instalação via disco rígido usando o LILO ou o
GRUB

Esta seção explica como adicionar ou até mesmo substituir uma instalação
existente do Linux usando o comando LILO ou o GRUB.

No momento da inicialização, ambos o gerenciadores de partida suportam carregar
na memória não somente do kernel mas também de uma imagem de disco. Este disco
RAM poderá ser usado como sistema de arquivos raíz pelo kernel.

Copie os seguintes arquivos do repositório da Debian para uma localização
conveniente em seu disco rígido, por exemplo em /boot/newinstall/.

  * vmlinuz (binário do kernel)

  * initrd.gz (imagem raíz)

Finalmente, vá até Seção 5.1.2, "Inicializando através do linux usando o LILO
ou GRUB" para configurar seu gerenciador de partida.

4.6. Preparando os arquivos para inicialização via rede usando TFTP

Caso sua máquina esteja conectada a uma rede de área local, é possivel
inicia-la através da rede a partir de outra máquina usando o servidor TFTP. Se
tem a intenção de iniciar o sistema de instalação para outra arquitetura, os
arquivos de inicialização precisarão ser colocados em localizações específicas
da máquina e a máquina configurada para suportar inicialização em sua máquina
específica.

Você precisará configurar um servidor TFTP e para muitas máquinas um servidor
BOOTP , ou um servidor DHCP.

O BOOTP é um protocolo IP que informa um computador de seu endereço IP e onde
na rede será obtida a imagem de inicialização. O DHCP (Dynamic Host
Configuration Protocol) é uma extensão mais flexível, compatível com versões
mais antigas do BOOTP. Alguns sistemas somente podem ser configurados via DHCP.

O protocolo Trivial File Transfer Protocol (TFTP) é usado para servidor uma
imagem de inicialização ao cliente. Teoricamente, qualquer servidor, em
qualquer plataforma que implementa estes protocolos poderá ser usados. Nos
exemplos desta seção, nós mostraremos comando para o SunOS 4.x, SunOS 5.x
(a.k.a. Solaris), e para o GNU/Linux.

Nota

Para utilizar o método Pre-boot Execution Environment (PXE) de inicialização
através de TFTP, você precisará configurar um servidor TFTP coom suporte a
tsize. Em um servidor Debian GNU/Linux os pacotes atftpd e tftpd-hpa se
qualificam; nós recomendamos o pacote tftpd-hpa.

4.6.1. Configurando um servidor BOOTP

Existem dois servidores BOOTP disponíveis para o GNU/Linux: o CMU bootpd e o
outro atualmente é o servidor DHCP, ISC dhcpd, que estão disponíveis nos
pacotes bootp e dhcp no Debian GNU/Linux.

Para usar o CMU bootpd você deverá primeiro descomentar (ou adicionar) a linha
relevante em /etc/inetd.conf. No Debian GNU/Linux, você poderá executar
update-inetd --enable bootps então o comando /etc/init.d/inetd reload para
fazer isto. Em todo caso, a linha em questão deverá se parecer com:

bootps  dgram  udp  wait  root  /usr/sbin/bootpd  bootpd -i -t 120

Agora, você deverá criar um arquivo /etc/bootptab. Este terá a mesma quantidade
de formato críptico e familiar como o bom e antigo printcap do BSD, termcap, e
disktab. Veja a página de manual do bootptab para mais informações. Para o CMU
bootpd você precisará conhecer o endereço de hardware (MAC) do cliente. Aqui
está um exemplo de arquivo /etc/bootptab:

client:\
  hd=/tftpboot:\
  bf=tftpboot.img:\
  ip=192.168.1.90:\
  sm=255.255.255.0:\
  sa=192.168.1.1:\
  ha=0123456789AB:

Você pelo menos precisará mudar a opção "ha", que especifica o endereço de
hardware do cliente. A opção "bf" especifica o arquivo que o cliente deverá
baixar via TFTP; veja Seção 4.6.4, "Movendo as imagens TFTP para o Local" para
mais detalhes.

Em contraste, a configuração de um BOOTP com o ISC dhcpd é realmente fácil, por
causa que ele trata clientes BOOTP de uma forma especial como clientes DHCP.
Algumas arquiteturas requerem uma configuração complexa para a inicialização
dos clientes via BOOTP. Caso a sua seja uma destas, leia a seção Seção 4.6.2,
"Configurando um servidor DHCP". Caso contrário, você será provavelmente capaz
de adicionar a diretiva allow bootp no bloco de configuraçào de sub-rede de seu
cliente e reiniciar o servidor dhcp dhcpd com o comando /etc/init.d/dhcpd
restart.

4.6.2. Configurando um servidor DHCP

Um servidor DHCP livre é o ISC dhcpd. Na Debian GNU/Linux, ele está disponível
no pacote dhcp. Aqui está um modelo de configuração deste pacote (normalmente /
etc/dhcpd.conf):

option domain-name "exemplo.com";
option domain-name-servers ns1.exemplo.com;
option subnet-mask 255.255.255.0;
default-lease-time 600;
max-lease-time 7200;
server-name "servername";

subnet 192.168.1.0 netmask 255.255.255.0 {
  range 192.168.1.200 192.168.1.253;
  option routers 192.168.1.1;
}

host clientname {
  filename "/tftpboot/tftpboot.img";
  server-name "servername";
  next-server servername;
  hardware ethernet 01:23:45:67:89:AB;
  fixed-address 192.168.1.90;
}

Nota: O novo (e preferido) pacote dhcp3 utiliza o arquivo de configuração /etc/
dhcp3/dhcpd.conf.

Neste exemplo, existe somente um servidor servername que faz todo o trabalho do
servidor DHCP, servidor TFTP e gateway de rede. Você precisará modificar as
opções domain-name assim como o nome do servidor e endereço de hardware do
cliente. A opção filename deve ter o nome do arquivo que será baixado via TFTP.

Após editar o arquivo de configuração dhcpd, reinice-o com /etc/init.d/dhcpd
restart.

4.6.2.1. Habilitando a inicialização através de PXE no servidor DHCP

Aqui está outro exemplo para o dhcp.conf usando o método Pre-boot Execution
Environment (PXE) do TFTP.

option domain-name "exemplo.com";

default-lease-time 600;
max-lease-time 7200;

allow booting;
allow bootp;

# The next paragraph needs to be modified to fit your case
subnet 192.168.1.0 netmask 255.255.255.0 {
  range 192.168.1.200 192.168.1.253;
  option broadcast-address 192.168.1.255;
# the gateway address which can be different
# (access to the internet for instance)
  option routers 192.168.1.1;
# indicate the dns you want to use
  option domain-name-servers 192.168.1.3;
}

group {
 next-server 192.168.1.3;
 host tftpclient {
# tftp client hardware address
  hardware ethernet  00:10:DC:27:6C:15;
  filename "/tftpboot/pxelinux.0";
 }
}

Note que para a inicialização via PXE, o nome do arquivo do cliente pxelinux.0
é o gerenciador de partida, e não a imagem do kernel (veja Seção 4.6.4,
"Movendo as imagens TFTP para o Local" abaixo).

4.6.3. Ativando o servidor TFTP

Para ter um servidor TFTP funcionando, primeiro deverá ter certeza que o tftpd
está ativado. Ele normalmente é ativado através da seguinte linha no seu
arquivo /etc/inetd.conf:

tftp dgram udp wait nobody /usr/sbin/tcpd in.tftpd /tftpboot

Os pacotes da Debian geralmente configurarão isto corretamente por padrão
quando forem instalados.

Olhe neste arquivo e lembre-se do diretório que é usado como argumento para o
in.tftpd; você irá precisa dele mais abaixo. O argumento -l permite que alguns
tipos de versões do in.tftpd registrem todas as requisições para os logs do
sistema; isto é mais útil para diagnosticar erros de inicialização. Se você
tiver que mudar o /etc/inetd.conf, você terá que notificar o processo em
execução inetd de que o arquivo foi modificado. Em máquinas Debian, execute /
etc/init.d/inetd reload; em outras máquinas, encontre o ID do processo do inetd
e execute o comando kill -HUP inetd-pid.

4.6.4. Movendo as imagens TFTP para o Local

Como próximo passo, coloque a imagem de inicialização TFTP que precisa, como
encontrada no Seção 4.2.1, "Aonde achar as imagens de instalação" no diretório
de imagens de inicialização do tftpd. Geralmente este diretório será /tftpboot.
Você tera que fazer um link deste arquivo para o arquivo que o tftpd usará para
inicializar em cliente em particular. Infelizmente, o nome do arquivo é
determinado pelo client e TFTP e não existem padrões rígidos.

Para a inicialização usando o PXE, tudo que precisa fazer já está feito no
arquivo tar netboot/netboot.tar.gz. Simplesmente descompacte este arquivo no
diretório de imagem de inicialização do tftpd. Tenha certeza que seu servidor
DHCP está configurado para passar o arquivo /pxelinux.0 através do tftpd para
inicializar através dele.

4.7. Instalação automática

Para a instalação em múltiplos computadores é possível fazer instalações
totalmente automáticas. Os pacotes do Debian que tem por objetivo fazer isso
incluem o fai (que usa um servidor de instalação), replicator, systemimager,
autoinstall e o próprio programa de instalação da Debian.

4.7.1. Instalação automática usando o programa de instalação da Debian

O programa de instalação da Debian suporte a instalação automática através de
arquivos de pré-configuração. Um arquivo de pré-configuração pode ser carregado
através da rede ou de uma mídia removível e usado para responder as questões
feitas durante o processo de instalação.

A maioria das caixas de diálogo usadas pelo debian-installer podem ser
preenchidas usando este método, existem algumas excessões que deve notar. Você
poderá (re)particionar todo um disco ou usar seu espaço livre disponível; mas
não é poss[ivel usar partições existentes. Você não poderá usar o preenchimento
automático para configurar um RAID ou LVM. Também, com a excessão dos módulos
de controladores de dispositivos, não é possível pré-configurar os parâmetros
de módulos do kernel.

O arquivo de pré-configuração usa o mesmo formato utilizado pelo comando
debconf-set-selections. Um exemplo funcional e bem documentado que você pode
editar está localizado em Seção C.1, "Exemplo de Arquivo de Pré-Configuração".

Alternativamente, um método de se obter um arquivo completo listando os valores
que podem ser preenchidos é fazer a instalação manual e então usar o
debconf-get-selections que vem com o pacote debconf-utils para fazer o dump da
base de dados do debconf e do cdebconf que estão em /var/log/debian-installer/
cdebconf para um arquivo simples:

$ debconf-get-selections --installer > arquivo
$ debconf-get-selections >> arquivo

No entanto, um arquivo gerado desta forma tem alguns ítens que não podem ser
preenchidos e o arquivo em Seção C.1, "Exemplo de Arquivo de Pré-Configuração"
será um melhor ponto de partida para a maioria dos usuários.

Assim que tiver um arquivo de pré-configuração, você pode edita-lo se
necessário e coloca-lo em um servidor web ou copia-lo para uma mídia de
inicialização do programa de instalação. Onde quer que coloque o arquivo, você
precisará passar um parâmetro para o programa de instalação no momento da
inicialização dizendo para usar aquele arquivo.

Para fazer o programa de instalação utilizar o arquivo de pré-configuração
copiado através da rede, passe o parâmetro preseed/url=http://url/para/
preseed.cfg para o kernel. É claro que a pré-configuração não terá efeito até
que o programa de instalação configure a rede para baixar o arquivo, desta
forma isto é mais útil caso o programa de instalação pode configurar a rede
através do DHCP sem perguntar qualquer questão. Você pode desejar ajustar a
prioridade da instalação para crítica para evitar qualquer questão durante a
configuração da rede. Veja Seção 5.2.1, "Parâmetros da instalação da Debian".

Para colocar um arquivo de pré-configuração em um CD, você precisará regravar a
imagem ISO após incluir seu arquivo de pré-configuração. Veja a página de
manual do mkisofs para deatlhes. Alternativamente, coloque o arquivo que contém
as pré-configurações em um disquete e passe o argumento use preseed/file=/
floppy/preseed.cfg para o kernel.

Se estiver inicializando através de um memory stick USB, simplesmente copie seu
arquivo de pré-configuração para o sistema de arquivos da memory stick e edite
o arquivo syslinux.cfg adicionando preseed/file=/hd-media/preseed.cfg como
parâmetro de inicialização do kernel.

Capítulo 5. Iniciando o sistema de instalação

Índice

5.1. Inicializando o Programa de Instalação na Intel x86

    5.1.1. Inicializando o sistema através de um CD-ROM
    5.1.2. Inicializando através do linux usando o LILO ou GRUB
    5.1.3. Inicialização através de uma memory stick USB
    5.1.4. Inicialização através de disquetes
    5.1.5. Inicialização usando o TFTP
    5.1.6. Parâmetros de inicialização

5.2. Parâmetros de Inicialização

    5.2.1. Parâmetros da instalação da Debian

5.3. Problemas e Processo de Instalação

    5.3.1. Confiança em Disquetes
    5.3.2. Configuração de Partida
    5.3.3. Problemas comuns de instalação na Intel x86
    5.3.4. Interpretando as Mensagens de Inicialização do Kernel
    5.3.5. Relatório de Falhas
    5.3.6. Enviando Relatórios de Instalação

5.1. Inicializando o Programa de Instalação na Intel x86

5.1.1. Inicializando o sistema através de um CD-ROM

O caminho mais fácil para a maioria das pessoas é usar um conjunto de CDs da
Debian. Se tiver um conjunto de CDs e se sua máquina suportar a inicialização
diretamente através de CD, ótimo! Simplesmente configure o sistema para dar a
partida através de uma unidade de CD como descrito em Seção 3.6.2, "Seleção do
dispositivo de inicialização", insira seu CD, reinicie e prossiga até o próximo
capítulo.

Note que algumas unidades de CD podem requerer controladores especiais e assim
estarão inacessíveis nos primeiros estágios da instalação. Caso o método padrão
de inicializar através de um CD não funcionar para seu hardware, revisite este
capítulo e leia sobre kernels alternativos e métodos de instalação que podem
funcionar para você.

Até mesmo se não puder inicializar a partir de um CD-ROM, você provavelmente
poderá instalar o sistema Debian e seus componentes e qualquer pacote que
procura pelo CD-ROM. simplesmente inicialize usando outra mídia, como
disquetes. Quando chegar a hora de instalar o sistema operacional, sistema
básico e quaisquer pacotes adicionais, aponte o sistema de instalação para a
unidade de CD-ROM.

Se tiver problemas durante a inicialização, veja Seção 5.3, "Problemas e
Processo de Instalação".

5.1.2. Inicializando através do linux usando o LILO ou GRUB

Para iniciar o programa de instalação através do disco rígido, você primeiro
deverá baixar e gravar os arquivos descritos em Seção 4.5, "Preparando arquivos
para a inicialização através do disco rígido".

Se tiver a intenção de usar um disco rígido somente para a inicialização e
então baixar o resto através da rede, você deve baixar o arquivo netboot/
debian-installer/i386/initrd.gz e seu kernel correspondente. Isto lhe permitirá
reparticionar o disco rígido de onde iniciou a instalação, no entanto, você
deverá fazer isto com cuidado.

Alternativamente, se tiver a intenção de manter uma partição existente no disco
rígido inalterada durante a instalação, você poderá baixar o arquivo hd-media/
initrd.gz e seu kernel, assim como copiar um CD iso nesta unidade (tenha
certeza que o arquivo finaliza em .iso). O programa de instalação poderá então
inicializar a partir do disco e ser instalado através da imagem de CD, sem
precisar da rede.

Para o LILO, você precisará configurar duas coisas essenciais no /etc/
lilo.conf:

  * para carregar o instalador initrd.gz durante a inicialização;

  * fazer o kernel vmlinuz usar este disco RAM como partição raíz.

Aqui está um exemplo do /etc/lilo.conf:

image=/boot/newinstall/vmlinuz
       label=newinstall
       initrd=/boot/newinstall/initrd.gz
       root=/dev/ram0
       append="devfs=mount,dall ramdisk_size=12000"

Para mais detalhes, veja as páginas de manual do initrd(4) e do lilo.conf(5).
Agora execute o lilo e reinicie.

O procedimento para fazer o mesmo com o GRUB é parecido. Localize o arquivo
menu.lst no diretório /boot/grub/ (algumas vezes em /boot/boot/grub/), e
adicione as seguintes linhas:

title  Nova Instalação
kernel (hd0,0)/boot/newinstall/vmlinuz root=/dev/ram devfs=mount,dall ramdisk_size=17000

initrd (hd0,0)/boot/newinstall/initrd.gz

e reinicie. Caso a inicialização falhe, tente adicionar devfs=mount,dall a
linha do "kernel".

Pode ser necessário alterar o valor de ramdisk_size para o tamanho da imagem do
initrd. De agora em diante, não deverá existir diferenças entre o GRUB ou LILO.

5.1.3. Inicialização através de uma memory stick USB

Nós iremos assumir que preparou tudo de Seção 3.6.2, "Seleção do dispositivo de
inicialização" e Seção 4.4, "Preparando os arquivos para a inicialização usando
um memory stick USB". Agora apenas ligue sua memory stick USB em algum conector
USB livre e reinicie o computador. O sistema deverá inicializar e você verá o
aviso de boot:. Lá você poderá entrar com argumentos opcionais de partida ou
apenas teclar Enter.

Caso seu computador não suporte a inicialização através de dispositivos de
memória USB, ainda será possível usar um disquete simples para a partida
inicial e então usar o USB. Inicialize seu sistema como descrito em
Seção 5.1.4, "Inicialização através de disquetes"; o kernel em seu disquete de
partida deverá detectar sua memória USB stick automaticamente. Então quando
perguntado pelo disquete raíz, simplesmente tecle Enter. Você deverá ver o
debian-installer iniciando.

5.1.4. Inicialização através de disquetes

Você terá que copiar as imagens de disquetes que precisa e as criadas como é
mostrado em Seção 4.3, "Criando disquetes a partir de imagens de disco".

Para inicializar a partir de um disquete de instalação, coloque o disquete na
unidade de disquetes primária, desligue o seu sistema (da forma que deve ser
feita) então ligue-o.

Para fazer a instalação a partir de uma unidade LS-120 (versão ATAPI), com um
conjunto de disquetes, você precisará especificar uma localização virtual para
o dispositivo de disquetes. Isto é feito com o argumento de inicialização root=
, apontando para o dispositivo ide que será mapeado. Por exemplo, se sua
unidade LS-120 estiver conectada como primeiro dispositivo IDE (master) no
segundo cabo, você deverá entrar com linux root=/dev/hdc no aviso de
inicialização. A instalação a partir do LS-120 é somente suportada por kernels
da versão 2.4 e superiores.

Note que em algumas máquinas, as teclas Control-Alt-Delete não reiniciam de
forma adequada sua máquina, desta forma é recomendável um "hard" reboot. Caso
estiver instalando a partir de um sistema operacional existente (e.g. de um
sistema DOS) você não terá escolha. Caso contrário, faça uma reinicialização
rígida quando inicializar o sistema (reset).

A unidade de disquetes será acessada, e você verá uma tela que é uma introdução
ao disquete de recuperação e finaliza com a linha boot:.

Assim que pressionar a tecla Enter, você deverá ver a mensagem Loading...,
seguido de Uncompressing Linux..., e então uma tela cheia de informações sobre
o hardware encontrado em seu sistema. Mais informações sobre esta fase do
processo de inicialização pode ser encontrada mais abaixo em Seção 5.3.4,
"Interpretando as Mensagens de Inicialização do Kernel".

Após inicializar a partir do disquete de inicialização, o disquete raíz será
solicitado. Insira o disquete raíz e pressione a tecla Enter, e seu conteúdo
será carregado para a memória. O programa de instalação debian-installer será
automaticamente carregado.

5.1.5. Inicialização usando o TFTP

A inicialização através da rede requer que tenha uma conexão de rede e um
servidor de inicialização TFTP (DHCP, RARP ou BOOTP).

O método de instalação para suportar a inicialização é descrito em Seção 4.6,
"Preparando os arquivos para inicialização via rede usando TFTP".

Existem vários métodos de inicializar através de TFTP na plataforma i386

5.1.5.1. Placas de Rede ou Placas mãe que suportam o PXE

É possível que sua placa de rede ou placa mãe tenha o recurso de inicialização
através do PXE. Esta é uma reimplementação da Intel (tm) da inicialização
usando o protocolo TFTP. Se tiver, você poderá ser capaz de configurar sua BIOS
para inicializar através da rede.

5.1.5.2. Placa de Interface de Rede com o boot através da rede

Pode ser que sua placa de rede tenha a funcionalidade de inicializar via TFTP.

5.1.5.3. Etherboot

O projeto etherboot oferece disquete de partida e até mesmo ROMS de
inicialização que fornecem suporte de inicialização usando o protocolo TFTP.

5.1.6. Parâmetros de inicialização

Quando o programa de instalação for iniciado, você deverá ver uma amigável tela
gráfica mostrando o logotipo da Debian e o aviso de comando boot:

Pressione F1 para ajuda ou ENTER para inicializar:

No aviso de comando você poderá simplesmente pressionar a tecla Enter para
inicializar com as opções padrões ou entrar com um método específico de partida
e, opcionalmente, parâmetros de inicialização.

Informações sobre os métodos disponíveis de inicialização e sobre parâmetros de
inicilaização qe podem ser úteis, pressionando-se as teclas de F2 até F7 . Se
adicionar quaisquer parâmetros a linha de comando de inicialização, tenha
certeza de entrar com o método de partida (o padrão é linux) seguido de um
espaço antes do primeiro parâmetro (e.g., linux debconf/priority=medium).

Nota

Se estiver instalando o sistema através de um dispositivo de gerenciamento
remoto que fornece informações de texto para consoles VGA, você pode não ser
capaz de ver a tela gráfica inicial durante o inicio do programa de instalação;
você pode até mesmo não ver o aviso de inicialização. Exemplos destes
dispositivos incluem o console de texto da Compaq's "integrated Lights Out"
(iLO) e do HP's "Integrated Remote Assistant" (IRA). Você poderá navegar
pressionando F1^[3] para pular esta tela e ver o texto de ajuda. Assim que
puldar a tela de abertura e na tela de ajuda suas digitações serão mostradas no
aviso de comando como esperado. Para evitar que o programa de instalação use o
framebuffer durante o resto da instalação, você também desejará adicionar o
parâmetro debian-installer/framebuffer=false ao aviso de comando, como descrito
no texto de ajuda.

5.2. Parâmetros de Inicialização

Os parâmetros de inicialização são parâmetros passados ao kernel do Linux que
são geralmente usados para fazer que os periféricos funcionem adequadamente.
Para a maior parte, o kernel poderá auto-detectar informações sobre seus
periféricos. No entanto, em alguns casos você terá que ajudar um pouco o
kernel.

Se esta for a primeira vez que iniciou o sistema, tente os parâmetros padrões
de inicialização (i.e., não passe parâmetros) e veja se o sistema funciona
corretamente. Ele provavelmente funcionará. Caso não seja esse o caso, reinicie
mais tarde e descubra qualquer parâmetro especial que precisa para informar ao
sistema sobre seu hardware.

Informações sobre muitos parâmetros de inicialização poderão ser encontrados no
Linux BootPrompt HOWTO, o que inclui dicas para hardwares obscuros. Esta seção
contém somente um resumo para os parâmetros mais usados. Algumas dicas comuns
estão incluídas abaixo em Seção 5.3, "Problemas e Processo de Instalação".

Quando o kernel inicia, uma mensagem

Memory:availk/totalk available

deverá ser mostrada durante o processo. total deverá conferir com a quantidade
total de memória RAM, em kilobytes. Caso não conferir com a quantidade total de
memória RAM que tem instalado, você precisará usar o parâmetro mem=ram, onde
ram será ajustado para a quantidade de memória, seguindo os sufixos "k" para
kilobytes, ou "m" para megabytes. mem=64m significa 64MB de RAM.

Caso estiver inicializando a partir de um console serial, o kernel geralmente
auto-detectará isto Caso tenha uma placa de vídeo (framebuffer) e um teclado
também conectados ao computador que deseje inicializar via console serial, você
poderá ter que passar o argumento console=device ao kernel, onde device é seu
dispositivo serial, que normalmente é algo como ttyS0.

5.2.1. Parâmetros da instalação da Debian

O sistema de instalação reconhece alguns parâmetros adicionais de inicialização
^[4] que podem ser úteis.

debconf/priority

    Este parâmetro definirá qual o a prioridade mais baixa de mensagens que
    serão mostradas.

    A instalação padrão usa debconf/priority=high. Isto significa que ambas
    mensagens com prioridade "high" (alta) e "critical" (crítica) serão
    mostradas, mas não as de prioridade média e baixa. Caso encontre problemas,
    o programa de instalação ajustará a prioridade conforme necessário.

    Se adicionar debconf/priority=medium com parâmetro de inicialização, lhe
    será mostrado um menu de instalação e ganhará mais controle através da
    instalação Quando debconf/priority=low for usado, todas as mensagens são
    mostradas (esta opção é equivalente ao método de inicialização expert). Com
    debconf/priority=critical o sistema de instalação mostrará somente
    mensagens críticas e tentará fazer a coisa certa sem bagunça.

DEBIAN_FRONTEND

    Este parâmetro de inicialização controla o tipo da interface de usuário
    usada para o programa de instalação. Os parâmetros possíveis são:

      * DEBIAN_FRONTEND=noninteractive

      * DEBIAN_FRONTEND=text

      * DEBIAN_FRONTEND=newt

      * DEBIAN_FRONTEND=slang

      * DEBIAN_FRONTEND=ncurses

      * DEBIAN_FRONTEND=bogl

      * DEBIAN_FRONTEND=gtk

      * DEBIAN_FRONTEND=corba

    A interface padrão é DEBIAN_FRONTEND=newt. debconf/frontend=text pode ser
    preferível para a instalação através de console serial. Geralmente somente
    a interface com o usuário newt está disponível na mídia padrão de
    instalação, assim a seleção desta opção não é tão útil por agora.

BOOT_DEBUG

    Definindo este parâmetro de boot como 2 fará com que o processo de boot do
    instalador seja logado com mais informações. Definindo como 3 fará com que
    shells de depuração estejam disponíveis em pontos estratégicos do processo
    de boot. (Sair do shell continua o processo de boot.)

    BOOT_DEBUG=0

        Este é o padrão.

    BOOT_DEBUG=1

        Mais detalhes que o normal.

    BOOT_DEBUG=2

        Diversas informações de depuração.

    BOOT_DEBUG=3

        Interpretadores de comandos são executados em vários pontos do processo
        de inicialização para permitir depuração detalhada. Saia do
        interpretador de comandos para continuar a inicialização do sistema.

INSTALL_MEDIA_DEV

    O valor do parâmetro é o caminho para o dispositivo que carregará o Debian
    installer. Por exemplo, INSTALL_MEDIA_DEV=/dev/floppy/0

    Para inicializar via disquete, que normalmente procura por disquetes e
    dispositivos de armazenamento USB onde pode encontrar o disquete raíz, pode
    ser alterado com este parâmetro para procurar somente em um dispositivo
    específico.

debian-installer/framebuffer

    Algumas arquiteturas utilizam o framebuffer do kernel para fornecer a
    instalação em um grande número de idiomas. Caso o framebuffer cause um
    problema em seu sistema, a opção debian-installer/framebuffer deverá ser
    usada para desativar este recurso. Sintomas do problema são mensagens de
    erro sobre o bterm ou bogl, uma tela preta ou travamento depois de alguns
    minutos após iniciar a instalação.

    O argumento video=vga16:off também pode ser usado para desativar o
    framebuffer. Tais problemas foram reportados em uma Dell Inspiron com uma
    placa Radeon móvel.

debian-installer/probe/usb

    Ajuste o valor desta opção para false para evitar a detecção de hardwares
    USB na inicialização do sistema, caso esteja dando problemas.

netcfg/disable_dhcp

    Por padrão, o debian-installer automaticamente detecta a configuração de
    rede através do DHCP. Caso a detecção seja realizada, você não terá a
    chance de revisar e alterar as configurações obtidas. Você verá somente a
    configuração manual de rede caso a detecção do DHCP falhe.

    Se tiver um servidor DHCP em sua rede local, mas deseja evita-lo por algum
    motivo (e.g. ele envia respostas incorretas), você pode usar o parâmetro
    netcfg/disable_dhcp=true para evitar a configuração da rede via DHCP e
    entrar com os dados manualmente.

hw-detect/start_pcmcia

    Ajuste seu valor para false evitando que o sistema inicie os serviços
    PCMCIA, caso lhe tragam problemas. Alguns modelos de notebooks apresentam
    este mal comportamento.

preseed/url

    Especifique uma url para o arquivo de configuração que será baixado e usado
    para fazer a instalação automática. Veja Seção 4.7, "Instalação automática"
    .

preseed/file

    Especifique o caminho o arquivo de configuração que será carregado para
    realizar a configuração automática. Veja Seção 4.7, "Instalação automática"
    .

ramdisk_size

    Se estiver usando um kernel da série 2.2.x, você pode precisa ajustar
    ramdisk_size=13000 .

5.3. Problemas e Processo de Instalação

5.3.1. Confiança em Disquetes

O maior problema que as pessoas que estão instalando a Debian passam está
relacionado com a confiança nos disquetes.

O disquete de inicialização é o disquete que mais tem problemas, porque ele é
lido diretamente pelo hardware, antes da inicialização do Linux.
Freqüentemente, o hardware não lê de forma tão confiante como o controlador de
disquetes do Linux e pode parar de ler sem mostrar nenhuma mensagem de erro
caso leia dados incorretos. Também podem existir falhas nas unidades de
disquetes quando mostram mensagens de erros de I/O na tela.

Se estiver tendo problemas com a instalação com um disquete em particular, a
primeira coisa que deve tentar é copiar novamente a imagem de disquetes e
grava-la para um disquete diferente. A simples reformatação do antigo disquete
pode não ser suficiente, até mesmo se ele mostrar que foi gravado sem nenhum
erro. Em último caso, é útil gravar o disquete em outro sistema.

Um usuário relatou que teve que gravar as imagens para o disquete três vezes
até funcionar e então tudo correu bem com o terceiro disquete.

Outros usuários relataram que simplesmente reiniciaram algumas vezes com o
mesmo disquete na unidade de disquetes até que ele inicializou com sucesso.
Isso é devido a hardwares problemáticos e firmware da unidade de disquetes.

5.3.2. Configuração de Partida

Se tiver problemas e o kernel travar durante o processo de partida, não
reconhecer periféricos que você possui ou os controladores não são reconhecidos
corretamente, a primeira coisa é verificar os parâmetros de inicialização, como
discutidos em Seção 5.2, "Parâmetros de Inicialização".

Se estiver inicializando com seu próprio kernel ao invés de um fornecido com o
programa de instalação, tenha certeza que CONFIG_DEVFS está ativado em seu
kernel. O programa de instalação requer CONFIG_DEVFS.

Alguns problemas podem ser resolvidos com freqüência removendo coisas
adicionais e periféricos e então tentando novamente iniciar. Modens internos,
placas de som e dispositivos Plug-n-Play podem ser especialmente problemáticos.

Se tiver uma larga quantidade de memória instalada em sua máquina, mais que
512M, e o programa de instalação trava quando o kernel inicia, você poderá
precisar adicionar o argumento d e inicialização para limitar a quantidade de
memória que o kernel reconhece, tal como mem=512m.

5.3.3. Problemas comuns de instalação na Intel x86

Existem alguns problemas de instalação comuns que podem ser resolvidos pssando
alguns parâmetros de inicialização para o programa de instalação.

Alguns sistemas tem os disquetes com "DCLs invertidas". Caso obter erros de
leitura a partir do disquete, até mesmo sabendo que o disquete está em bom
estado, tente o parâmetro floppy=thinkpad.

Em alguns sistemas, como o IBM PS/1 ou ValuePoint (que tem controladores de
disco ST-506), a unidade IDE poderá não ser corretamente reconhecida.
Novamente, tente primeiro a inicialização sem parâmetros e veja se a unidade
IDE é reconhecida adequadamente. Caso não seja, determine a geometria de sua
unidade (cilindros, cabeças e setores), e use o parâmetro hd=
cilindros,cabeças,setores.

Caso tenha uma máquina muito antiga e o kernel trava após mostrar a mensagem
Checking 'hlt' instruction..., então você deverá tentar usar o argumento de
inicialização no-hlt, que desativa este teste.

Caso sua tela comece a mostrar uma foto distorcida enquanto o kernel inicia,
eg. totalmente branca, totalmente preta ou alguma bagunça colorida, você
provavelmente tem uma placa de vídeo problemática que não muda para o modo
frame buffer de forma adequada. Então você poderá usar o argumento de
inicialização debian-installer/framebuffer=false ou video=vga16:off para
desativar o console frame buffer. Somente o idioma inglês estará disponível
devido a características limitadas do console. Veja Seção 5.2, "Parâmetros de
Inicialização" para detalhes.

5.3.3.1. O sistema trava durante a fase de configuração do PCMCIA

Alguns modelos de notebooks produzidos pela Dell são conhecidos ao acessar um
endereço de hardware durante a detecção de dispositivos PCMCIA. Outros
notebooks podem mostrar problemas parecidos. Se este problema acontecer com
você e não precisar do suporte a PCMCIA durante a instalação, você poderá
desativar o PCMCIA usando o parâmetro de inicialização hw-detect/start_pcmcia=
false. Você pode então configurar o PCMCIA após a instalação ser completada e
excluir a faixa de recursos que está causando o problema.

Alternativamente você pode iniciar o programa de instalação no modo avançado. O
programa de instalação lhe solicitará para entrar com as opções de faixa de
recursos de seu hardware. Por exemplo, se tiver um dos modelos de notebooks
Dell mencionados acima, você poderá entrar com o parâmetro exclude port
0x800-0x8ff. Existe uma lista de opções de faixa no link System resource
settings section of the PCMCIA HOWTO. Note que você terá que omitir as
vírgulas, se existirem, quando passar um valor para o programa de instalação.

5.3.3.2. O sistema trava durante a carga dos módulos USB

O kernel normalmente tenta instalar os módulos USB e o controlador de teclado
USB para suportar dispositivos USB não padrões. No entanto, existem alguns
sistemas USB defeituosos onde o driver trava no momento que é carregado. Uma
solução possível pode ser desativando o controlador USB no setup de sua placa
mãe. Outra solução é passar o parâmetro debian-installer/probe/usb=false no
aviso de boot, que impedirá que os módulos sejam carregados.

5.3.4. Interpretando as Mensagens de Inicialização do Kernel

Durante a seqüência de inicialização, você poderá ver algumas mensagens na
forma can't find something, ou something not present, can't initialize
something, ou até mesmo this driver release depends on something. Muitas destas
mensagens são ignoráveis. Você as vê porque o kernel construído para a
instalação é feito para rodar na quantidade mais variada de dispositivos e
periféricos. Obviamente, nenhum computador possui cada dispositivo de
periférico possível, assim o sistema operacional mostrará algumas mensagens
enquanto procura por dispositivos que você não possui. Você também poderá ver o
sistema pausar por um instante. Isto acontece quando está aguardando por uma
resposta do periférico e este dispositivo não está presente em seu sistema. Se
nota que o tempo que o sistema demora para iniciar é inaceitavelmente longo,
você poderá criar um kernel personalizado depois (veja Seção 8.5, "Compilando
um novo Kernel").

5.3.5. Relatório de Falhas

Caso tenha passado da fase inicial de inicialização mas não pode completar a
instalação, a opção de relatar falhas do menu será útil. Ela copia os logs de
erros do sistema e informações de configuração para um disquete fornecido para
o usuário. Esta informação poderá oferecer dicas sobre o que ocorreu de errado
e como corrigi-la. Se estiver enviando um relatório de falha, será importante
anexar estes detalhes ao seu relatório. Este relatório deverá ser enviado em
idioma Inglês.

Outras mensagens e instalação importantes podem ser encontradas em /var/log/
durante a instalação e /var/log/debian-installer/ após o computador inicializar
no sistema de instalação.

5.3.6. Enviando Relatórios de Instalação

Caso ainda tenha problemas, envie por favor um relatório de instalação. Nós
também encorajamos o envio de relatórios de instalação até mesmo se tudo correr
bem durante a instalação, assim teremos uma grande quantiade de informações
disponíveis e uma larga quantidade de configurações de hardware.

Utilize este modelo quando preencher o relatório de instalação e envie um
relatório de erro como falha no pseudo pacote installation-reports para o
destinatário <submit@bugs.debian.org>.

Package: installation-reports

Boot method: <Como você iniciou o instalador? CD? floppy? network?>
Image version: <Coloque a data e de onde você prgou a imagem>
Date: <Data e Hora da instalação>

Machine: <Descrição da máquina (eg, IBM Thinkpad R32)>
Processor:
Memory:
Partitions: <df -Tl will do; tabela de partição raw é preferida>
Saída do comando lspci e lspci -n:

Lista de checagens da instalação do sistema básico:
[O] = OK, [E] = Error (por favor, descreva abaixo), [ ] = não utilizei/tentei

Initial boot worked:    [ ] (inicialização do sistema funcionou)
Configure network HW:   [ ] (Configuração do Hardware de rede)
Config network:         [ ] (Configuração de rede)
Detect CD:              [ ] (Detecção do CD)
Load installer modules: [ ] (Carregar módulos do programa de instalação)
Detect hard drives:     [ ] (Detecção de discos rígidos)
Partition hard drives:  [ ] (Particionamento de discos rígidos)
Create file systems:    [ ] (Criação de sistemas de arquivos)
Mount partitions:       [ ] (Montagem de partições)
Install base system:    [ ] (Instalação do sistema básico)
Install boot loader:    [ ] (Instalação do gerenciador de partida)
Reboot:                 [ ] (Reinicialização)

Comentários/Problemas:

<Descrição da instalação, como uma conversa e qualquer idéia, idéias,
comentários que teve durante a instalação (você precisará envia-la em
inglês).>

No relatório de falha, descreva qual foi seu problema, incluindo as últimas
mensagens visíveis do kernel caso o kernel tenha travado. Descreva os passos
realizados até chegar no momento do problema.


--------------

^[3] Em alguns casos, estes dispositivos precisarão de sequências especiais de
escape para usar esta combinação de teclas, por exemplo, o IRA usa Ctrl-F, 1.

^[4] Note que o kernel aceita um máximo de 8 opções de linha de comando e 8
opções de ambiente (incluindo quaisquer opções adicionadas por padrão pelo
programa de instalação). Caso estes números sejam excedidos, os kernels 2.4
ignorarão qualquer opção que ultrapasse e os kernels da série 2.6 entrarão em
kernel panic.

Capítulo 6. Usando o Debian Installer

Índice

6.1. Como o programa de instalação Funciona
6.2. Introdução aos componentes
6.3. Usando os componentes individuais

    6.3.1. Configurando o programa de instalação da Debian e configuração de
        hardware
    6.3.2. Particionamento e seleção do ponto de montagem
    6.3.3. Instalando o sistema básico
    6.3.4. Tornando seu sistema inicializável
    6.3.5. Finalizando o primeiro estágio
    6.3.6. Diversos

6.1. Como o programa de instalação Funciona

O Debian installer consiste em um número de componentes de propósitos especiais
para fazer cada tarefa de instalação. Cada componente faz sua tarefa,
perguntando ao usuário questões necessárias para fazer seu trabalho. Estas
questões possuem prioridades definidas e a prioridade das questões a serem
mostradas é configurada quando o programa de instalação se inicia.

Quando uma instalação padrão é feita, somente questões essenciais (alta
prioridade) são feitas. Isto resulta em um processo de instalação altamente
automatizado com pouca interação com o usuário. Os componentes são
automaticamente executados em seqüência; que componentes são executados
dependem principalmente do método de instalação que está usando em seu
hardware. O programa de instalação usará valores padrões para questões que não
forem perguntadas.

Se ocorrer um problema, o usuário verá uma tela de erro e o menu do programa de
instalação será mostrado para selecionar uma ação alternativa. Se não existirem
problemas, o usuário nunca verá o menu do programa de instalação, mas
simplesmente responderá questões para cada componente por vez. Notificações de
erros sérios são marcadas para "crítica", então o usuário será notificado.

Alguns dos valores padrões que o programa de instalação utiliza podem ser
influenciados passando parâmetros de inicialização quando o debian-installer é
iniciado. Por exemplo, se deseja forçar a configuração de rede estática (DHCP é
usado por padrão se estiver disponível) você deverá adicionar o parâmetro de
inicialização netcfg/disable_dhcp=true. Veja Seção 5.2.1, "Parâmetros da
instalação da Debian" para ver as opções disponíveis.

Usuários avançados podem estar mais confiantes com uma interface dirigida por
menus, onde cada passo é controlado pelo usuário ao invés da instalação fazendo
cada passo automaticamente na seqüência. Para usar o programa em modo manual,
no método via menus, adicione o argumento de inicialização debconf/priority=
medium.

Caso seu hardware requerer opções especiais para os módulos do kernel durante
sua instalação, você precisará iniciar o programa de instalação em modo
"expert". Isto pode ser feito ou usando o comando expert para iniciar o
programa de instalação ou adicionando o argumento de inicialização debconf/
priority=low. O modo expert lhe da controle total sobre o debian-installer.

A tela do programa de instalação normal é baseado em caracteres (como oposto a
interface gráfica mais familiar). O mouse não é operacional neste ambiente.
Estas são as teclas que você poderá usar para navegar dentro das diversas
caixas de diálogo. A tecla Tab ou seta para direita move "para frente", e Shift
-Tab ou seta para esquerda movem "para trás" entre os botões mostrados e
seleções. A seta para cima e baixo selecionam os diferentes ítens dentro de uma
lista com rolagem, e também movem a lista. Em adição, em listas longas, você
poderá digitar a letra que fará a lista rolar diretamente para a seção que
inicia por aquela letra e usar Pg-Up e Pg-Down para rolar a lista em seções. A
barra de espaço seleciona um item como uma checkbox. Use a tecla Enter para
ativar as escolhas.

As mensagens de erro são direcionadas para o terceiro console. Você poderá
acessar este console digitando Left Alt-F3 (pressione a tecla Alt esquerda
enquanto pressiona a tecla de função F3); volte para o processo de instalação
principal pressionando Left Alt-F1.

Esta mensagens também podem ser encontradas no arquivo /var/log/messages. Após
a instalação, esta mensagem de log é copiada para /var/log/debian-installer/
messages em seu novo sistema. As outras mensagens de instalação podem ser
encontradas em /var/log/ durante a instalação, e /var/log/debian-installer/
após o computador ser iniciado com o sistema recém instalado.

6.2. Introdução aos componentes

Aqui está uma lista dos componentes instalados com uma breve descrição do
propósito de cada um. Detalhes que você poderá precisar saber sobre usar cada
componente em particular podem ser encontrado em Seção 6.3, "Usando os
componentes individuais".

main-menu

    Mostra a lista de componentes para o usuário durante a operação de
    instalação, e inicia um componente quando ele for selecionado. As questões
    do menu principal são ajustadas para prioridade medium, assim se sua
    prioridade for ajustada para high ou critical (high é o padrão), você não
    verá o menu. por outro lado, se existir um erro que requeira sua
    intervenção, a prioridade da questão pode ser temporariamente abaixada para
    lhe permitir resolvê-lo, neste caso o menu aparecerá.

    Você poderá retornar para o menu principal selecionando o botão "Voltar"
    repetidamente para voltar todo o caminho do componente sendo executado
    atualmente.

languagechooser

    Mostra uma lista de idiomas e variante de idioma. O instalador mostrará as
    mensagens no idioma selecionado, a não ser que a tradução para aquela
    língua não esteja completada. Quando a tradução não estiver completa,
    mensagens em Inglês são mostradas.

countrychooser

    Mostra uma lista de países. O usuário poderá selecionar o país que vive.

kbd-chooser

    Mostra uma lista de teclados, no qual o usuário pode escolher o modelo que
    é exatamente igual ao que possui.

hw-detect

    Detecta automaticamente a maioria dos hardware do sistema, incluindo placas
    de rede, unidades de disco e PCMCIA.

cdrom-detect

    Procura por um CD de instalação do Debian e monta.

netcfg

    Configura as conexões de rede do computador para que ele possa se conectar
    a internet.

iso-scan

    Procura por sistemas de arquivos ISO, que podem estar em um CD-ROM ou em um
    disco rígido.

choose-mirror

    Mostra uma lista de arquivos espelhos (mirrors) do Debian. O usuário pode
    escolher a origem dos pacotes de instalação.

cdrom-checker

    Verifica a integridade de um CD-ROM. Desta forma, o usuário pode ter
    certeza que seu CD-ROM de instalação não foi corrompido.

lowmem

    O lowmem tenta detectar sistemas com pouca memória e então faz várias
    checagens para remover partes desnecessárias do debian-installer da memória
    (pelo custo de algumas características).

anna

    Anna é quase um APT. Instala pacotes que foram baixados de um mirror
    selecionado.

autopartkit

    Particiona automaticamente um disco completo de acordo com as preferências
    mostradas ao usuário.

partitioner

    Permite ao usuário particionar discos conectados ao sistema. Um programa de
    particionamento apropriado para a arquitetura do seu computador será
    selecionado.

partconf

    Mostra uma lista de partições, e cria um sistema de arquivos nas partições
    selecionadas de acordo com as instruções do usuário.

lvmcfg

    Ajuda o usuário com a configuração do LVM (Logical Volume Manager).

mdcfg

    Permite ao usuário configurar o RAID (Redundant Array of Inexpensive Disks)
    via software. Este RAID software é normalmente superior a controladoras
    RAID IDE baratas (pseudo hardware) encontradas em placas mãe mais novas.

base-installer

    Instala o conjunto mais básico de pacotes que permite ao computador operar
    sob o Linux quando for reiniciado.

os-prober

    Detecta os sistemas operacionais instalados atualmente no computador e
    passa esta informação para a instalação do gerenciador de partida, que pode
    lhe oferecer a possibilidade de adicionar os sistemas detectados no menu de
    inicialização. Isto da ao usuário facilidade de selecionar que sistema
    operacional deverá ser usado na partida do sistema.

bootloader-installer

    Instala o programa gerenciador de partida no disco rígido, que é necessário
    para o computador iniciar usando o Linux sem usar um disquete ou CD-ROM.
    Muitos gerenciadores de partida permitem ao usuário escolher um sistema
    operacional cada vez que ele é reiniciado.

base-config

    Mostra diálogos para configurar os pacotes do sistema básico de acordo com
    as preferências do usuário. Isto normalmente é feito após reiniciar o
    computador; é a "primeira execução" do novo sistema Debian.

shell

    Permite ao usuário executar um shell a partir do menu, ou no segundo
    console.

bugreporter

    Oferece um método para o usuário gravar informações em um disquete sobre o
    problema que ele encontrou, para relatar precisamente problemas com a
    instalação de softwares aos desenvolvedores mais tarde.

6.3. Usando os componentes individuais

Nesta seção nós descreveremos cada componente do programa de instalação em
detalhes. Os componentes tem sido agrupados em estágios que devem ser
reconhecíveis por usuários. Eles são mostrados na ordem que aparecem durante a
instalação. Note que nem todos os módulos são usados para cada instalação; os
módulos que são usados dependem do método de instalação que usa e seu hardware.

6.3.1. Configurando o programa de instalação da Debian e configuração de
hardware

Iremos assumir que o programa de instalação da Debian já foi iniciado e que
você está vendo sua primeira tela. Neste momento, as capacidades do
debian-installer ainda são muito limitadas. Ele ainda não sabe muito sobre seu
hardware, idioma preferido ou até mesmo tarefa que deve fazer. Não se preocupe.
Porque o debian-installer é muito inteligente e irá automaticamente detectar
seu hardware, localizar o resto de seus componentes e atualizar a si mesmo para
um sistema de instalação mais capaz. No entanto, nós ainda precisamos ajudar o
debian-installer com algumas informações que ele não pode determinar
automaticamente (como a seleção de seu idioma preferido, tipo de teclado ou
mirror preferido da rede).

Você verá que o debian-installer realiza a detecção de hardware diversas vezes
durante este estágio. A primeira vez é focada especificamente no hardware
necessário para carregar os componentes da instalação (e.g. seu CD-ROM ou placa
dd rede). Como nem todos os drivers podem estar disponíveis durante esta
primeira execução, a detecção de hardware precisa ser repetida depois durante
este processo.

6.3.1.1. Verificando a memória disponível

Uma das primeiras coisas feitas pelo debian-installer, é verificar a memória
disponível. Caso a memória disponível esteja limitada, este componente fará
algumas mudanças no processo de instalação que felizmente lhe permitirá
instalar a Debian GNU/Linux em seu sistema.

Durante a instalação com pouca memória, nem todos os componentes estarão
disponíveis. Uma das limitações é que você não sará capaz de selecionar um
idioma para o processo de instalação.

6.3.1.2. Selecionando o idioma

Como primeiro passo da instalação, selecione o idioma que deseja usar no
processo de instalação. Os nomes de idioma estão listados tanto em Inglês (do
lado esquerdo) quanto no próprio idioma (lado Direito); os nomes do lado
direito também são mostrados na codificação apropriada do idioma. A lista está
classificada pelos nomes em Inglês.

O idioma que selecionou será usado pelo resto do processo de instalação,
oferecendo a tradução de diferentes caixas de diálogos. Se nenhuma tradução
válida estiver disponível para o idioma selecionado, o programa de instalação
usará o Inglês. O idioma selecionado também será usado para auxilia-lo na
seleção de um padrão de teclado adequado.

6.3.1.3. Selecionando o país

Se selecionar um idioma em Seção 6.3.1.2, "Selecionando o idioma" que tem mais
de um país associado com ele (isto é realidade para o idioma Chinês, Inglês,
Francês e outros), você poderá especificar o país aqui. Caso escolha Outro no
rodapé da lista, uma lista contendo todos os países agrupadas por continente
será exibida.

Esta seleção poderá afetar as configurações de localização e o resto do
processo de instalação, ele será usado para obter o fuso horário correto e o
servidor de espelho do Debian preferencial de acordo com a sua localização
geográfica. Caso as escolhas feitas pelo programa de instalação não sejam as
mais adequadas, você poderá fazer uma escolha diferente. O país selecionado,
junto com o idioma selecionado também pode afetar a configuração de localização
de seu novo sistema do Debian.

6.3.1.4. Selecionando um teclado

Selecione um teclado que esteja de acordo com o layout usado em seu idioma
nacional ou selecione algo parecido caso o padrão de teclado não esteja na
lista. Uma vez que a instalação estiver completada você poderá selecionar o
padrão de teclado de uma grande lista de escolhas (execute o comando kbdconfig
como root quando estiver completado a instalação).

Mova a barra de seleção de teclado ate o melo que deseja e pressione Enter. Use
as setas de teclado para destacar -- elas estão no mesmo lugar em todos os
padrões de teclados de língua nacional, assim elas são independentes da
configuração de teclado. Um teclado estendido é aquele com as teclas de funções
estendidas na parte superiora de F1 até F10.

6.3.1.5. Procurando pela imagem ISO do programa de instalação da Debian

Quando estiver instalando através do método hd-media, haverá um momento que
precisará localizar e montar a imagem ISO do programa de instalação da Debian
para obter acesso ao resto dos arquivos de instalação. O componente iso-scan
faz exatamente isto.

Primeiramente, o iso-scan monta automaticamente todos os dispositivos de bloco
(e.g. partições) que tem algum sistema de arquivos conhecidos nela e
sequêncialmente busca por nomes de arquivos que terminam com .iso (ou .ISO
nesta ordem). Note que a primeira tentativa, busca somente arquivos no
diretório raíz e em seu primeiro nível de subdiretórios (i.e. ele procura /
arquivo.iso, /data/arquivo.iso, mas não por /data/tmp/arquivo.iso). Após achar
uma imagem iso, o iso-scan verificará seu conteúdo para determinar se a imagem
é uma imagem iso válida da Debian ou não. Nos casos mais comuns, você terá
concluído, um próximo iso-scan procurará por outra imagem iso.

Caso a tentativa anterior de encontrar uma imagem de instalação do iso falhe, o
iso-scan lhe perguntará se deseja fazer uma pesquisa mais completa. Este passo
não procurará somente nos diretórios mais do topo, mas atravessará todo o
sistema de arquivos.

Caso o iso-scan não encontre uma imagem de instalação iso, reinicie voltando ao
sistema operacional original e verifique se a imagem possui o nome de arquivo
correto (finalizando em .iso), se ela foi colocada em um sistema de arquivos
reconhecido pelo debian-installer e se não está corrompida (verifique o
checksum). Usuários unix experientes podem fazer isso sem reiniciar na segunda
console.

6.3.1.6. Configurando a rede

Assim que entrar neste passo, se o sistema detectar que tem mais que um
dispositivo de rede, lhe será perguntado sobre qual dispositivo será sua
interface primária da interface de rede, i.e. a que será usada pelo processo de
instalação. As outras interfaces não serão configuradas neste passo. Você
poderá configurar interfaces adicionais após a instalação estar concluída; veja
a página de manual interfaces(5).

Por padrão, o debian-installer tenta configurar a rede do seu computador
automaticamente via DHCP. Se a detecção do DHCP for feita com sucesso, este
passo estará concluído. Se a detecção falhar, poderá ser devido a uma série de
fatores, desde um cabo de rede desconectado a uma configuração falha do DHCP.
Ou talvez não tenha um servidor DHCP em sua rede local. Para melhores detalhes,
veja as mensagens de erro no terceiro console virtual. Em qualquer caso, o
sistema lhe perguntará se deseja repetir ou se deseja fazer a configuração
manual. Os servidores DHCP são algumas vezes lentos em suas respostas, assim
tente novamente se estiver certo que tudo está funcionando bem.

A configuração manual de rede lhe pergunta sobre algumas questões sobre sua
rede como o endereço IP, Máscara de Rede, Gateway, Endereço do servidor de
nomes e um nome de máquina (hostname). Se tiver uma interface de rede sem fio
(wireless), você será perguntado para fornecer seu Wireless ESSID e uma chave
WEP. Preencha as questões de Seção 3.3, "Informações que precisa saber".

Nota

Alguns detalhes técnicos que pode ou não ter em mãos: o programa detectará o
endereço de rede, o endereço de broadcast do seu sistema (fazendo cálculos de
netmask). Ele também detectará seu gateway. Se não encontrar qualquer uma
dessas respostas, usará as suposições do sistema -- você poderá altera-las
assim que o sistema estiver instalado, se necessário, editando o arquivo /etc/
network/interfaces. Alternativamente, o etherconf poderá ser instalado, que te
ajudará durante o processo de configuração da rede.

6.3.2. Particionamento e seleção do ponto de montagem

Durante este tempo, após a detecção de hardware ser executada pela última vez,
o debian-installer deverá estar em seu pleno poder, personalizado para a
necessidade do usuário e pronto para fazer algum trabalho real. Como o título
desta seção indica, a tarefa principal dos próximos poucos componentes se
resume em particionar seus discos, criar sistemas de arquivos, especificar
pontos de montagem e opcionalmente configurar coisas mais especificas como LVM
ou dispositivos de RAID.

6.3.2.1. Particionando seus discos

Agora é hora de particionar seus discos. Se não estiver confortável com o
particionamento ou apenas quer saber mais detalhes, veja Apêndice B,
Particionamento para a Debian.

Primeiro de tudo você terá a oportunidade de particionar automaticamente toda a
unidade de discos ou o espaço livre na unidade. Isto também é chamado
particionamento "guiado". Se não quiser o particionamento automático, selecione
Editar Manualmente a Tabela de Partição através do menu.

Se escolher particionamento guiado, você será capaz de selecionar a partir dos
esquemas listados na tabela abaixo. Todos os esquemas tem seus prós e contras,
alguns dos quais são discutidos em Apêndice B, Particionamento para a Debian.
Se não estiver certo, selecione o primeiro. Tenha em mente que o
particionamento guiado precisa de uma quantidade mínima de espaço livre para
operar. Se não tiver pelo menos 1GB de espaço (dependendo do esquema
escolhido), o particionamento guiado falhará.

+-----------------------------------------------------------------------------+
|   Esquema de Particionamento   |   Espaço   |       Partições criadas       |
|                                |   Mínimo   |                               |
|--------------------------------+------------+-------------------------------|
|Todos os arquivos em uma        |600MB       |/, swap                        |
|partição                        |            |                               |
|--------------------------------+------------+-------------------------------|
|Máquina Desktop                 |500MB       |/, /home, swap                 |
|--------------------------------+------------+-------------------------------|
|Estação de trabalho             |1GB         |/, /home, /usr, /var, /tmp,    |
|multi-usuário                   |            |swap                           |
+-----------------------------------------------------------------------------+

Após selecionar um esquema, a próxima tela mostrará sua nova tabela de
partição, incluindo informações de onde e como suas partições serão formatadas
e aonde elas serão montadas.

A lista de partições deve se parecer com isto:

  IDE1 master (hda) - 6.4 GB WDC AC36400L
        #1 primary   16.4 MB     ext2       /boot
        #2 primary  551.0 MB     swap       swap
        #3 primary    5.8 GB     ntfs
           pri/log    8.2 MB     FREE SPACE

  IDE1 slave (hdb) - 80.0 GB ST380021A
        #1 primary   15.9 MB     ext3
        #2 primary  996.0 MB     fat16
        #3 primary    3.9 GB     xfs        /home
        #5 logical    6.0 GB     ext3       /
        #6 logical    1.0 GB     ext3       /var
        #7 logical  498.8 MB     ext3
        #8 logical  551.5 MB     swap       swap
        #9 logical   65.8 GB     ext2

Este exemplo mostra duas unidades de disco rígido IDE divididas em diversas
partições; o primeiro disco tem algum espaço livre. Cada linha de partição
consiste no número da partição, seu tipo, tamanho, opções opcionais, sistema de
arquivos e ponto de montagem (se tiver).

Isto conclui o particionamento guiado. Se estiver satisfeito com a tabela de
partição gerada, selecione Finalizar o particionamento e gravar modificações
para o disco a partir do menu para implementar a nova tabela de partição (como
descrito no final desta seção). Se não estiver contente, você poderá escolher
Desfazer mudanças nas partições para executar o particionamento guia novamente
ou modificar as alterações propostas como descrito abaixo para fazer o
particionamento manual.

Uma tela parecida a mostrada acima será mostrada caso selecione o
particionamento manual exceto caso sua tabela de partição seja mostrada com e
sem pontos de montagem. O método de configurar manualmente sua tabela de
partição e uso de partições pelo sistema Debian será coberto durante o resto
desta seção.

Caso selecionar um disco zerado que não tem ou partições ou espaço em disco,
você será perguntado se deseja criar uma nova tabela de partição (isto é
necessário, assim você poderá criar novas partições). Após isto, uma linha com
o título "ESPAÇO LIVRE" deverá aparecer sob o disco selecionado.

Caso selecionar algum espaço livre, você terá a chance de criar uma nova
partição. Você terá que responder uma série de perguntas rápidas sobre seu
tamanho, tipo (primária ou lógica) localização (início ou fim do espaço livre).
Após isto, lhe será mostrado uma visão detalhada de sua nova partição. Existem
opções como ponto de montagem, opções de montagem, opção de inicialização ou
método de uso. Se não quiser usar os padrões, sinta-se livre para alterá-la
para o que quiser. Selecionando o item de menu Usar como:, você poderá
selecionar um sistema de arquivos diferente para esta partição, incluindo a
possibilidade de usar a partição como swap, RAID via software, LVM ou não
usá-la. Outras belas características é a possibilidade de copiar dados de uma
partição existente para esta. Quando estiver satisfeito com sua nova partição,
selecione Finalizar a configuração da Partição e você voltará para a tela
principal do partman.

Se decidir alterar algo sobre sua partição, simplesmente selecione-a que o menu
de configuração da partição será aberto. Porque esta é a mesma tela de criação
de uma nova partição, você terá a oportunidade de alterar as mesmas opções. Uma
coisa que pode não parecer muito óbvia em um primeiro momento é que você pode
alterar o tamanho da partição selecionando o item mostrando o tamanho da
partição. Sistemas de arquivos que trabalham corretamente com esta opção
incluem fat16, fat32, ext2, ext3 e swap. Este menu também lhe permite apagar
uma partição.

Tenha certeza de criar pelo menos duas partição: uma para o sistema de arquivos
root (que deve ser montada como /) e uma para swap. Se tiver esquecido de
montar o sistema de arquivos raíz, o partman não lhe permitirá continuar até
que corrija isto.

As capacidades do partman podem ser extendidas com os módulos do programa de
instalação, mas dependem da arquitetura do seu sistema. Assim, se você não pode
ver todas as opções prometidas, verifique se carregou todos os módulos
requeridos (e.g. partman-ext3, partman-xfs ou partman-lvm).

Após se sentir satisfeito com o particionamento, selecione a opção Finalizar o
particionamento e salvar as alterações para o disco através do menu
particionamento. Lhe será mostrado um resumo de modificações feitas para o
fiscos e feita a confirmação de que sistemas de arquivos criou como pedido.

6.3.2.2. Configurando o gerenciador de volumes lógicos (LVM)

Se estiver trabalhando com computadores sob o nível de administrador do sistema
ou usuário "avançado", já deve ter se deparado com a situação onde alguma
partição de disco (normalmente a mais importante) estava com pouco espaço,
enquanto outra partição estava esbanjando espaço inutilizado e você teve que
contornar esta situação movendo arquivos para outros locais, fazendo links
simbólicos, etc.

Para evitar a situação descrita, você poderá usar o Gerenciador de Volumes
Lógicos (LVM). Simplesmente dizendo, com o LVM você poderá combinar suas
partições (volumes físicos em um grupo do LVM) na forma de um disco virtual
(chamado de grupo de volume), que pode ser dividido em partições virtuais (
volumes lógicos). O ponto é que volumes lógicos (e é claro implicitamente os
grupos de volume) podem ser divididos entre diversos discos físicos.

Agora quando achar que precisa de mais espaço para sua partição /home antiga de
160GB, você pode simplesmente adicionar um novo disco de 300GB em seu
computador, juntá-lo ao grupo de volumes existentes e então alterar o tamanho
do volume lógico que contém seu sistema de arquivos /home e voila -- seus
usuários terão algum espaço novamente em sua partição de 460GB renovada. Este
exemplo, é claro, bastante simplificado. Caso ainda não tenha lido, você deverá
consultar o LVM HOWTO.

A configuração do LVM no debian-installer é bem simples. Primeiramente, você
deverá marcar suas partições que serão usadas como volumes físicos para o LVM.
Isto é feito no partman no menu Configurações da Partição onde você deverá
selecionar Usar como:->volume físico para o LVM.) Então inicie o módulo lvmcfg
(ou diretamente através do partman ou a partir do menu principal do
debian-installer) e combine os volumes físicos ao grupo de volume sob o item de
menu Modificar Grupos de Volume (VG). Após isto, você deverá novamente criar
volumes lógicos no tipo do grupo de volume a partir do menu Modificar volumes
lógicos (LV).

Após retornar do lvmcfg ao partman você deverá ver os volumes lógicos criados
da mesma forma que partições normais (e você deverá tratá-las como tais).

6.3.2.3. Configurando o dispositivo Multi-Discos (RAID via Software)

Caso tenha mais de um disco rígido ^[5] em seu computador, você poderá usar o
mdcfg para configurar suas unidades para aumentar a performance e/ou melhorar a
confiabilidade em seus dados. O resultado é chamado Dispositivo Multi-Discos
(ou após isto, sua variante mais famosa: RAID via software).

Um dispositivo MD é basicamente um grupo de partições localizados em diferentes
discos e combinadas para formar um dispositivo lógico. Este dispositivo pode
então ser usado como uma partição ordinária (i.e. você poderá formata-la no
partman, especificar um ponto de montagem, etc.).

Os benefícios que ganhará dependem do tipo de dispositivo MD que está criando.
Os tipos suportados atualmente são:

RAID0

    Tem como objetivo principal a performance. O RAID0 divide todos os dados de
    entrada em stripes e os distribui igualmente através de cada disco do
    conjunto. Isto aumenta a performance das operações de leitura/gravação, mas
    quando um dos discos falham, você perderá TUDO (parte da informação ainda
    está no disco saudável e a outra parte estava no disco que ocorreu a
    falha).

    Um uso tópico de uso para o RAID0 é uma partição para edição de vídeos.

RAID1

    É recomendável para configurações aonde a confiança é o objetivo principal.
    Ele consiste em diversas partições (geralmente duas) onde cada partição
    contém exatamente os mesmos dados. Isto essencialmente significa duas
    coisas. Primeiro, se um dos seus discos falham, você ainda terá os dados
    armazenado nos discos restantes. Segundo, você poderá usa somente uma
    fração da capacidade disponível (mais precisamente, ele será o tamanho da
    menor partição da RAID). Terceiro, o processo de leitura utiliza somente um
    disco, e se este disco estiver realmente ocupado, o sistema utilizará o
    outro disco (o disco livre) para obter os dados (enquanto o outro disco
    termina seu trabalho de leitura). Isto resulta em mais performance em
    servidores que utilizam mais operações de leitura que gravação (e.g. como
    um servidor de arquivos).

    Opcionalmente você pode ter um disco reserve na array que tomará o lugar do
    disco problemático em caso de falha.

RAID5

    É um meio termo entre a velocidade, confiança e redundância de dados. O
    RAID5 divide todos os dados de entrada em pedaços e os distribui igualmente
    em todos os discos exceto um (parecido com o RAID0). Ao contrário do RAID0,
    o RAID5 também utiliza informações de paridade, que são gravadas no disco
    restante. O disco de paridade não é estático (senão seria chamado de
    RAID4), mas é alterada periodicamente, assim as informações de paridade são
    distribuídas igualmente em todos os discos. Quando um dos discos falha, a
    parte faltante dos dados pode ser computada dos dados restantes junto com
    sua paridade. O RAID5 deve consistir de no mínimo três partições ativas.
    Opcionalmente você poderá ter um disco reserva na array que tomará lugar do
    disco defeituoso em caso de falha.

    Como você pode notar, o RAID5 tem um grau parecido de confiança com o RAID1
    enquanto mantém menos redundância. Por outro lado as operações de gravação
    são um pouco mais lentas que o RAID0 devido a computação das informações de
    paridade.

Para configurar:

+-----------------------------------------------------------------------------+
|     |Dispositivos|Dispositivo|Sobrevive a|                                  |
|Tipo |  Mínimos   |  Reserva  | falha de  |        Espaço Disponível         |
|     |            |           |  disco?   |                                  |
|-----+------------+-----------+-----------+----------------------------------|
|     |            |           |           |Tamanho da partição mais pequena  |
|RAID0|2           |não        |não        |multiplicada pelo número de       |
|     |            |           |           |dispositivos na RAID              |
|-----+------------+-----------+-----------+----------------------------------|
|RAID1|2           |opcional   |sim        |Tamanho da partição mais pequena  |
|     |            |           |           |dentro da RAID                    |
|-----+------------+-----------+-----------+----------------------------------|
|     |            |           |           |Tamanho da menos partição         |
|RAID5|3           |opcional   |sim        |multiplicada pelo número de       |
|     |            |           |           |dispositivos no raid menos 1.     |
+-----------------------------------------------------------------------------+

Se quiser saber toda a verdade sobre o RAID via software, de uma olhada no
Software RAID HOWTO.

Para criar um dispositivo MD, você precisará ter as partições especificadas
marcadas para serem usadas como dispositivos RAID. (Isto é feito no partman no
ítem de menu Configurações da Partição onde deverá selecionar Usada como:->
Volume físico para a RAID.)

Atenção

O suporte a MD é uma adição relativamente nova no programa de instalação. Você
pode ter problemas em alguns níveis de RAID e em combinação com alguns
gerenciadores de partida se tentar usar o MD como sistema de arquivos (/). Para
usuários experientes, é possível contornar estes problemas executando alguns
passos de instalação ou configurações manualmente através do interpretador de
comandos.

Como próximo passo, você deverá selecionar Configurar o RAID via software
através do menu principal do partman. Na primeira tela do mdcfg selecione o
item Criar um dispositivo MD. Você será presenteado com uma lista de tipos
suportados de dispositivos MD, no qual poderá escolher um (e.g. RAID1). O que
segue, depende do tipo de MD que selecionou.

  * O RAID0 é simples -- você será perguntado pela lista de partições RAID
    disponíveis e sua única tarefa será selecionar as partições que formarão o
    MD.

  * O RAID1 é um pouco mais detalhista. Primeiro, o sistema lhe perguntará para
    entrar com o número de dispositivos ativos e o número de dispositivos
    reserva que formarão o MD. Após isto, você precisará selecionar através de
    uma lista de dispositivos RAID as que se tornarão ativas e então escolher
    as que serão reserva. O número de partições selecionadas deverá ser igual
    ao número especificado anteriormente. Não se preocupe se cometer algum erro
    e selecionar um número de partições diferente, o debian-installer não lhe
    permitirá continuar até que corrija o problema.

  * O RAID5 tem um procedimento parecido de configuração com o RAID1 com as
    exceção que precisará utilizar pelo menos três partições ativas.

É perfeitamente possível ter diversos tipos de MD de uma só vez. Por exemplo se
tiver três discos rígidos de 200GB dedicados ao MD, cada contendo duas
partições de 100GB, você poderá combinar as primeiras partições em todos os
três discos no RAID0 (uma partição rápida de 300GB para edição de vídeos) e
usar as outras três partições (2 ativas e 1 reserva) para o RAID1 (uma partição
mais confiável de 100GB para armazenar o sistema de arquivos /home).

Após configurar os dispositivos MD conforme suas necessidades, selecione
Finalizar mdcfg para retornar ao partman e criar sistemas de arquivos em seus
novos dispositivos MD e especificar opções como pontos desmontagem.

6.3.3. Instalando o sistema básico

Enquanto este estágio é o menos problemático, ele consome mais tempo de
instalação porque ele baixa, verifica e descompacta todo o sistema básico. Se
tem um computador ou conexão de rede lentos, isto pode levar muito tempo.

6.3.3.1. Instalação do sistema básico

Durante a instalação do sistema básico, as mensagens de descompactação de
pacotes e do programa de instalação são redirecionadas para tty3. Você poderá
acessar este terminal pressionando a combinação de teclas Alt (da esquerda)-F3;
volte para o programa de instalação pressionando a combinação Alt (da esquerda)
-F1.

Quando a instalação é realizada através de um console serial, as mensagens de
configuração/descompactação geradas pela instalação do sistema básico são
salvas no arquivo /var/log/messages.

Como parte da instalação, o kernel do Linux será instalado. Na prioridade
padrão, o programa de instalação escolherá um que melhor se encaixa com seu
hardware. Em modos de baixa prioridade, você será capaz de selecionar um kernel
da lista de kernels disponíveis.

6.3.4. Tornando seu sistema inicializável

Caso estiver instalando através de uma estação sem disco rígido, obviamente, a
inicialização através de um disco local não é uma opção disponível e este passo
será ignorado.

Note que a inicialização através de múltiplos sistemas operacionais em uma
máquina simples ainda é algo de arte oculta. Este documento nem mesmo tenta
documentar os vários gerenciadores de partida, que variam de arquitetura e até
mesmo de sub-arquitetura. Você deverá ler a documentação do seu gerenciador de
partida para mais informações.

6.3.4.1. Detectando outros sistemas operacionais

Antes de instalar o gerenciador de partida, o programa de instalação tentará
detectar outros sistemas operacionais que estão instalados na máquina. Caso
achar um sistema operacional suportado, você será informado sobre isto durante
o passo de instalação do gerenciador de partida e o computador será configurado
para inicializar este outro sistema operacional em adição ao Debian.

Note que a inicialização de múltiplos sistemas operacionais em uma máquina
simples ainda é algo da arte oculta. O suporte automático de detecção e
configuração de gerenciadores de partida para iniciar outros sistemas
operacionais variam de arquitetura e até mesmo de sub-arquitetura. Caso não
funcione, você deverá consultar a documentação de seu gerenciador de partida
para mais informações.

Nota

O programa de instalação pode falhar ao tentar detectar outros sistemas
operacionais caso as partições em que residem estão montadas quando a detecção
tentar ser realizada. Isto pode ocorrer se selecionar um ponto de montagem
(e.g. /win) para uma partição contendo outro sistema operacional no partman ou
se tiver partição montadas manualmente através de um console.

6.3.4.2. Instalação do gerenciador de partida Grub no disco rígido

O gerenciador de partida principal da arquitetura i386 é chamado "grub". O Grub
é um gerenciador de partida robusto e flexível e uma boa escolha para
iniciantes e pessoas que já o utilizam há algum tempo.

Por padrão, o grub será instalado no Registro Mestre de Partida (MBR), onde ele
tomará controle completo do processo de inicialização. Caso preferir, você
poderá instala-lo em qualquer outro lugar. Veja a página de manual do grub para
mais detalhes.

Se não quiser instalar o Grub, você poderá usar o botão "Voltar" que retornará
ao menu e de lá selecionar o gerenciador de partida que quiser usar.

6.3.4.3. Instalação do gerenciador de partida LILO no disco rígido

O segundo gerenciador de partida disponível para i386 é chamado "LILO". Ele é
um programa antigo e complexo que oferece várias funcionalidades, incluindo o
gerenciamento de partida no DOS, Windows e OS/2. Por favor, leia atentamente as
instruções no diretório /usr/share/doc/lilo/ se tiver necessidades especiais;
também leia o LILO mini-HOWTO.

Nota

Atualmente a instalação do LILO somente criará a entrada para os sistemas
operacionais caso estes podem ser chainloaded. Isto significa que deverá
adicionar manualmente uma entrada no menu para sistemas operacionais como o GNU
/Linux e o GNU/Hurd após a instalação.

O debian-installer lhe mostrará três opções de onde poderá instalar o
gerenciador de partida LILO:

Registro Mestre de Partida (MBR)

    Desta forma o LILO tomará controle completo do processo de partida.

nova partição da Debian

    Escolha esta opção se quiser usar outro gerenciador de partida. O LILO se
    instalará no inicio da nova partição da Debian e servirá como gerenciador
    de partida secundário.

Outra escolha

    Útil para usuários avançados que desejam instalar o LILO em algum outro
    lugar. Neste caso você será perguntado pela localização adequada. Você
    poderá usar nomes no estilo do devfs, tal como os que iniciam com /dev/ide,
    /dev/scsi e /dev/discs assim como nomes tradicionais tais como /dev/hda ou
    /dev/sda.

Se não puder mais inicializar no Windows 9x (ou DOS) após este passo, você
precisará usar um disquete de partida do Windows 9x (MS-DOS) e usar o comando
fdisk /mbr para reinstalar um gerenciador de partida do MS-DOS -- no entanto,
isto significa que você precisará usar algum outro método de retornar a Debian!
Para mais informações sobre isto, leia Seção 8.3, "Reativando o DOS e o
Windows".

6.3.4.4. Continuar sem um gerenciador de partida

Esta opção pode ser usada para completar a instalação até quando um gerenciador
de partida não estiver instalado, ou porque sua arquitetura/subarquitetura não
fornece um ou porque nenhum é adequado (e.g. você usará um gerenciador de
partida existente).

Caso planejar configurar manualmente seu gerenciador de partida, você deverá
verificar o nome do kernel isntalado em /target/boot. Você também deverá
verificar a presença do arquivo initrd naquele diretório; se algum arquivo
estiver presente, você provavelmente terá que instruir seu gerenciador de
partida para utiliza-lo. Outras informações que precisará são o disco e
partição que selecionou para seu sistema de arquivos /, se selecionou a
instalação de /boot em uma partição diferente e também seu sistema de arquivos
/boot.

6.3.5. Finalizando o primeiro estágio

Estas são pequenas coisas que devem ser feitas antes de reiniciar para seu novo
sistema Debian. Eles consistem mais em configurações após debian-installer.

6.3.5.1. Finalizando a instalação e reiniciando

Este é o último passo no processo de instalação inicial da Debian. Você será
perguntado para remover as mídias de inicialização (CD, disquetes, etc) que
usou para iniciar o programa de instalação. O programa de instalação fará
algumas últimas tarefas e então reiniciará em seu novo sistema Debian.

6.3.6. Diversos

Os componentes listados nesta seção normalmente não estão envolvidos no
processo de instalação, mas estão em segundo plano aguardando para ajudar o
usuário em caso de algo dar errado.

6.3.6.1. Salvando os logs da instalação

Caso a instalação seja feita com sucesso, os arquivos de log criados durante o
processo de instalação serão salvos automaticamente para o diretório /var/log/
debian-installer/ de seu novo sistema Debian.

Selecionando a opção Salvar registro de depuração através do menu principal lhe
permite salvar os logs em um disquete . Isto pode ser útil se encontrar
problemas fatais durante a instalação e deseja estudar os logs em outro sistema
ou anexa-los em um relatório de falhas.

6.3.6.2. Usando o interpretador de comandos e visualizando os logs

Existe um item Executar um Shell no menu. Caso o menu não esteja disponível
quando precisar usar o shell, pressione Left Alt-F2 (em um teclado Mac, Option-
F2) para ter acesso ao segundo console virtual. A tecla Alt é a tecla a
esquerda da barra de espaços e a tecla de função F2 ao mesmo tempo. Aparecerá
uma janela separada executando um clone do Bourne shell chamado ash.

Neste ponto, você inicializou através do disco na memória RAM e estarão
disponíveis um conjunto limitado de utilitários Unix disponíveis para seu uso.
Você poderá ver que programas estão disponíveis com o comando ls /bin /sbin /
usr/bin /usr/sbin e digitando help. O editor de textos é o nano. O shell tem
algumas características interessantes como auto-completação e histórico.

Use os menus para realizar quaisquer tarefas que seja capaz de fazer -- o shell
e comandos somente estão lá para serem usados caso algo saia errado. Em
particular, você deverá sempre usar os menus, não o shell, para ativar sua
partição swap (troca), porque o programa de menu não poderá detectar que fez
isso a partir do shell. Pressione Alt Esquerdo-F1 para voltar aos menus ou
digite exit caso tenha usado um ítem de menu para abrir o shell.

6.3.6.3. Instalação Pela Rede

Um dos componentes mais interessantes é o network-console (console de rede).
Ele lhe permite fazer grande parte da instalação através da rede via SSH. O uso
da rede implica que você precisa fazer os primeiros passos da instalação à
partir do console, pelo menos até o ponto de configurar a rede. (Entretanto
você pode automatizar esta parte com o Seção 4.7, "Instalação automática".)

Este componente não é carregado no menu principal de instalação por padrão,
então você deve chamar por ele explicitamente. Se você está instalando à partir
do CD, você precisa iniciar (boot) com prioridade média ou invocar o menu
principal de instalação e selecionar Carregar componentes do instalador do CD e
da lista de componentes adicionais selecionar network-console: Continuar
instalação remotamente usando SSH . O sucesso do carregamento é indicado por
uma nova entrada no menu chamada Continuar instalação remotamente usando SSH .

Após selecionar a nova entrada, você será perguntado sobre uma nova senha para
ser usada para conectar ao sistema de instalação e pela sua confirmação. Isto é
tudo. Você deve ver uma tela que o instruirá a fazer o login remotamente como
usuário installer e com a senha que você forneceu anteriormente. Outro detalhe
importante a notar nesta tela é o fingerprint do sistema. Você precisa
transferir o fingerprint de forma segura para a "pessoa que irá continuar a
instalação remotamente".

Se você decidir continuar com a instalação localmente, você sempre pode
pressionar Enter, que irá levá-lo de volta para o menu principal, onde você
pode selecionar outro componente.

Agora vamos mudar para o outro lado do fio. Como pré-requisito, você precisa
configurar seu terminal para codificação UTF-8, porque é esta que o sistema de
instalação usa. Se não o fizer, a instalação remota continua sendo possível,
mas você poderá encontrar artefatos estranhos na tela como bordas de diálogos
destruídas ou caracteres não-ascii ilegíveis. Estabelecer a conexão com o
sistema de instalação é simples como digitar:

$ ssh -l installer install_host

Onde install_host pode ser tanto o nome como o endereço IP do computador que
está sendo instalado. Antes de fazer o login o fingerprint do sistema remoto é
exibido e você deve confirmar se está correto.

Nota

Se você instalar vários computadores ao mesmo tempo e acontecer de ter o mesmo
endereço IP ou nome de host, ssh recusará a conectar a este host. A razão é que
ele terá um fingerprint diferente, o que geralmente é um sinal de ataque de
spoofing. Se você estiver certo de que este não é o caso, você precisa remover
a linha relevante do ~/.ssh/known_hosts e tentar novamente.

Após o login você verá a tela inicial onde você tem duas possibilidades
chamadas Iniciar menu e Iniciar shell. O primeiro o levará para o menu
principal do instalador, onde você pode continuar com a instalação normalmente.
O último inicia um shell de onde você pode examinar e possivelmente reparar o
sistema remoto. Você pode iniciar apenas uma sessão SSH pelo menu de
instalação, mas pode iniciar múltiplas sessões pelos shells.

Atenção

Após iniciar a instalação remotamente por SSH, você não poderá voltar para a
sessão de instalação rodando no console local. Fazer isso poderá corromper o
banco de dados que mantém a configuração do novo sistema. Isto, por sua vez,
pode resultar em falha na instalação ou problemas no sistema instalado.

Também, se você está rodando a sessão SSH a partir de um terminal X, você não
deverá redimensionar a janela, pois isso resultará na interrupção da conexão.

6.3.6.4. Executando o base-config de dentro do debian-installer

É possível configurar o sistema básico durante o primeiro estágio do programa
de instalação (antes de reiniciar a partir do disco rígido) executando o
comando base-config em um ambiente chroot. Este método é mais útil para testar
o instalador e normalmente deve ser evitado.


--------------

^[5] Para ser honesto, você pode construir dispositivos MD até mesmo dentro de
partições residindo dentro de uma unidade física simples, mas não lhe trará
nada útil.

Capítulo 7. Inicializando em seu novo sistema Debian

Índice

7.1. O momento da verdade
7.2. Configuração do sistema Debian após a reinicialização (sist. básico)

    7.2.1. Configurando seu fuso horário
    7.2.2. Configurando os usuários e senhas
    7.2.3. Configurando o PPP
    7.2.4. Configurando o APT
    7.2.5. Instalação de Pacotes
    7.2.6. Perguntas durante a instalação de programas
    7.2.7. Configurando seu Agente de Transporte de E-Mails

7.3. Entrando no Sistema

7.1. O momento da verdade

A primeira inicialização do seu sistema é o que os engenheiros elétricos chamam
de "teste de fumaça".

Se estiver inicializando diretamente na Debian e o sistema não inicializar, ou
use sua mídia original de partida ou insira um disquete personalizado, se tiver
um, e reinicie seu sistema. Desta forma, você provavelmente precisará
especificar alguns argumentos como root=root onde root é sua partição raíz, tal
como /dev/sda1.

7.2. Configuração do sistema Debian após a reinicialização (sist. básico)

Após a reinicialização, você será perguntado para completar a configuração do
seu sistema básico e então selecionar que pacotes adicionais deseja instalar. A
aplicação que lhe guiará durante este processo é chamada base-config. Seu
conceito é muito parecido com o do debian-installer no primeiro estágio. De
forma parecida, o base-config consiste em um número de componentes
especializados, onde cada componente manipula uma tarefa de configuração,
contém um"menu oculto em segundo plano" e também usa o mesmo sistema de
navegação.

Caso queira re-executar o base-config em qualquer ponto após concluir a
instalação, digite como root: base-config.

7.2.1. Configurando seu fuso horário

Após a tela de bem vindo, você será perguntado pela configuração de seu fuso
horário. Primeiro selecione se o relógio do seu hardware está configurado para
a hora local ou Greenwich Mean Time (GMT ou UTC). A hora mostrada na caixa de
diálogo pode ajuda-lo a decidir a opção correta. Sistemas que (também) rodam
Dos ou Windows estão normalmente configurados para a hora local. Se quiser
fazer dupla inicialização, selecione hora local ao invés de GMT.

Dependendo das configurações de localização selecionadas no começo do processo
de instalação, lhe serão mostradas ou um fuso horário simples ou uma lista de
fuso horários importantes de acordo com sua localização. Caso um fuso horário
simples seja mostrado, escolha Sim para confirmar ou selecione Não para
selecionar a partir de uma lista completa de fuso horários. Caso uma lista seja
mostrada, selecione seu fuso-horário a partir da lista ou selecione "Outro" na
lista completa.

7.2.2. Configurando os usuários e senhas

7.2.2.1. Definindo a senha de root

A senha do usuário root também é chamada super-usuário; este é um login onde
não se aplicam as proteções de segurança em seu sistema. A conta root é somente
usada para fazer a administração do sistema e somente deve ser usada em um
espaço de tempo mais curto possível.

Qualquer senha que criar deverá conter pelo menos 6 letras e deverá conter
ambas letras maiúsculas e minúsculas assim como caracteres de pontuação. Tenha
um cuidado extra quando escolher sua senha de root, pois é uma senha poderosa.
Evite palavras de dicionário que o uso de informações pessoas que podem ser
adivinhadas.

Se alguém lhe disser que precisa de sua senha de root, seja extremamente
cauteloso. Você normalmente nunca deve dar sua senha de root, a não ser que
esteja administrando a máquina em conjunto com mais um administrador.

7.2.2.2. Criando um usuário qualquer

O sistema lhe perguntará se deseja criar uma conta de usuário qualquer neste
ponto. Esta conta deverá ser sua conta de login pessoal. Você não deverá usar a
conta de root para uso diário ou como seu login pessoal.

Porque não? Bem, a única razão para evitar o uso de privilégios de root é que é
muito fácil fazer danos irreparáveis como usuário root. Outra razão é que você
pode ser convencido a rodar um programa Cavalo de Tróia -- que é um programa
que tira proveito de seus poderes de super-usuário para comprometer a segurança
do seu sistema de forma oculta. Qualquer bom livro de administração em Unix
cobrirá este tópico em mais detalhes -- considere a leitura de um livro como
este se isto seja novidade para você.

Você será primeiro perguntado pelo nome completo de usuário. Então será
perguntado pelo nome da conta de usuário; geralmente seu primeiro nome ou algo
similar. Finalmente você será perguntado pela senha destas conta.

Se em qualquer ponto após s instalação você quiser criar uma outra conta, use o
comando adduser.

7.2.3. Configurando o PPP

Caso nenhuma rede tenha sido configurada durante o primeiro estágio da
instalação, você será em seguida perguntado se deseja instalar o resto do
sistema usando o PPP. O PPP é um protocolo usado para estabelecer conexões
dial-up com modems. Se configurar um modem neste ponto, o sistema de instalação
será capaz de baixar pacotes adicionais ou atualizações de segurança através da
Internet durante os próximos passos da instalação. Se não possuir um modem em
seu computador ou se preferir configurar seu modem após a instalação, você
poderá pular este passo.

Para configurar sua conexão PPP, você precisará de algumas informações de seu
provedor de Internet, incluindo o número de telefone, nome de usuário, senha e
servidores DNS (opcional). Alguns provedores oferedem guias de instalação para
distribuições Linux. Você poderá usar estas informações até mesmo se eles não
possuem a Debian como foco pois a maioria dos parâmetros de configuração (e
programas) são idênticos entre as distribuições Linux.

Caso selecionar configurar o PPP neste ponto, um programa chamado pppconfig
será executado. Este programa lhe ajudará a configurar sua conexão PPP. Tenha
certeza, quando ele perguntar pelo nome de sua conexão dial-up, que o nome é
provider.

Felizmente, o programa pppconfig lhe guiará através de uma configuração de
conexão PPP livre de falhas. No entanto, caso não funcionar para você, veja as
instruções abaixo.

Para configurar uma conexão PPP, você precisará conhecer os conceitos básicos
de edição e visualização de arquivos no GNU/Linux. Para ver arquivos, você
deverá usar o comando more e zmore para arquivos compactados usando a extensão
.gz. Por exemplo, para visualizar o arquivo README.debian.gz, digite zmore
README.debian.gz. O sistema básico vem com um editor chamado nano que é muito
simples de se usar, mas não tem muitos recursos. Você provavelmente desejará
instalar editores e visualizadores de texto com mais recursos mais tarde, tal
como o jed, nvi, less e o emacs.

Edite o arquivo /etc/ppp/peers/provider e substitua /dev/modem com /dev/ttyS#
onde # é o número de sua porta serial. No Linux, as portas seriais são contadas
a partir de 0; sua primeira porta serial (i.e., COM1) é /dev/ttyS0 sob o Linux.
O próximo passo é editar o arquivo /etc/chatscripts/provider e inserir o número
de telefone do seu provedor, seu nome de usuário e sua senha. Por favor, não
apague o "\q" que antecedo a senha. Ele evita que a senha seja mostrada em seus
arquivos de log.

Muitos provedores usam o PAP ou CHAP como seqüência de login ao invés de
autenticação usando o modo texto. Outros usam ambas. Se o seu provedor requerer
PAP ou CHAP, você precisará seguir um procedimento diferente. Descomente tudo
abaixo da string de discagem (a que inicia com "ATDT") no arquivo /etc/
chatscripts/provider, modifique /etc/ppp/peers/provider como descrito acima e
adicione user nome onde nome é o seu nome de usuário do provedor que está
tentando se conectar. Após isto, edite o arquivo /etc/ppp/pap-secrets ou /etc/
ppp/chap-secrets e entre com sua senha lá.

Você também precisará editar o arquivo /etc/resolv.conf e adicionar os
endereços IP dos nomes de servidores (DNS). As linhas no /etc/resolv.conf
seguem o seguinte formato: nameserver xxx.xxx.xxx.xxx onde xs é o número do seu
endereço IP. Opcionalmente, você deverá adicionar a opção usepeerdns ao arquivo
/etc/ppp/peers/provider, que ativará automaticamente a seleção automática do
servidor de DNS mais apropriado, usando as configurações que o servidor remoto
normalmente fornece.

A não ser que seu provedor tenha uma seqüência de login diferente da maioria
dos provedores, a configuração está terminada! Inicie a conexão PPP digitando
pon como usuário root e monitor o processo usando o comando plog. Para se
desconectar, use o comando poff (novamente como usuário root).

Leia o arquivo /usr/share/doc/ppp/README.Debian.gz para obter mais informações
sobre o uso do PPP na Debian.

Para conexões SLIP estáticas, você precisará adicionar o comando slattach (que
vem no pacote net-tools package) no arquivo /etc/init.d/network. O SLIP
dinâmico requer o pacote gnudip.

7.2.3.1. Configurando o PPP sobre Ethernet (PPPOE)

O PPPOE é um protocolo relacionado com o PPP usado para algumas conexões de
banda larga. Não existe suporte na configuração do sistema básico para ajuda-lo
a configurar este tipo de conexão. No entanto, o programa necessário foi
instalado, o que significa que você poderá configurar o PPPOE manualmente neste
estágio da instalação indo para o segundo terminal virtual (VT2) e executando o
comando pppoeconf.

7.2.4. Configurando o APT

O método principal usado pelas pessoas para instalar pacotes em seus sistemas é
via um programa chamado apt-get que vem com o pacote apt. ^[6] Outras
interfaces amigáveis para o gerenciamento de pacote, como o aptitude, synaptic
e o antigo dselect também usam e dependem do apt-get. Estas interfaces são
recomendadas para novos usuários, pois elas integram algumas características
adicionais (como pesquisa de pacotes e checagem de status) em uma interface
agradável ao usuário.

O APT deve ser configurado para saber de onde pegar os pacotes. A aplicação que
te auxilia nesta tarefa é chamada apt-setup.

O próximo passo no processo de configuração é dizer ao APT aonde outros pacotes
da Debian podem ser encontrados. Note que você pode re-executar esta tarefa a
qualquer ponto após a instalação executando apt-setup ou editando manualmente o
arquivo /etc/apt/sources.list.

Caso um CD-ROM oficial estiver dentro da unidade de CD neste momento, então ele
será automaticamente usado como fonte para obter pacotes do apt sem perguntas.
Você notará isto porque verá o CD-ROM sendo pesquisado.

Para usuários que não possuem um CD-ROM oficial, lhe serão oferecidas uma boa
quantidade de escolhas para acesso aos pacotes da Debian: FTP, HTTP, CD-ROM ou
um sistema de arquivos locais.

Você deverá saber que é perfeitamente aceitável ter um diferente número de
fontes do APT, até para o mesmo arquivo da Debian. O apt-get pegará
automaticamente o pacote com o número de versão mais alto dentre todas as
opções disponíveis. Ou, por exemplo, se tiver ambos os fontes HTTP e CD-ROM
disponíveis o apt-get deverá usar o CD-ROM local quando possível e somente usar
HTTP se uma versão mais nova estiver disponível lá. No entanto, não é uma boa
idéia adicionar fontes desnecessárias do APT, pois tende a deixar o processo de
checagem de arquivos da rede lento enquanto procura por novas versões.

7.2.4.1. Configurando a Origem dos Pacotes na Rede

Caso planeja instalar o resto do seu sistema via rede, o método mais comum é
selecionar a origem http. A origem ftp também é aceitável, mas tende a ser um
pouco mais lento para fazer as conexões de rede.

O próximo passo durante a configuração da fonte de pacotes da rede é dizer ao
apt-setup que país reside. Isto seleciona o mirror oficial do Debian mais
adequado para a conexão. Dependendo de que país selecionar, Você terá uma lista
de máquinas possíveis. É geralmente uma boa prática pegar o primeiro no topo da
lista, mas qualquer um deles deverá funcionar. Note no entanto que a lista de
mirror oferecida durante a instalação foi gerada quando esta versão da Debian
foi lançada e alguns mirrors podem não existir mais.

Após selecionar um mirror, você será perguntado sobre o uso de um servidor
proxy. Um servidor proxy é um servidor que redireciona todas suas conexões HTTP
e/ou FTP para a Internet sendo mais frequentemente usado para regular e
otimizar o acesso a internet em redes corporativas. Em algumas redes somente o
servidor proxy tem permissão para se conectar a Internet, neste caso você
deverá entrar com o nome do seu servidor proxy. Você também poderá ter que
incluir o nome de usuário e senha. A maioria dos usuários domésticos não
precisam especificar um servidor proxy, no entanto alguns provedores podem
fornecer servidores proxy para seus usuários.

Após selecionar um mirror, sua nova origem de pacotes de rede será testada. Se
tudo correr bem, você será perguntado se deseja adicionar outra fonte de
pacotes. Se tiver quaisquer problemas usando a fonte de pacotes que selecionou,
tente usar um mirror diferente (ou da lista de seu país ou da lista global) ou
tente usar uma origem de rede diferente para se obter os pacotes.

7.2.5. Instalação de Pacotes

Em seguida você verá um número de configurações pré-definidas de programas
oferecidos pela Debian. Sempre é possível escolher pacote por pacote que deseja
instalar em sua nova máquina. Este é o objetivo do programa aptitude, descrito
abaixo. Mas isto pode ser uma tarefa longa com aproximadamente 15250
disponíveis na Debian!

Assim, você terá a possibilidade de escolher primeiro tarefas só então
adicionar mais pacotes individuais depois. Estas tarefas representam um número
de diferentes tarefas ou coisas que deseja fazer com seu computador, como um
"ambiente de desktop", "servidor web" ou "servidor de impressão".^[7].
Seção C.3, "Espaço em Disco Necessário para as Tarefas (tasks)" lista de
requerimento de espaço para as tarefas disponíveis.

Assim que selecionar suas tarefas, selecione Ok. Neste ponto, o aptitude
instalará os pacotes que selecionou.

Nota

Até mesmo se não tiver selecionado qualquer tarefa, qualquer pacote com
prioridade, padrão, importante ou requerida que não estão sendo mostrados em
seu sistema, serão instalados. Esta funcionalidade é a mesma que a obtida
executando o tasksel -ris na linha de comando e atualmente envolve o download
de aproximadamente 37MB de arquivos. O sistema lhe exibirá o número de pacotes
que serão instalados e quantos kilobytes de pacotes, se aplicável, precisam ser
baixados.

Se quiser selecionar o que instalar de uma base de pacotes, selecione a opção
"seleção manual de pacotes" no tasksel. Caso tenha selecionado uma ou mais
tarefas junto com esta opção, o aptitude será executado com a opção
--visual-preview. Isto significa que você terá a possibilidade de fazer
revisões^[8] os pacotes estão prontos para serem instalados. Se não quiser
selecionar qualquer tarefa adicional, a tela normal do aptitude será mostrada.
Após fazer suas seleções, você deverá pressionar a tecla "g" para iniciar o
download e instalação dos pacotes.

Nota

Caso tenha selecionado a opção "seleção manual de pacotes" sem selecionar
quaisquer tarefas, nenhum pacote será instalado por padrão. Isto significa que
você poderá usar esta opção se quiser instalar um sistema mínimo, mas também
com a responsabilidade de selecionar quaisquer pacotes não instalados como
parte do sistema básico (antes da reinicialização) que podem ser requeridos se
o seu sistema se enganar a respeito disto.

De 15250 pacotes disponíveis na Debian, somente uma pequena minoria são
cobertos por tarefas oferecidas pelo Instalador de Tarefas. Para ver
informações sobre mais pacotes, ou use o apt-cache search string-de-busca para
procurar por uma determinada string de pesquisa (veja a página de manual do
apt-cache(8)) ou execute o aptitude como descrito abaixo.

7.2.5.1. Seleção Avançada de Pacotes com o aptitude

O Aptitude é um programa moderno para gerenciamento de pacotes. O aptitude lhe
permite selecionar pacotes individuais conjunto de pacotes que conferem com um
determinado critério (para usuários avançados) ou tarefas completas.

As teclas básicas mais usadas são:

+-------------------------------------------------------------------+
|           Tecla           |                 Ação                  |
|---------------------------+---------------------------------------|
|Seta para cima, Seta Abaixo|Move a seleção para cima ou para baixo.|
|---------------------------+---------------------------------------|
|Enter                      |Abre/contrai/ativa um ítem.            |
|---------------------------+---------------------------------------|
|+                          |Marca um pacote para instalação.       |
|---------------------------+---------------------------------------|
|-                          |Marca um pacote para remoção.          |
|---------------------------+---------------------------------------|
|d                          |Mostra dependência de pacotes.         |
|---------------------------+---------------------------------------|
|g                          |Baixa/instala/remove pacotes.          |
|---------------------------+---------------------------------------|
|q                          |Sai do modo de visualização atual.     |
|---------------------------+---------------------------------------|
|F10                        |Ativa o menu.                          |
+-------------------------------------------------------------------+

Para mais comandos veja a ajuda online sob a tecla ?.

7.2.6. Perguntas durante a instalação de programas

Cada pacote selecionado com o tasksel ou com o aptitude é baixado,
descompactado e então instalado pelos programas apt-get e dpkg. Se um programa
em particular precisar de detalhes do usuário, ele perguntará durante este
processo. Você também pode ficar de olho no processo durante a instalação, para
procurar por quaisquer erros de instalação (no entanto, você será perguntado
para reconhecer erros que estejam evitando a instalação de um pacote).

7.2.7. Configurando seu Agente de Transporte de E-Mails

Atualmente, o e-mail é uma parte muito importante na vida de muitas pessoas
assim não é um motivo de surpresa que a Debian lhe permita configurar seu
sistema de e-mails como parte do processo de instalação. O agente padrão de
transporte de mensagens na Debian é o exim4, que é relativamente pequeno,
flexível e fácil de aprender.

Você pode perguntar se isto é necessário até mesmo se seu computador não
estiver conectado a qualquer rede. A resposta curta é: Sim. A explicação mais
longa: Alguns utilitários de rede (como o cron, quota, aide, ...) podem enviar
para você muitas notificações importantes via e-mail.

Assim na primeira tela você será presenteado com alguns cenários comuns de
e-mails. Escolha o que mais se enquadra em suas necessidades:

site na internet

    Seu sistema está conectado a uma rede e suas mensagens são enviadas e
    recebidas diretamente usando o SMTP. Nas seguintes telas você será
    perguntado por algumas questões básicas, como o nome da máquina de envio de
    e-mails ou uma lista de domínios que deverá aceitar ou encaminhar emails.

mensagens enviadas por smarthost

    Neste cenário os e-mails enviados são encaminhados para outra máquina
    chamada de "smarthost", que faz o trabalho de entrega de mensagens para
    você. O smarthost normalmente também armazena mensagens de e-mails que
    chegam endereçadas a seu computador, assim não precisará estar conectada
    permanentemente. Isto também significa que terá que baixar seus e-mails
    através de programas como o fetchmail. Esta opção é recomendada para
    usuários de conexões discadas.

somente entrega local

    Seu sistema não está na rede e as mensagens são enviadas ou recebidas
    somente entre usuários locais. Até mesmo se não planeja enviar qualquer
    mensagem, esta opção é altamente recomendada, porque alguns utilitários do
    sistema podem lhe enviar vários alertas de tempos em tempos (e.g. " Quota
    de Disco Excedida"). Esta opção é também conveniente para novos usuários,
    porque não faz qualquer outra questão.

não fazer nenhuma configuração agora

    Escolha esta opção caso esteja absolutamente convencido que sabe o que está
    fazendo. Isto te deixará com um sistema de e-mails desconfigurado -- até
    que você configure-o não será capaz de enviar ou receber qualquer e-mail e
    poderá perder algumas mensagens importantes dos utilitários do seu sistema.

Se nenhum destes cenários atende suas necessidades ou se precisar de uma
configuração fina, você precisará editar os arquivos de configuração que estão
dentro do diretório /etc/exim4 assim que a instalação for concluída. Mais
informações sobre o exim4 podem ser encontradas em /usr/share/doc/exim4.

7.3. Entrando no Sistema

Após instalar os pacotes, você será presenteado com o aviso de login. Entre
usando seu login e senha escolhidos durante a instalação. Seu sistema agora
está pronto para ser usado.

Caso seja um novo usuário, você pode desejar explorar a documentação que já
está instalada em seu sistema assim que começar a usá-lo. Existem diversos
sistemas de documentação, alguns trabalhos estão sendo feitos para integrar os
diferentes tipos de documentação. Aqui estão alguns pontos iniciais.

A documentação que acompanha programas foram instaladas no diretório /usr/share
/doc/ sob um subdiretório após o programa. Por exemplo, o guia do usuário do
APT para usar o apt na instalação de outros programas em seu sistema, está
localizado em /usr/share/doc/apt/guide.html/index.html.

Em adição, existem alguns diretórios especiais dentro da hierarquia /usr/share/
doc/. Os HOWTO's do Linux estão instalados em formato .gz, dentro de /usr/share
/doc/HOWTO/en-txt/.Após instalar o dhelp, você encontrará um índice da
documentação em /usr/share/doc/HTML/index.html.

Um método fácil de ver estes documentos é entrar em cd /usr/share/doc/ e
digitar lynx seguido de um espaço e ponto (o ponto significa o diretório
atual).

Você também poderá digitar info comando ou man comando para ver a documentação
da maioria dos comandos disponíveis no aviso de comando. Digitando-se help
exibirá a ajuda sobre os comandos do interpretador de comandos. Digitando um
comando seguido de --help normalmente mostrará um resumo simples de uso de
comandos. Se um comando ultrapassar o espaço da tela, acrescente |more após o
comando para fazer o resultado pausar antes de ultrapassar o topo da tela. Para
ver uma lista de todos os comandos disponíveis que começam com uma determinada
letra, digite a letra e então aperte duas vezes seguidas a tecla tab.

Para uma introdução mais completa ao sistema Debian e GNU/Linux, veja /usr/
share/doc/debian-guide/html/noframes/index.html.


--------------

^[6] Note que o programa atual que instala pacote é chamado dpkg. No entanto,
este programa é uma ferramenta de baixo nível. O apt-get é uma ferramenta de
alto nível que executará o dpkg quando for apropriado e também porque ele sabe
como instalar outros pacotes que são requeridos pelo pacote que está tentando
isntalar, assim como obter pacotes através do CD, da rede, ou de outros
métodos.

^[7] Você deverá saber que para mostrar esta lista, o base-config está
simplesmente executando o programa tasksel. Para a seleção manual de pacotes, o
programa aptitude é executado. Qualquer um destes programas podem ser
executados a qualquer hora após a instalação para instalar (ou remover) mais
pacotes. Se estiver querendo instalar um pacote simples, após a instalação ser
concluída, execute aptitude install pacote, aonde pacote é o nome do pacote que
está procurando.

^[8] Você também pode alterar as seleções padrões. Se desejar selecionar
qualquer pacote adicional, utilize o item de menu Ver->Nova Visão de Pacote.

Capítulo 8. Próximos passos e para onde ir a partir de agora

Índice

8.1. Caso seja novo no Unix
8.2. Se orientando na Debian

    8.2.1. Sistema de Empacotamento da Debian
    8.2.2. Gerenciamento de Versões de Aplicativos
    8.2.3. Gerenciamento de Tarefas do Cron

8.3. Reativando o DOS e o Windows
8.4. Leituras futuras e informações
8.5. Compilando um novo Kernel

    8.5.1. Gerenciamento da imagem do kernel

8.1. Caso seja novo no Unix

Se você for novo no Unix, provavelmente deverá sair e comprar alguns livros e
fazer muita leitura. Muitas informações valiosas podem também ser encontradas
na Debian Reference. Esta lista de FAQs do Unix contém um número de documentos
da UseNet que fornecem uma bela referência histórica.

O Linux é uma implementação do Unix. O Projeto de Documentação do Linux (LDP)
contém uma séria de HOWTOs e livros online relacionados ao Linux. A maioria
destes documentos podem ser instalados localmente; simplesmente instale o
pacote doc-linux-html-pt (versão HTML) ou o pacote doc-linux-text-pt (versões
em ASCII), então de uma olhada em /usr/share/doc/HOWTO. Versões Internacionais
dos HOWTOs do LDP também estão disponíveis como pacotes da Debian.

8.2. Se orientando na Debian

A Debian é um pouco diferente de outras distribuições. Até mesmo se estiver
familiarizado com o Linux em outras distribuições, existem algumas coisas que
deve saber sobre a Debian para ajudá-lo a manter seu sistema em um bom e em um
estado organizado. Este capítulo contém materiais para ajudá-lo a se orientar:
ele não tem a intenção de ser um tutorial para como usar a Debian, mas apenas
uma breve descrição das características do sistema para o apressado.

8.2.1. Sistema de Empacotamento da Debian

O conceito mais importante para quem estiver migrando é o sistema de
empacotamento da Debian. Em essência, grandes partes do seu sistema deverão ser
consideradas sob controle do sistema de empacotamento. Estas incluem:

  * /usr (excluindo /usr/local)

  * /var (você poderá criar /var/local e estará seguro lá)

  * /bin

  * /sbin

  * /lib

Por exemplo, se substituir /usr/bin/perl, isto funcionará, mas quando atualizar
seu pacote perl, o arquivo que colocou lá será substituído. Os mais experientes
poderão contornar este problema colocando os pacotes em "hold" no aptitude.

Um dos melhores métodos de instalação é via o apt. Você poderá usar a versão em
linha de comando apt-get ou a versão em tela cheia aptitude. Note que o apt
também lhe permitirá juntar main, contrib, e non-free assim terá pacotes com
restrições de exportação assim como versões padrões.

8.2.2. Gerenciamento de Versões de Aplicativos

Versões alternativas de aplicativos são gerenciadas pelo update-alternatives.
Caso estiver mantendo múltiplas versões de suas aplicações, leia a página de
manual do update-alternatives.

8.2.3. Gerenciamento de Tarefas do Cron

Quaisquer tarefas sob o controle do administrador de sistemas deverão estar
localizadas em /etc, pois eles são arquivos de configuração. Caso tenha um
agendamento do cron para execuções diárias, semanais ou mensais, coloque-as em
/etc/cron.{daily,weekly,monthly}. Estes serão executados a partir do /etc/
crontab e serão executados em ordem alfabética, executando-os em série.

Por outro lado, caso tenha uma tarefa do cron que precise ser executada como um
usuário especial ou precisa ser executada em hora ou freqüência especial, você
poderá usar ou o /etc/crontab ou, melhor ainda, o /etc/cron.d/tarefa_qualquer.
Estes arquivos em particular também tem um campo extra que lhe permite
especificar o usuário que executará a tarefa do cron.

Em qualquer caso, apenas precisará editar estes arquivos e o cron perceberá a
mudança automaticamente. Não há necessidade de executar qualquer comando
especial. Para mais informações veja a página de manual do cron(8), crontab(5)
e o arquivo /usr/share/doc/cron/README.Debian.

8.3. Reativando o DOS e o Windows

Após a instalação do sistema básico e gravando o Master Boot Record, será
possível inicializar no Linux, mas provavelmente nada mais que isso. Isto
depende do que selecionou durante a instalação. Este capítulo descreverá como
reativar sistemas antigos assim você poderá inicializar novamente no DOS e
Windows.

O LILO é um gerenciador de partida que lhe permite também iniciar outros
sistemas operacionais além do Linux, que segue as convenções do padrão PC. O
gerenciador de partida é configurado através do arquivo /etc/lilo.conf. Sempre
que editar este arquivo você deverá executar o comando lilo. A razão disto é
que as alterações somente farão efeito se executar este programa.

As partes importantes do arquivo lilo.conf são as linhas contendo as palavras
image e other, assim como as linhas que seguem estas. Elas dizem com o o
sistema será inicializado através do LILO. Tal sistema deverá incluir uma
imagem do kernel, uma partição raíz, parâmetros adicionais do kernel, etc.
assim como a configuração para inicializar um outro sistema operacional
não-Linux (other). Estas palavras poderão ser usadas mais de uma vez. A ordem
destes sistemas dentro do arquivo de configuração é importante porque ela
determina qual sistema operacional será inicializado automaticamente após o
tempo se esgotar (delay) assumindo que não interrompeu a contagem pressionado a
tecla shift.

Após a instalação básica da Debian, apenas o sistema atual estará configurado
para inicialização usando o LILO. Se quiser inicializar a partir de outro
kernel do Linux, você terá que editar o arquivo de configuração /etc/lilo.conf
e adicionar as seguintes linhas:

image=/boot/vmlinuz.new
  label=new
  append="mcd=0x320,11"
  read-only

Para uma configuração básica, apenas as duas primeiras linhas são necessárias.
Se quiser conhecer mais sobre as outras opções, dê uma olhada na documentação
do LILO. A documentação poderá ser encontrada em /usr/share/doc/lilo/. O
arquivo que deverá ser lido é o Manual.txt. Para entrar rapidamente no mundo da
inicialização do sistema, você deverá também dar uma olhada nas páginas de
manual do lilo.conf para ter uma idéia das palavras de configuração e do lilo
para descrição de como instalar a configuração no novo setor de partida.

Note que também existem outros gerenciadores de partida disponíveis na Debian
GNU/Linux, tal como o GRUB (no pacote grub), CHOS (no pacote chos),
Extended-IPL (no pacote extipl), loadlin (no pacote loadlin) etc.

8.4. Leituras futuras e informações

Caso precise de informações sobre um programa em particular, primeiro tente o
man programa ou info programa.

Existem várias documentações interessantes em /usr/share/doc também. Em
particular o /usr/share/doc/HOWTO e a /usr/share/doc/FAQ contém várias
informações interessantes. Para enviar falhas, veja /usr/share/doc/debian/bug*.
Para ler sobre assuntos específicos da Debian sobre determinados programas,
veja /usr/share/doc/(nome do pacote)/README.Debian.

A página internet do Debian contém uma grande quantidade de documentação sober
a Debian. Em particular, veja a FAQ do Debian GNU/Linux e a Referência Debian.
Um índice de mais documentação Debian está disponível no Projeto de
Documentação Debian . A comunidade Debian oferecerá o suporte a ela mesma; para
se inscrever em uma ou mais listas de discussão da Debian, veja a página
Inscrição em Listas de Discussão. Finalmente, mas não menos importante, os
Arquivos das Listas de Discussão Debian contêm informações abundantes sobre o
Debian.

Uma fonte geral de informações sobre o GNU/Linux é o Projeto de Documentação do
Linux. Lá você encontrará os documentos HOWTOs e referências para outros pontos
de informações bastante valiosas sobre partes do sistema GNU/Linux.

8.5. Compilando um novo Kernel

Porque alguém desejaria compilar um um novo kernel? É mais provável que não
precise fazer isto, pois o kernel da debian padrão trabalha com a maioria das
configurações. Além disso, Debian freqüentemente oferece várias alternativas de
kernel. Então você pode preferir checar primeiro se há um pacote de imagem do
kernel que corresponde melhor ao seu hardware. No entanto, pode ser útil
compilar um novo kernel para:

  * adicionar suporte a hardwares especiais, ou hardwares que conflitam com os
    kernels pré-fornecidos

  * usar opções do kernel que não são suportadas nos kernels pré-fornecidos
    (como suporte a altas quantidade de memória)

  * otimizar o kernel removendo controladores desnecessários e deixar a
    inicialização mais rápida

  * utilizar opções do kernel que não suportados no kernel padrão (como suporte
    a grande quantidade de memória RAM)

  * executar um kernel atualizado ou em desenvolvimento

  * aprender mais sobre o kernel do linux

8.5.1. Gerenciamento da imagem do kernel

Não tema tentar compilar um novo kernel. É divertido e proveitoso.

Para compilar um kernel usando o método da Debian, será necessário instalar
alguns pacotes: fakeroot, kernel-package, kernel-source-2.6.8 (a versão mais
recente quando este documento foi escrito), e alguns outros pacotes que
provavelmente já estão instalados (veja /usr/share/doc/kernel-package/README.gz
para ver a lista completa).

Este método construirá um .deb do seu fonte do kernel e caso tenha módulos
não-padrões, criará um arquivo .deb dependente destes também. É uma ótima
maneira de gerenciar imagens do kernel; o kernel será gravado em /boot,
incluindo o arquivo System.map e um log do arquivo de configuração ativo da
compilação.

Note que não precisará compilar seu kernel usando o "Método da Debian"; mas nós
achamos que o uso do sistema de empacotamento para gerenciamento do kernel é
seguro e fácil. De fato, você poderá pegar os fontes do kernel do Linus ao
invés do kernel-source-2.6.8, e ainda usar o método de compilação do
kernel-package.

A documentação completa do kernel-package é encontrada sob o diretório /usr/
share/doc/kernel-package. Esta seção contém somente um breve tutorial.

Para mais adiante, nós assumiremos que tem controle completo sobre sua máquina
e descompactará seu fonte do kernel em algum lugar dentro do seu diretório de
usuário ^[9]. Nós assumiremos que sua versão do kernel é 2.6.8. Tenha certeza
que está no diretório que deseja descompactar os fontes do kernel,
descompacte-os usando tar xjf /usr/src/kernel-source-2.6.8.tar.bz2 e mude para
o diretório kernel-source-2.6.8 que foi criado.

Agora você poderá configurar seu kernel. Execute o comando make xconfig caso o
X11 esteja instalado, configurado e sendo executado, make menuconfig (será
necessário o pacote libncurses5-dev instalado). Leve algum tempo lendo as
mensagens de ajuda on-line e selecione as opções cuidadosamente. Quando estiver
em dúvida, é melhor incluir o controlador de dispositivo (o programa que
gerencia periféricos de hardware, tal como placas Ethernet, controladores SCSI
e outras). Tenha cuidado: outras opções não relacionadas a hardwares
específicos, devem ser deixadas no valor padrão caso não as entenda. Não se
esqueça de selecionar a opção "Kernel module loader" em "Loadable module
support" (esta opção não é selecionada por padrão). Caso não esteja incluída,
as instalações usando a Debian podem apresentar problemas.

Limpe a árvore de fontes e resete os parâmetros do pacote kernel-package. Para
fazer isto, execute o comando make-kpkg clean.

Agora, compile o kernel: fakeroot make-kpkg --revision=custom.1.0 kernel_image.
O número de versão "1.0" poderá ser modificado se desejar; este é somente um
número de versão que usará como controle sobre as construções do seu kernel. De
forma parecida, poderá colocar uma palavra no lugar de "custom" (e.g., um nome
de máquina). A compilação do Kernel poderá levar um tempo, dependendo do poder
de processamento da sua máquina.

Caso precise do suporte a PCMCIA, você também precisará instalar o pacote
pcmcia-source. Descompacte o arquivo tar.gz como root no diretório /usr/src (é
importante que os módulos sejam encontrados no local onde o programa espere
encontrá-los, no caso, o diretório /usr/src/modules). Então, digite como
usuário root make-kpkg modules_image.

Assim que a compilação estiver concluída, você poderá instalar o kernel
personalizado como qualquer pacote. Como root, execute o comando dpkg -i ../
kernel-image-2.6.8-sub-arquitetura _custom.1.0_i386.deb. A parte
sub-arquitetura é uma sub-arquitetura opcional, tal como "i586", dependendo das
opções do kernel que escolheu. O comando dpkg -i kernel-image... instalará o
kernel, junto com outros arquivos de suporte. Por exemplo, o System.map será
instalado (útil para depurar problemas no kernel) assim como o /boot/
config-2.6.8 (contendo seu conjunto de configurações do kernel). Seu novo
pacote kernel-image-2.6.8 é também inteligente o bastante para usar
automaticamente o gerenciador de partida de sua plataforma para executar uma
atualização do setor de partida para que a inicialização ocorra sem problemas.
Caso tenha criado um pacote PCMCIA, você precisará instalá-lo também.

É hora de reiniciar o sistema: leia cuidadosamente o alerta que o passo acima
produziu, então execute o comando shutdown -r now.

Para mais informações sobre o kernel-package, leia a bela documentação em /usr/
share/doc/kernel-package.


--------------

^[9] Existem outras localizações onde pode descompactar os fontes do kernel e
construir seu próprio kernel personalizado, mas isto é fácil pois não requer
permissões especiais.

Apêndice A. Howto de Instalação

Índice

A.1. Preliminares
A.2. Iniciando o programa de instalação

    A.2.1. CDROM
    A.2.2. Disquetes
    A.2.3. Memory stick USB/Pen drive
    A.2.4. Inicializando através da rede
    A.2.5. Inicializando através do disco rígido

A.3. Instalação
A.4. Enviando um relatório de instalação
A.5. E finalmente...

Este documento descreve como instalar a Debian GNU/Linux sarge na arquitetura
Intel x86 ("i386") com o novo debian-installer. Ele é um documento que seguirá
o processo de instalação que deve conter todas as informações que precisa para
a maioria das instalações. Se precisar de mais detalhes, nós faremos um link
para explicações mais detalhadas no Manual de Instalação do Debian GNU/Linux.

A.1. Preliminares

Caso encontre problemas durante a instalação, veja Seção 5.3.6, "Enviando
Relatórios de Instalação" por instruções de como relatá-las. Se tiver questões
que não podem ser respondidas por este documento, por favor direciona-as para a
lista de discussão debian-boot (debian-boot@lists.debian.org) ou pergunte no
IRC (no canal #debian-boot da rede freenode).

A.2. Iniciando o programa de instalação

O time do debian-cd oferece imagens de CD construídas usando o debian-installer
através do endereço Página do CD da Debian. Para mais informações sobre onde
obter os CDs, veja Seção 4.1, "Conjunto oficial de CD-ROMs do Debian GNU/Linux"
.

Alguns métodos de instalação requerem mais imagens que as imagens de CD.
Seção 4.2.1, "Aonde achar as imagens de instalação" explica aonde encontrar as
imagens em mirrors da Debian.

As subseções abaixo lhe darão detalhes sobre que imagens de disco deverá copiar
para cada método de instalação possível.

A.2.1. CDROM

Existem duas imagens de CD netinst que podem ser usadas para instalar sarge com
o debian-installer. Estas imagens tem a intenção de serem inicializadas através
do CD e instalar pacotes adicionais através da rede, por isto o nome 'netinst'.
A diferença entre as duas imagens é porque na imagem completa do netinst também
estão incluídos os pacotes do sistema básico, assim você terá que baixá-las da
internet se estiver usando uma imagem no tamanho de um cartão de visita. Você
somente precisará do primeiro CD do conjunto.

Baixe o tipo de imagem que deseja e grave-a para um CD. Para inicializar
através do CD, você precisará alterar a configuração de sua BIOS como explicado
em Seção 3.6.1, "Invocando o menu de configuração da BIOS ".

A.2.2. Disquetes

Caso não possa inicializar através do CD, você poderá baixar imagens de
disquetes para fazer a instalação da Debian. Você precisará da imagem floppy/
boot.img, da floppy/root.img e possivelmente um dos disquetes de controladores.

O disquete de partida é o que tem o arquivo boot.img gravado. Este disquete,
quando inicializado, solicitará que seja inserido um segundo disquete -- use o
disquete com a imagem root.img gravada.

Se estiver planejando instalar através da rede, você precisará da imagem floppy
/net-drivers.img, que contém controladores adicionais para a maioria das placas
de rede ethernet e suporte para o PCMCIA.

Caso tenha um CD, mas não pode inicializar através dele, inicialize através de
disquetes e use o floppy/cd-drivers.img no disquete de controladores para
completar a instalação usando o CD.

Os disquetes são um dos tipos de mídia menos confiável entre todas as
disponíveis, assim esteja preparado para a possibilidade de encontrar muitos
disquetes defeituosos (veja Seção 5.3.1, "Confiança em Disquetes"). Cada
arquivo .img que baixar precisa ser gravado em um disquete correspondente; você
pode usar o comando dd para gravá-lo para /dev/fd0 ou algum outro método (veja
Seção 4.3, "Criando disquetes a partir de imagens de disco" para detalhes).
Como você gravará mais de um disquete. É uma boa idéia colar etiquetas para
identificar cada disquete.

A.2.3. Memory stick USB/Pen drive

É também possível instalar através de dispositivos de armazenamento USB
removíveis. Por exemplo, um chaveiro USB pode ser muito útil como mídia de
instalação da Debian que pode levar para qualquer lugar.

O método mais fácil de preparar sua memory stick USB é baixar o arquivo
hd-media/boot.img.gz, e usar o gunzip para descompactar a imagem de 128 MB a
partir daquele arquivo. Grave diretamente esta imagem para sua memory stick,
que deverá ter espaço suficiente para acomoda-la. É claro que isto destruirá
tudo que tiver gravado na memory stick. Então monte a memory stick, que agora
terá um sistema de arquivos fat dentro dela. A seguir, baixe a imagem de CD da
Debian netinst e copie aquele arquivo para o memory stick; qualquer nome de
arquivo que der para ele é permitido, desde que termine em .iso.

Existem outros métodos mais flexíveis de configurar uma memory stick para ser
usada pelo debian-installer, sendo possível trabalhar com memory sticks
pequenas. Para detalhes, veja Seção 4.4, "Preparando os arquivos para a
inicialização usando um memory stick USB".

Alguns tipos de BIOS não podem inicializar diretamente de dispositivos USB.
Você pode precisar configurar sua BIOS para inicializar através de um
"dispositivo removível" ou até mesmo através de um "USB-ZIP" para fazê-la
iniciar diretamente a partir do dispositivo USB. Caso ela não faça, você poderá
inicializar através de um disquete e usar a memória USB para fazer o resto da
instalação. Para dicas úteis e detalhes, veja Seção 5.1.3, "Inicialização
através de uma memory stick USB".

A.2.4. Inicializando através da rede

É também possível inicializar completamente o debian-installer através da rede.
Os vários métodos para fazer a inicialização via rede dependem da arquitetura e
da configuração do netboot. Os arquivos em netboot/ podem ser usados para fazer
a inicialização via rede do debian-installer.

A coisa mais fácil de configurar é provavelmente a inicialização através do
PXE. Descompacte o arquivo netboot/pxeboot.tar.gz em /var/lib/tftpboot ou no
lugar que achar mais conveniente em seu servidor tftp. Configure seu servidor
DHCP para passar o arquivo /pxelinux.0 para os clientes e provavelmente tudo
funcionará. Para instruções detalhadas, veja Seção 4.6, "Preparando os arquivos
para inicialização via rede usando TFTP".

A.2.5. Inicializando através do disco rígido

É possível iniciar o programa de instalação sem o uso de mídias removíveis,
usando apenas um disco rígido existente, que pode já ter um sistema operacional
diferente instalado. Baixe o arquivo hd-media/initrd.gz, hd-media/vmlinuz e uma
imagem de CD da Debian para o diretório raíz do disco rígido. Tenha certeza que
o nome do arquivo da imagem de CD finalize com .iso. Agora resta apenas
inicializar o linux com o initrd. Seção 5.1.2, "Inicializando através do linux
usando o LILO ou GRUB" explica a forma de como fazer isto.

A.3. Instalação

Assim que o programa de instalação for iniciado, você verá a tela inicial.
Pressione Enter para inicializar ou leia as instruções para outros métodos de
inicialização e parâmetros (veja Seção 5.2, "Parâmetros de Inicialização"). Se
desejar um kernel 2.6, digite linux26 no aviso de boot:. ^[10]

Após algum tempo será solicitado que escolha seu idioma. Use as setas de
teclado para selecionar um idioma e pressione Enter para continuar. Em seguida,
você será perguntado para selecionar um país, com as escolhas incluindo países
onde o idioma é falado. Caso não esteja na lista simples, uma lista de todos os
países do mundo estará disponível.

Você pode ser perguntado para confirmar seu tipo de teclado. Selecione o padrão
a não ser que conheça um modelo melhor.

Agora aguarde enquanto o debian-installer detecta alguns de seus hardwares e
carrega o restante do instalador a partir de um CD, disquete, USB, etc.

Como próximo passo, o programa de instalação tentará detectar o hardware de sua
rede e configurar a rede via DHCP. Se não estiver em uma rede ou não tiver
dhcp, o programa lhe dará a oportunidade de configurar sua rede manualmente.

Agora é hora de particionar seus discos. Primeiramente você terá a oportunidade
de particionar automaticamente todo o disco ou o espaço livre na unidade. Isto
é recomendado para novos usuários ou qualquer apressado, mas se não quiser faze
o auto-particionamento, selecione o particionamento manual através do menu.

Na próxima tela você verá sua tabela de partições, como as partições devem ser
formatadas e onde serão montadas. Selecione a partição para modificar ou
apagá-la. Se não fizer o particionamento automático, você deverá ser capaz de
selecionar Finalizar o Particionamento através do menu para usar as opções já
configuradas. Lembre-se de escolher pelo menos uma partição para espaço swap e
para montar a partição em /. A seção Apêndice B, Particionamento para a Debian
tem mais informações relacionadas com o particionamento.

Agora o debian-installer irá formatar suas partições e iniciar a instalação do
sistema básico, que pode levar algum tempo. Isto é seguido pela instalação de
um kernel.

O último passo é instalar um gerenciador de partida. Caso o programa de
instalação detectar outro sistema operacional em seu computador, ele o
adicionará no menu de inicialização e lhe informará isto. Por padrão, o GRUB
será instalado no registro mestre de inicialização de seu primeiro disco
rígido, que é uma boa escolha. Você será capaz de alterar aquela escolha e
instalá-lo em qualquer outro lugar.

O debian-installer agora lhe informará que a instalação foi concluída. Remova o
CD-ROM ou qualquer outra mídia de inicialização e pressione Enter para
reiniciar sua máquina. Você deverá ir para o próximo estágio da instalação que
é explicado em Capítulo 7, Inicializando em seu novo sistema Debian.

Se precisar de mais informações relacionadas com o processo de instalação, veja
Capítulo 6, Usando o Debian Installer.

A.4. Enviando um relatório de instalação

Caso tenha feito uma instalação com sucesso usando o debian-installer, por
favor, dedique algum tempo e nos envie um relatório. Existe um modelo chamado
install-report.template do diretório /root em um sistema recentemente
instalado. Por favor, preencha-o como um bug no pacote installation-reports,
como explicado em Seção 5.3.6, "Enviando Relatórios de Instalação".

Caso não tenha conseguido chegar no base-config ou aconteceu algum outro
problema, a razão mais provável é que tenha encontrado um bug no
debian-installer. Para melhorar o programa de instalação é importante que nós
tomemos conhecimento sobre isto, assim leve algum tempo para relatá-lo. Você
poderá usar o relatório de instalação para relatar problemas; caso falhe
completamente, veja Seção 5.3.5, "Relatório de Falhas".

A.5. E finalmente...

Nós esperamos que sua instalação do Debian tenha sido prazerosa e que achou o
Debian útil. Recomendamos agora a leitura de Capítulo 8, Próximos passos e para
onde ir a partir de agora.


--------------

^[10] O kernel 2.6 está disponível para a maioria dos métodos de inicialização,
mas não quando está inicializando a partir de um disquete.

Apêndice B. Particionamento para a Debian

Índice

B.1. Decidindo o tamanho de partições na Debian
B.2. A árvore de diretórios
B.3. Esquema de particionamento recomendado
B.4. Nomes de dispositivos no Linux
B.5. Programas de particionamento da Debian

    B.5.1. Particionamento para Intel x86

B.1. Decidindo o tamanho de partições na Debian

No mínimo, o GNU/Linux precisa de uma partição para si mesmo. Você poderá ter
uma partição simples contendo todo o sistema operacional, aplicativos e seus
arquivos pessoais. A maioria das pessoas sente que uma partição swap separada
também é necessário, sendo que isto não é realmente verdade. A "swap" é um
espaço zerado para um sistema operacional, que permite ao sistema usar
armazenamento de disco como "memória virtual". Colocando a swap em uma partição
separada, o Linux poderá fazer um uso mais eficiente dela. É possível forçar o
Linux a utilizar um arquivo regular como swap, mas isto não é recomendado.

A maioria das pessoas escolhem dar ao GNU/Linux mais que o número mínimo de
partições. No entanto, existem duas razões para querer dividir o sistema de
arquivos em um número de partições menores. O primeiro é a segurança. Se algo
acontecer e corromper seu sistema de arquivos, geralmente somente uma partição
é afetada. Assim, você somente terá que substituir (usando backups do sistema)
a porção afetada de seu sistema. No mínimo você poderá considerar a criação do
que é normalmente chamada "partição raíz". Ela contém os componentes mais
essenciais do sistema. Se qualquer outra partição for corrompida, ainda será
possível inicializar no GNU/Linux e corrigir o sistema. Isto te livrará de
problemas, tendo que reinstalar o sistema do zero.

A segunda razão é geralmente mais importante em um ambiente empresarial, mas
realmente depende do seu uso da máquina. Por exemplo, um servidor de e-mails
recebendo uma grande quantidade de spams pode facilmente lotar a partição. Se
fizer /var/mail em uma partição separada no servidor de e-mails, a maior parte
do sistema permanecerá funcionando mesmo se receber muitos spams.

O único real problema em usar mais partições é que é freqüentemente difícil
saber antecipadamente quais são seus requerimentos. Se fizer uma partição muito
pequena então você poderá ter que reinstalar o sistema ou mover coisas para
outros diretórios para deixar espaço na partição pequena. Por outro lado, se
fizer uma partição muito grande, estará desperdiçando espaço em disco que
poderia ser usado em outro lugar. Espaço em disco hoje em dia é barato, mas
porque jogar seu dinheiro fora?

B.2. A árvore de diretórios

A Debian GNU/Linux adere ao padrão Filesystem Hierarchy Standard para nomes de
arquivos e diretórios. Este padrão permite que usuários e programas de software
saberem a localização de arquivos e diretórios. O diretório do nível raíz é
simplesmente representado por uma barra /. No nível raiz, todos os sistemas
Debian incluem estes diretórios:

+-----------------------------------------------------------------------------+
|Diretório|                             Conteúdo                              |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|bin      |Binários de comandos essenciais                                    |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|boot     |Arquivos estáticos do gerenciador de partida                       |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|dev      |Arquivos de dispositivos                                           |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|etc      |Configurações de sistema específicas da máquina                    |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|home     |Diretórios home de usuários                                        |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|lib      |Bibliotecas compartilhadas essenciais e módulos do kernel          |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|media    |Contém pontos de montagem para mídias removíveis                   |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|mnt      |Ponto de montagem para montagem temporária de um sistema de        |
|         |arquivos                                                           |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|proc     |Diretório virtual contendo informações do sistema (kernels 2.4 e   |
|         |2.6)                                                               |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|root     |Diretório Home do usuário root                                     |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|sbin     |Binários essenciais do sistema                                     |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|sys      |Diretório Virtual contendo informações do sistema (kernels 2.6)    |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|tmp      |Arquivos temporários                                               |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|usr      |Hierarquia secundária                                              |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|var      |Dados variáveis                                                    |
|---------+-------------------------------------------------------------------|
|opt      |Pacotes de aplicativos e programas adicionais                      |
+-----------------------------------------------------------------------------+

O que segue é uma lista de considerações importantes sobre os diretórios e
partições. Note que a utilização de disco tem grandes variações de acordo com o
uso do sistema e padrões específicos de uso. As recomendações aqui são regras
gerais e fornecem um ponto de partida para o particionamento.

  * A partição / deve sempre fisicamente conter /etc, /bin, /sbin, /lib e /dev,
    caso contrário você não será capaz de inicializar. Tipicamente são
    necessários 150-250 MB para a partição raiz.

  * /usr: contém todos os programas de usuários (/usr/bin), bibliotecas (/usr/
    lib), documentação (/usr/share/doc), etc. Esta é a parte do sistema de
    arquivos que geralmente consome mais espaço em disco. Você deverá deixar
    pelo menos 500MB de espaço em disco. Esta quantidade poderá ser aumentada
    dependendo do número e tipo de pacotes que deseja instalar. Uma estação de
    trabalho generosa ou instalação em servidor deverá ter de 4 a 6 GB.

  * /var: dados variáveis como artigos news, e-mails, sites web, banco de
    dados, o cache do sistema de empacotamento, etc. serão colocados sob este
    diretório. seu tamanho depende mais do uso do seu computador, mas para a
    maioria das pessoas ele será dedicado ao sistema de gerenciamento de
    pacotes. Se estiver fazendo uma instalação completa ou apenas tudo que a
    Debian tem a oferecer em uma só seção, algo em torno de 2 ou 3 GB de espaço
    para /var deverá ser suficiente. se estiver instalando em partes (isto é,
    instalar serviços e utilitários, seguidos de materiais em texto, então o X,
    ...), você poderá deixar em torno de 300 a 500 MB. Caso o espaço em disco
    rígido seja um premio e não planeja fazer muitas atualizações de sistema, a
    máquina poderá funcionar com o mínimo de 30 ou 40 megabytes.

  * /tmp: normalmente os dados temporários criados são colocados neste
    diretório. 40-100 MB deverão ser suficientes. Alguns aplicativos --
    incluindo manipuladores de arquivos, ferramentas para criação de CD/DVD e
    programas multimídia -- podem usar /tmp para armazenar temporariamente
    arquivos de imagem. Se planeja usar tais aplicativos, será necessário
    ajustar o espaço disponível de forma apropriada em /tmp.

  * /home: cada usuário deverá colocar seus dados em um subdiretório dentro
    deste diretório. O tamanho deste diretório depende de quantos usuários
    estarão usando o sistema e que tipo de arquivos serão armazenados em seus
    diretórios. Dependendo do seu planejamento de uso, deverá ser reservado em
    média 100MB para cada usuário, mas adapte este valor a suas necessidades.
    Reserve muito mais espaço se planeja salvar muitos arquivos multimídia
    (MP3, filmes) em seu diretório pessoal.

B.3. Esquema de particionamento recomendado

Para novos usuários, máquinas Debian pessoais, sistemas domésticos e outras
configurações de usuários simples, uma partição de disco simples / (incluindo
uma swap) é provavelmente o método mais simples e fácil de ser feito. No
entanto, se sua partição for maior que 6GB, selecione ext3 como sua partição.
As partições ext2 requerem verificação periódica de integridade e isto pode
causar atrasos durante a inicialização caso a partição seja grande.

Para sistemas multi-usuários ou sistemas com muito espaço em disco, é melhor
colocar os diretórios /usr, /var, /tmp e /home em partições separadas da /
(raiz).

Você precisará ter uma partição /usr/local separada se planejar instalar muitos
programas que não são parte da distribuição Debian. Caso sua máquina seja um
servidor de e-mails, poderá ser preciso colocar /var/mail em uma partição
separada. Freqüentemente a colocação de /tmp em sua própria partição, por
exemplo com 20 a 50MB é uma boa idéia. Se estiver configurando um servidor com
muitas contas de usuários, crie uma partição /home grande. Em geral o esquema
de particionamento varia de computador para computador, dependendo do seu uso.

Para sistemas muito complexos, você deverá dar uma olhada no documento Multi
Disk HOWTO. Ele contém informações atualizadas mais de interesse de ISPs e
pessoas configurando servidores.

Com respeito ao tamanho da partição swap, existem muitos pontos de vista. Uma
regra geral que funciona bem é usar a mesma quantidade correspondente a memória
do seu sistema. Ela também não deverá ser menor que 16MB na maioria dos casos.
É claro que existem muitas excessões a esta regra. Se estiver tentando resolver
10000 equações simultâneas em uma máquina com 256MB de memória, você poderá
precisar de 1GB (ou mais) de swap.

Em arquitetura de 32 bits (i386, m68k, 32-bit SPARC e PowerPC), o tamanho
máximo da partição swap será de 2GB. Isto poderá ser suficiente para qualquer
instalação atual. No entanto, se seus requerimentos são altos, você poderá
criar partições swap em discos diferentes (também chamados "spindles") e, se
possível, em um canal IDE ou SCSI diferente. O kernel irá balancear o uso de
swap entre as múltiplas partições de disco oferecendo maior performance.

Como exemplo, uma máquina antiga pode ter 32MB de RAM e uma unidade IDE de
1.7GB em /dev/hda. Pode haver uma partição de 500MB para outro sistema
operacional em /dev/hda1, uma partição swap de 32MB em /dev/hda3 e 1.2GB na
partição /dev/hda2 como uma partição Linux.

Para ter uma idéia do espaço que será usado pelas tarefas que estiver
interessado em adicionar após a instalação do sistema ser completado, veja
Seção C.3, "Espaço em Disco Necessário para as Tarefas (tasks)".

B.4. Nomes de dispositivos no Linux

Os nomes de discos e partições no Linux podem ser diferentes de outros sistemas
operacionais. Será necessário que você os conheça para criar e montar
partições. Aqui está o esquema básico de nomes:

  * A primeira unidade de disquete tem o nome /dev/fd0.

  * A segunda unidade de disquetes tem o nome /dev/fd1.

  * O primeiro disco SCSI (usando o esquema de IDs SCSI) é nomeado /dev/sda.

  * O segundo disco SCSI (usando o esquema de IDs SCSI) é nomeado /dev/sdb e
    assim por diante.

  * A primeira unidade de CD-ROM SCSI tem o nome /dev/scd0 também conhecida
    como /dev/sr0.

  * O disco IDE principal na controladora primária tem o nome /dev/hda.

  * O disco IDE escravo na controladora primária tem o nome /dev/hdb.

  * Os discos principal e escravo da segunda controladora podem ser chamados /
    dev/hdc e /dev/hdd respectivamente. As controladoras IDE mais novas podem
    ter dois canais, efetivamente atuando como duas controladoras.

  * O primeiro disco XT tem o nome /dev/xda.

  * O segundo disco XT tem o nome /dev/xdb.

As partições existentes em cada dispositivo são representadas adicionando-se um
número decimal ao nome de dispositivo: sda1 e sda2 representa a primeira e
segundas partições no primeiro disco SCSI em seu sistema.

Aqui está um exemplo da vida real. Vamos assumir que seu sistema tem 2 discos
SCSI, um no endereço SCSI 2 e a outra no endereço SCSI 4. O primeiro disco (no
endereço 2) é então chamado sda e o segundo sdb. Caso a unidade sda tenha 3
partições, elas serão referenciadas como sda1, sda2 e sda3. O mesmo se aplica
ao disco sdb e suas partições.

Note que se tiver duas placas adaptadoras SCSI (i.e., controladoras), a ordem
das unidades podem se tornar confusas. A melhor solução neste caso é olhar as
mensagens de inicialização, assumindo que conheça o modelo das unidades e/ou
suas capacidades.

O Linux representa as partições primárias como nomes de unidade acrescido de um
número de 1 a 4. Por exemplo, a primeira partição primária no primeiro disco
rígido IDE é /dev/hda1. As partições lógicas são representadas por números
iniciando-se por 5, assim se a primeira partição lógica no mesmo disco será /
dev/hda5. Lembre-se que a partição extendida, isto é, a partição primária que
armazena as partições lógicas, não é utilizada. Isto se aplica tanto a discos
SCSI como também a discos IDE.

B.5. Programas de particionamento da Debian

Diversas variedades de programas de particionamento foram adaptados por
desenvolvedores da Debian para funcionar com vários tipos de discos rígidos e
arquiteturas de computadores. O seguinte é uma lista de programas aplicáveis
para sua arquitetura.

partman

    Ferramenta de particionamento recomendada na Debian. Esse canivete suíço
    também pode redimensionar, criar sistemas de arquivos ("formatar" no mundo
    do Windows) e te indicar pontos de montagem.

fdisk

    O particionador de discos original do Linux, bom para gurus.

    Seja cuidadoso se tiver partições FreeBSD existentes em sua máquina. O
    kernel da instalação inclui suporte para estas partições, mas o método que
    o fdisk as representa (ou não) podem fazer os nomes de dispositivos
    diferentes. Veja o Linux+FreeBSD HOWTO

cfdisk

    Um particionador de disco simples de se utilizar e em tela cheia para o
    resto de nós.

    Note que o cfdisk não entende partições do FreeBSD completamente e,
    novamente, os nomes de dispositivos podem ser diferentes.

Um destes programas será executado por padrão quando selecionar Particionando
um Disco Rígido. Caso o que for executado por padrão não for aquele que deseja,
saia do particionador vá até o shell (tty2) pressionando a combinação de teclas
Alt e F2 e digite manualmente o comando do programa que deseja utilizar (e
argumentos, se necessário). Então pule até o passo Particionando um Disco
Rígido no debian-installer e continue até o próximo passo.

Se estiver trabalhando com mais de 20 partições em seu disco rígido ide, você
precisará criar dispositivos para a partição 21 e superior. O próximo passo da
inicialização da partição falhará a não ser que um dispositivo apropriado
esteja presente. Como um exemplo, aqui estão os comandos que poderá usar no
tty2 ou na opção "Executar um Shell" para adicionar o dispositivo associado com
a 21a partição que será inicializada:

#cd /dev
#mknod hda21 b 3 21
#chgrp disk hda21
#chmod 660 hda21

A inicialização em um novo sistema falhará a não ser que os dispositivos
apropriados estejam presentes no sistema alvo. Após feita a instalação do
kernel e módulos, execute:

#cd /target/dev
#mknod hda21 b 3 21
#chgrp disk hda21
#chmod 660 hda21

Lembre-se de tornar sua partição de inicialização "Inicializável".

B.5.1. Particionamento para Intel x86

Se já tiver um sistema operacional tal como o DOS ou Windows e deseja preservar
este sistema durante a instalação da Debian, você provavelmente terá que
redimencionar o tamanho da partição ocupada, liberando seu espaço livre para a
instalação da Debian. O programa de instalação suporta o redimensionamento de
ambos os sitemas de arquivos FAT e NTFS; quando chegar no passo de
particionamento do sistema de instalação, selecione particionamento manual e
simplesmente selecione a partição do sistema existente e altere seu tamanho.

A BIOS do PC geralmente adiciona barreiras adicionais com relação ao
particionamento de disco. Existe um limite de quantas partições "primárias" e
"lógicas" uma unidade de disco pode ter. Adicionalmente, com BIOS pré 1994-98
existem limites de que unidades a BIOS pode inicializar o sistema. Mais
informações podem ser encontradas no Linux Partition HOWTO e na Phoenix BIOS
FAQ, mas esta seção incluirá uma breve visão para ajudar a planejar a maioria
das situações.

As partições "primárias" fazem parte do esquema original de particionamento
para discos PC. No entanto, somente podem existir quatro delas. Para superar
esta limitação, as partições "extendidas" e "lógicas" foram inventadas. Quando
selecionar uma de suas partições primárias como uma partição extendida, você
poderá subdividir todo o espaço alocado para aquela partição em partições
lógicas. Você poderá criar até 60 partições lógicas por partição extendida; no
entanto você somente poderá ter uma partição extendida por unidade.

O Linux limita as partições por unidade a 15 partições para discos SCSI (3
partições primárias utilizáveis e 12 partições lógicas) e 63 partições em uma
unidade de discos IDE (3 partições primárias utilizáveis e 60 partições
lógicas). No entanto a Debian GNU/Linux fornece apenas 20 dispositivos para
partições em sua instalação inicial, assim não poderá instalar usando mais de
20 partições a não ser que primeiro crie manualmente os dispositivos para estas
partições.

Caso tenha um disco IDE grande e está usando ou o endereçamento LBA ou
controladores overlay (algumas vezes fornecidos por fabricantes de discos
rígidos), então a partição de inicialização (a partição contendo a imagem do
kernel) deverá ser colocada entre os primeiros 1024 cilindros do seu disco
rígido (normalmente em torno de 524MB, sem a tradução de BIOS).

Esta restrição não se aplica se tiver uma BIOS mais nova que 1995-98
(dependendo da adoção do seu fabricante) que suporta a "Especificação de
Suporte Avançado de Unidades de Disco". Ambos o Lilo, o Linux Loader, e o
comando alternativo mbr da Debian devem usar a BIOS para ler o kernel do disco
e carregá-lo na memória RAM. Caso as extensões 0x13 da BIOS para acesso a
discos de grande capacidades foram detectadas, elas serão usadas. Caso
contrário, a interface de acesso a disco é usada como padrão e não poderá ser
usada para endereçar qualquer localização no disco maior que o cilindro 1023.
Assim que o Linux for inicializado, não importa qual BIOS seu computador
possui, estas restrições não se aplicam mais, pois o Linux não utiliza a BIOS
para fazer acesso a disco.

Se tiver um disco grande, você pode ter que usar as técnicas de tradução de
cilindros, que poderá configurar através do programa de configuração da BIOS,
tal como o LBA (Logical Block addressing) ou o modo de tradução CHR ("Large").
Mais informações sobre assuntos relacionados com discos grandes podem ser
encontrados no documento Large Disk HOWTO. Se estiver usando um esquema de
tradução de cilindros e sua BIOS não suporta as extensões de acesso a discos
grandes então sua partição de inicialização terá que caber dentro da
representação translated traduzida do cilindro 1024.

O método recomendado de se fazer isto é criar uma partição pequena (5 a 10MB
deverá ser o suficiente) no início do disco para ser usada como partição de
inicialização, e então criar qualquer outra partição que desejar ter na área
restante. Esta partição de inicialização deverá ser montada em /boot, pois este
é o diretório aonde o kernel do Linux será armazenado. Esta configuração
funcionará em qualquer sistema, não importando se a tradução LBA ou CHR é usada
e não importando se sua BIOS suporta as extensões de acesso a discos grandes.

Apêndice C. Algumas Considerações

Índice

C.1. Exemplo de Arquivo de Pré-Configuração
C.2. Dispositivos do Linux

    C.2.1. Configurando seu Mouse

C.3. Espaço em Disco Necessário para as Tarefas (tasks)
C.4. Instalando a Debian GNU/Linux a partir de um sistema Unix/Linux

    C.4.1. Iniciando
    C.4.2. Instalar o debootstrap
    C.4.3. Executando o debootstrap
    C.4.4. Configurando o Sistema Básico
    C.4.5. Instalar um Kernel
    C.4.6. Configurando seu Gerenciador de Partida

C.5. Instalando Debian GNU/Linux por Linha IP Paralela (PLIP)

    C.5.1. Requisitos
    C.5.2. Configurando a origem
    C.5.3. Instalando o alvo

C.1. Exemplo de Arquivo de Pré-Configuração

Este é um exemplo completamente funcional de arquivo de pré-configuração para
instalação automática. Seu uso é explicado em Seção 4.7, "Instalação
automática". Sinta-se à vontade para descomentar algumas das linhas antes de
usar o arquivo.

Nota

Para ser capaz de mostrar este exemplo adequadamente no manual, nós precisamos
quebrar algumas linhas, isto é indicado pelo uso do caracter de quebra de linha
"\" e uma identação extra na próxima linha. Em um arquivo real de
pré-configuração, estas linhas devem estar juntas em uma só linha. Se não
estiverem, a pré-configuração falhará com resultados imprevisíveis.

Um arquivo de exemplo "limpo" está disponível em ../example-preseed.txt.

#### Startup.

# To use a preseed file, you'll first need to boot the installer,
# and tell it what preseed file to use. This is done by passing the
# kernel a boot parameter, either manually at boot or by editing the
# syslinux.cfg (or similar) file and adding the parameter to the end
# of the append line(s) for the kernel.
#
# If you're netbooting, use this:
#   preseed/url=http://host/path/to/preseed
# If you're remastering a CD, you could use this:
#   preseed/file=/cdrom/preseed
# If you're installing from USB media, use this, and put the preseed file
# in the toplevel directory of the USB stick.
#   preseed/file=/hd-media/preseed
# Be sure to copy this file to the location you specify.
#
# Some parts of the installation process cannot be automated using
# some forms of preseeding, because the questions are asked before
# the preseed file is loaded. For example, if the preseed file is
# downloaded over the network, the network setup must be done first.
# One reason to use initrd preseeding is that it allows preseeding
# of even these early steps of the installation process.
#
# If a preseed file cannot be used to preseed some steps, the install can
# still be fully automated, since you can pass preseed values to the kernel
# on the command line. Just pass path/to/var=value for any of the preseed
# variables listed below.
#
# While you're at it, you may want to throw a debconf/priority=critical in
# there, to avoid most questions even if the preseeding below misses some.
# And you might set the timeout to 1 in syslinux.cfg to avoid needing to hit
# enter to boot the installer.
#
# Note that the kernel accepts a maximum of 8 command line options and
# 8 environment options (including any options added by default for the
# installer). If these numbers are exceeded, 2.4 kernels will drop any
# excess options and 2.6 kernels will panic. With kernel 2.6.9 or newer,
# you can use 32 command line options and 32 environment options.
#
# Some of the default options, like 'vga=normal' may be safely removed
# for most installations, which may allow you to add more options for
# preseeding.

# It is not possible to use preseeding to set language, country, and
# keyboard. Instead you should use kernel parameters. Example:
# languagechooser/language-name=English
# countrychooser/shortlist=US
# console-keymaps-at/keymap=us

#### Network configuration.

# Of course, this won't work if you're loading your preseed file from the
# network! But it's great if you're booting from CD or USB stick. You can
# also pass network config parameters in on the kernel params if you are
# loading preseed files from the network.

# netcfg will choose an interface that has link if possible. This makes it
# skip displaying a list if there is more than one interface.
d-i netcfg/choose_interface select auto

# If you have a slow dhcp server and the installer times out waiting for
# it, this might be useful.
#d-i netcfg/dhcp_timeout string 60

# If you prefer to configure the network manually, here's how:
#d-i netcfg/disable_dhcp boolean true
#d-i netcfg/get_nameservers string 192.168.1.1
#d-i netcfg/get_ipaddress string 192.168.1.42
#d-i netcfg/get_netmask string 255.255.255.0
#d-i netcfg/get_gateway string 192.168.1.1
#d-i netcfg/confirm_static boolean true

# Note that any hostname and domain names assigned from dhcp take
# precedence over values set here. However, setting the values still
# prevents the questions from being shown even if values come from dhcp.
d-i netcfg/get_hostname string unassigned-hostname
d-i netcfg/get_domain string unassigned-domain

# Disable that annoying WEP key dialog.
d-i netcfg/wireless_wep string
# The wacky dhcp hostname that some ISPs use as a password of sorts.
#d-i netcfg/dhcp_hostname string radish

#### Mirror settings.

d-i mirror/country string enter information manually
d-i mirror/http/hostname string http.us.debian.org
d-i mirror/http/directory string /debian
d-i mirror/suite string testing
d-i mirror/http/proxy string

#### Partitioning.

# If the system has free space you can choose to only partition that space.
#d-i partman-auto/init_automatically_partition \
#    select Use the largest continuous free space

# Alternatively, you can specify a disk to partition. The device name can
# be given in either devfs or traditional non-devfs format.
# For example, to use the first disk devfs knows of:
d-i partman-auto/disk string /dev/discs/disc0/disc

# You can choose from any of the predefined partitioning recipes:
d-i partman-auto/choose_recipe select \
     All files in one partition (recommended for new users)
#d-i partman-auto/choose_recipe select Desktop machine
#d-i partman-auto/choose_recipe select Multi-user workstation

# Or provide a recipe of your own...
# The recipe format is documented in the file devel/partman-auto-recipe.txt.
# If you have a way to get a recipe file into the d-i environment, you can
# just point at it.
#d-i partman-auto/expert_recipe_file string /hd-media/recipe

# If not, you can put an entire recipe in one line. This example creates
# a small /boot partition, suitable swap, and uses the rest of the space
# for the root partition:
#d-i partman-auto/expert_recipe string boot-root :: \
#    20 50 100 ext3 $primary{ } $bootable{ } method{ format } format{ } \
#    use_filesystem{ } filesystem{ ext3 } mountpoint{ /boot } . \
#    500 10000 1000000000 ext3 method{ format } format{ } \
#    use_filesystem{ } filesystem{ ext3 } mountpoint{ / } . \
#    64 512 300% linux-swap method{ swap } format{ } .
# For reference, here is that same recipe in a more readable form:
#    boot-root ::
#       40 50 100 ext3
#          $primary{ } $bootable{ }
#          method{ format } format{ }
#          use_filesystem{ } filesystem{ ext3 }
#          mountpoint{ /boot }
#       .
#       500 10000 1000000000 ext3
#          method{ format } format{ }
#          use_filesystem{ } filesystem{ ext3 }
#          mountpoint{ / }
#       .
#       64 512 300% linux-swap
#          method{ swap } format{ }
#       .

# This makes partman automatically partition without confirmation.
d-i partman/confirm_write_new_label boolean true
d-i partman/choose_partition select \
    Finish partitioning and write changes to disk
d-i partman/confirm boolean true

#### Boot loader installation.

# Grub is the default boot loader (for x86). If you want lilo installed
# instead, uncomment this:
#d-i grub-installer/skip boolean true

# This is fairly safe to set, it makes grub install automatically to the MBR
# if no other operating system is detected on the machine.
d-i grub-installer/only_debian boolean true

# This one makes grub-installer install to the MBR if if finds some other OS
# too, which is less safe as it might not be able to boot that other OS.
d-i grub-installer/with_other_os boolean true

# Alternatively, if you want to install to a location other than the mbr,
# uncomment and edit these lines:
#d-i grub-installer/bootdev  string (hd0,0)
#d-i grub-installer/only_debian boolean false
#d-i grub-installer/with_other_os boolean false

#### Finishing up the first stage install.

# Avoid that last message about the install being complete.
d-i prebaseconfig/reboot_in_progress note

#### Shell commands.

# d-i preseeding is inherently not secure. Nothing in the installer checks
# for attempts at buffer overflows or other exploits of the values of a
# preseed file like this one. Only use preseed files from trusted
# locations! To drive that home, and because it's generally useful, here's
# a way to run any shell command you'd like inside the installer,
# automatically.

# This first command is run as early as possible, just after
# preseeding is read.
#d-i preseed/early_command string anna-install some-udeb

# This command is run just before the install finishes, but when there is
# still a usable /target directory.
#d-i preseed/late_command string echo foo > /target/etc/bar

# This command is run just as base-config is starting up.
#base-config base-config/early_command string echo hi mom

# This command is run after base-config is done, just before the login:
# prompt. This is a good way to install a set of packages you want, or to
# tweak the configuration of the system.
#base-config base-config/late_command string \
#    apt-get install zsh; chsh -s /bin/zsh

###### Preseeding the 2nd stage of the installation.

#### Preseeding base-config.

# Avoid the introductory message.
base-config base-config/intro note

# Avoid the final message.
base-config base-config/login note

# If you installed a display manager, but don't want to start it immediately
# after base-config finishes.
#base-config base-config/start-display-manager boolean false

# Some versions of the installer can report back on what you've installed.
# The default is not to report back, but sending reports helps the project
# determine what software is most popular and include it on CDs.
#popularity-contest popularity-contest/participate boolean false

#### Clock and time zone setup.

# Controls whether or not the hardware clock is set to UTC.
#base-config tzconfig/gmt boolean true
# If you told the installer that you're in the United States, then you
# can set the time zone using this variable.
# (Choices are: Eastern, Central, Mountain, Pacific, Alaska, Hawaii,
# Aleutian, Arizona East-Indiana, Indiana-Starke, Michigan, Samoa, other)
#base-config tzconfig/choose_country_zone/US select Eastern
# If you told it you're in Canada.
# (Choices are: Newfoundland, Atlantic, Eastern, Central,
# East-Saskatchewan, Saskatchewan, Mountain, Pacific, Yukon, other)
#base-config tzconfig/choose_country_zone/CA select Eastern
# If you told it you're in Brazil. (Choices are: East, West, Acre,
# DeNoronha, other)
#base-config tzconfig/choose_country_zone/BR select East
# Many countries have only one time zone. If you told the installer you're
# in one of those countries, you can choose its standard time zone via this
# question.
#base-config tzconfig/choose_country_zone_single boolean true
# This question is asked as a fallback for countries other than those
# listed above, which have more than one time zone. You can preseed one of
# the time zones, or "other".
#base-config tzconfig/choose_country_zone_multiple select

#### Account setup.

# To preseed the root password, you have to put it in the clear in this
# file. That is not a very good idea, use caution!
#passwd passwd/root-password password r00tme
#passwd passwd/root-password-again password r00tme

# If you want to skip creation of a normal user account.
#passwd passwd/make-user boolean false

# Alternatively, you can preseed the user's name and login.
#passwd passwd/user-fullname string Debian User
#passwd passwd/username string debian
# And their password, but use caution!
#passwd passwd/user-password password insecure
#passwd passwd/user-password-again password insecure

#### Apt setup.

# This question controls what source the second stage installation uses
# for packages. Choices are cdrom, http, ftp, filesystem, edit sources list
# by hand
base-config apt-setup/uri_type select http

# If you choose ftp or http, you'll be asked for a country and a mirror.
base-config apt-setup/country select enter information manually
base-config apt-setup/hostname string http.us.debian.org
base-config apt-setup/directory string /debian
# Stop after choosing one mirror.
base-config apt-setup/another boolean false

# You can choose to install non-free and contrib software.
#base-config apt-setup/non-free boolean true
#base-config apt-setup/contrib boolean true

# Do enable security updates.
base-config apt-setup/security-updates boolean true

#### Package selection.

# You can choose to install any combination of tasks that are available.
# Available tasks as of this writing include: Desktop environment,
# Web server, Print server, DNS server, File server, Mail server,
# SQL database, Laptop, Standard system, manual package selection. The
# last of those will run aptitude. You can also choose to install no
# tasks, and force the installation of a set of packages in some other
# way. We recommend always including the Standard system task.
tasksel tasksel/first multiselect Desktop environment, Standard system
#tasksel tasksel/first multiselect Web server, Standard system

#### Mailer configuration.

# During a normal install, exim asks only a few questions. Here's how to
# avoid even those. More complicated preseeding is possible.
exim4-config exim4/dc_eximconfig_configtype \
    select no configuration at this time
exim4-config exim4/no_config boolean true
exim4-config exim4/no_config boolean true

# It's a good idea to set this to whatever user account you choose to
# create. Leaving the value blank results in postmaster mail going to
# /var/mail/mail.
exim4-config exim4/dc_postmaster string

#### X Configuration.

# Preseeding Debian's X config is possible, but you probably need to know
# some details about the video hardware of the machine, since Debian's X
# configurator does not do fully automatic configuration of everything.

# X can detect the right driver for some cards, but if you're preseeding,
# you override whatever it chooses. Still, vesa will work most places.
#xserver-xfree86 xserver-xfree86/config/device/driver select vesa

# A caveat with mouse autodetection is that if it fails, X will retry it
# over and over. So if it's preseeded to be done, there is a possibility of
# an infinite loop if the mouse is not autodetected.
#xserver-xfree86 xserver-xfree86/autodetect_mouse boolean true

# Monitor autodetection is recommended.
xserver-xfree86 xserver-xfree86/autodetect_monitor boolean true
# Uncomment if you have an LCD display.
#xserver-xfree86 xserver-xfree86/config/monitor/lcd boolean true
# X has three configuration paths for the monitor. Here's how to preseed
# the "medium" path, which is always available. The "simple" path may not
# be available, and the "advanced" path asks too many questions.
xserver-xfree86 xserver-xfree86/config/monitor/selection-method \
    select medium
xserver-xfree86 xserver-xfree86/config/monitor/mode-list \
    select 1024x768 @ 60 Hz

#### Everything else.

# Depending on what software you choose to install, or if things go wrong
# during the installation process, it's possible that other questions may
# be asked. You can preseed those too, of course. To get a list of every
# possible question that could be asked during an install, do an
# installation, and then run these commands:
#   debconf-get-selections --installer > file
#   debconf-get-selections >> file

# If you like, you can include other preseed files into this one.
# Any settings in those files will override pre-existing settings from this
# file. More that one file can be listed, separated by spaces; all will be
# loaded. The included files can have preseed/include directives of their
# own as well. Note that if the filenames are relative, they are taken from
# the same directory as the preseed file that includes them.
#d-i preseed/include string x.cfg

# More flexibly, this runs a shell command and if it outputs the names of
# preseed files, includes those files. For example, to switch configs based
# on a particular usb storage device (in this case, a built-in card reader):
#d-i preseed/include_command string \
#    if $(grep -q "GUID: 0aec3050aec305000001a003" /proc/scsi/usb-storage-*/*); \
#    then echo kraken.cfg; else echo otherusb.cfg; fi

# To check the format of your preseed file before performing an install,
# you can use debconf-set-selections:
#   debconf-set-selections -c preseed.cfg

C.2. Dispositivos do Linux

No Linux, você tem diversos arquivos especiais em /dev. Estes arquivos são
chamados de arquivos de dispositivos. No mundo Unix, o acesso a hardwares é
feito de forma diferente. Lá você tem um arquivo especial que permite que um
módulo tenha acesso a um hardware. O arquivo de dispositivo é uma interface
para o componente atual do sistema. Os arquivos sob /dev também funcionam de
forma diferente de arquivos ordinários. Abaixo estão listados alguns dos
arquivos mais importantes.

+---------------------------------+
|fd0|Primeira Unidade de Disquetes|
|---+-----------------------------|
|fd1|Segunda Unidade de Disquetes |
+---------------------------------+

+-----------------------------------------------------------------+
|hda  |Disco rígido IDE / CD-ROM na primeira porta IDE (Principal)|
|-----+-----------------------------------------------------------|
|hdb  |Disco rígido IDE / CD-ROM na primeira porta IDE (Escravo)  |
|-----+-----------------------------------------------------------|
|hdc  |Disco rígido IDE / CD-ROM na segunda porta IDE (Principal) |
|-----+-----------------------------------------------------------|
|hdd  |Disco rígido IDE / CD-ROM na segunda porta IDE (Escravo)   |
|-----+-----------------------------------------------------------|
|hda1 |Primeira partição do primeiro disco rígido IDE             |
|-----+-----------------------------------------------------------|
|hdd15|Décima quinta partição do quarto disco rígido IDE          |
+-----------------------------------------------------------------+

+--------------------------------------------------------------+
|sda  |Disco rígido SCSI com o ID mais baixo (e.g. 0)          |
|-----+--------------------------------------------------------|
|sdb  |Disco rígido SCSI com o próximo ID após o menor (e.g. 1)|
|-----+--------------------------------------------------------|
|sdc  |Disco rígido SCSI com o próximo ID (e.g. 2)             |
|-----+--------------------------------------------------------|
|sda1 |Primeira partição do primeiro disco rígido SCSI         |
|-----+--------------------------------------------------------|
|sdd10|Décima partição do quarto disco rígido SCSI             |
+--------------------------------------------------------------+

+-------------------------------------------------------------+
|sr0|Unidade de CD-ROM SCSI com o ID SCSI mais baixo          |
|---+---------------------------------------------------------|
|sr1|Unidade de CD-ROM SCSI com o ID SCSI maior que o anterior|
+-------------------------------------------------------------+

+--------------------------------------------------------------------+
|ttyS0  |Porta serial 0, COM1 no MS-DOS                              |
|-------+------------------------------------------------------------|
|ttyS1  |Porta serial 1, COM2 no MS-DOS                              |
|-------+------------------------------------------------------------|
|psaux  |dispositivo de mouse PS/2                                   |
|-------+------------------------------------------------------------|
|gpmdata|Pseudo dispositivo, repetidor de dados do daemon GPM (mouse)|
+--------------------------------------------------------------------+

+-----------------------------------------------------------+
|cdrom|Link simbólico para a unidade de CD-ROM              |
|-----+-----------------------------------------------------|
|mouse|Link simbólico para o arquivo de dispositivo de mouse|
+-----------------------------------------------------------+

+------------------------------------------------------------------+
|null|Tudo que for colocado neste dispositivo é enviado para o nada|
|----+-------------------------------------------------------------|
|zero|Qualquer um poderá ler zeros deste dispositivo               |
+------------------------------------------------------------------+

C.2.1. Configurando seu Mouse

O mouse pode ser usado em ambos o console do Linux (com o gpm) e no ambiente X
window. Os dois podem se tornar compatíveis caso o repetidor gpm é usado para
permitir que o sinal vá para o servidor X como mostrado:

mouse => /dev/psaux  => gpm => /dev/gpmdata -> /dev/mouse => X
         /dev/ttyS0             (repetidor)        (link simbólico)
         /dev/ttyS1

Ajuste o protocolo de repetição para ser raw (no arquivo /etc/gpm.conf)
enquanto ajustando o protocolo original do mouse do X no arquivo /etc/X11/
XF86Config ou /etc/X11/XF86Config-4.

Esta forma de usar o gpm até no X tem vantagens que se o mouse for desconectado
inadvertidamente, você poderá simplesmente reiniciar o gpm com

# /etc/init.d/gpm restart

para reativar o mouse sem reiniciar o X.

Caso o gpm for desativado ou não estiver instalado por alguma razão, tenha
certeza de ajustar o X para ler o dispositivo de mouse diretamente, como as /
dev/psaux. Para detalhes, veja o documento 3-Button Mouse mini-Howto em /usr/
share/doc/HOWTO/en-txt/mini/3-Button-Mouse.gz, man gpm, /usr/share/doc/gpm/
FAQ.gz, e README.mouse.

C.3. Espaço em Disco Necessário para as Tarefas (tasks)

A instalação do sistema básico para i386, usando o kernel padrão 2.4, incluindo
todos os pacotes padrões, requer 573MB de espaço em disco.

A seguinte tabela lista tamanhos relatados pelo aptitude para as tarefas
listadas no tasksel. Note que algumas tarefas tem pacotes que também são usados
em outras, assim o tamanho instalado total de duas tarefas juntas pode ser
menos que o total obtido pela adição dos números.

Note que você precisará adicionar os tamanhos listados na tabela ao tamanho da
instalação do sistema básico, quando determinar o tamanho de partições. A
maioria dos tamanhos listados como "Tamanho instalado" é o requerimento em /
usr; o tamanho listado em "Tamanho do Download" é o espaço (temporário)
requerido em /var.

+-----------------------------------------------------------------------------+
|    Tarefa     |    Tamanho     |   Tamanho do    |  Espaço requerido para   |
|               | instalado (MB) |  Download (MB)  |     instalação (MB)      |
|---------------+----------------+-----------------+--------------------------|
|Desktop        |1392            |460              |1852                      |
|---------------+----------------+-----------------+--------------------------|
|Servidor Web   |36              |12               |48                        |
|---------------+----------------+-----------------+--------------------------|
|Servidor de    |168             |58               |226                       |
|Impressão      |                |                 |                          |
|---------------+----------------+-----------------+--------------------------|
|Servidor de DNS|2               |1                |3                         |
|---------------+----------------+-----------------+--------------------------|
|Servidor de    |47              |24               |71                        |
|Arquivos       |                |                 |                          |
|---------------+----------------+-----------------+--------------------------|
|Servidor de    |10              |3                |13                        |
|E-mails        |                |                 |                          |
|---------------+----------------+-----------------+--------------------------|
|Banco de dados |66              |21               |87                        |
|SQL            |                |                 |                          |
+-----------------------------------------------------------------------------+

Nota

A tarefa Desktop instalará ambos os ambientes de Desktop Gnome e KDE.

Se instalar em um idioma que não seja o inglês, o tasksel pode instalar
automaticamente uma tarefa de localização, se alguma estiver disponível para
seu idioma. Os requerimentos de espaço se diferem por idioma, você deverá
permitir até 200Mb de espaço total para download e instalação.

C.4. Instalando a Debian GNU/Linux a partir de um sistema Unix/Linux

Esta seção explica como instalar a Debian GNU/Linux a partir de um sistema Unix
ou Linux já existente, sem usar o sistema de instalação baseado em ncurses,
guiado por menus como explicado no resto deste manual. O HOWTO "cross-install"
foi pedido por usuários que estavam migrando para a Debian GNU/Linux a partir
do Red Hat, Mandrake e SUSE. É assumida nesta seção alguma familiaridade com a
linha de comando e navegação no sistema de arquivos. O símbolo $ significa um
comando que será executado por um usuário atual do sistema, enquanto # se
refere a um comando no chroot da Debian.

Uma vez que tiver o novo sistema Debian configurado para sua preferência, você
poderá migrar os dados existentes de usuários (se existirem) para ele, e
mantê-lo em pleno funcionamento. Isto é chamada instalação do Debian GNU/Linux
"sem interrupção". Este também é um excelente método para lidar com hardwares
que não se comportam de forma amigável com vários tipos de inicialização ou
mídias de instalação.

C.4.1. Iniciando

Com as ferramentas atuais de particionamento do *nix, reparticione o disco
rígido como necessário, crie pelo menos um sistema de arquivos mais a partição
swap. Você precisará de pelo menos 150MB de espaço disponível para a instalação
somente da console ou pelo menos 300MB se planeja instalar o X.

Para criar um sistema de arquivos em suas partições. Por exemplo, para criar um
sistema de arquivos ext3 na partição /dev/hda6 (esta é nossa partição raiz):

 # mke2fs -j /dev/hda6

Para criar ao invés deste um sistema de arquivos ext2, não utilize a opção -j.

Inicialize e ative a partição swap (substitua o número da partição pela
partição que deseja usar para a Debian):

 # mkswap /dev/hda5
 # sync; sync; sync
 # swapon /dev/hda5

Monte uma partição como /mnt/debinst (o ponto de montagem da instalação, que
será o dispositivo raiz (/) de seu novo sistema). O ponto de montagem é de
livre escolha e será referenciado mais adiante no texto.

 # mkdir /mnt/debinst
 # mount /dev/hda6 /mnt/debinst

Nota

Se você quer ter partes do seus sitemas de arquivos (e.g. /usr) montadas em
partições separadas, você precisa criar e montar esses diretórios manualmente
antes de proceder para o próximo estágio.

C.4.2. Instalar o debootstrap

A ferramenta que o Debian installer utiliza, que é reconhecida como o método
oficial de instalar um sistema básico da Debian, é o debootstrap. Ele utiliza o
wget e o ar, mas depende somente do /bin/sh. Instale o wget e o ar caso ele
ainda não esteja instalado em seu sistema, então baixe e instale o debootstrap.

Se tiver um sistema baseado em rpm, você poderá usar o alien para converter o
pacote .deb do debootstrap em .rpm ou baixar uma versão em http://
people.debian.org/~blade/install/debootstrap

Ou poderá usar o seguinte procedimento para instalá-lo manualmente. Crie uma
pasta de trabalho para extração do pacote .deb:

 # mkdir work
 # cd work

O binário debootstrap está localizado nos arquivos da Debian (se assegure de
selecionar o arquivo apropriado para sua arquitetura). Baixe o pacote .deb do
debootstrap de pool, copie o pacote para o diretório de trabalho e descompacte
os arquivos binários a partir deste. Você precisará ter privilégios de root
para instalar estes binários.

# ar -x debootstrap_0.X.X_arch.deb
# cd /
# zcat /full-path-to-work/work/data.tar.gz | tar xv

Note que executar o debootstrap pode requerer que você tenha uma versão mínima
da glibc instalada (atualmente GLIBC_2.3). debootstrap é um script shell, mas
ele chama chama vários utilitários que requerem a glibc.

C.4.3. Executando o debootstrap

O debootstrap, ao ser executado, pode baixar os arquivos necessários
diretamente de um repositório. Você poderá substituí-lo por qualquer espelho
(mirror) de arquivos da Debian ao invés de usar http.us.debian.org/debian no
exemplo do comando abaixo, use preferivelmente um mirror mais perto de você em
sua rede. A lista de mirrors estão disponíveis a partir de http://
www.debian.org/misc/README.mirrors.

Se tiver uma versão do CD sarge da Debian GNU/Linux montado em /cdrom, poderá
substituir por uma url file ao invés de usar http: file:/cdrom/debian/

Substitua um dos seguintes por ARCH no comando debootstrap: alpha, arm, hppa,
i386, ia64, m68k, mips, mipsel, powerpc, s390, or sparc.

 # /usr/sbin/debootstrap --arch ARCH sarge \
     /mnt/debinst http://http.us.debian.org/debian

C.4.4. Configurando o Sistema Básico

Agora que você tem um sistema real da Debian em seu disco, execute o comando
chroot dentro dele:

 # LANG= chroot /mnt/debinst /bin/bash

C.4.4.1. Montando as Partições

Você precisará criar o arquivo /etc/fstab.

 # editor /etc/fstab

Aqui está um exemplo de como poderá modificar seu arquivo:

# /etc/fstab: arquivo contendo informações estáticas do sistema de arquivos
#
# sist arq.    ponto mont.     tipo    opções                  dump passo
/dev/XXX         /             ext3    defaults                 0    1
/dev/XXX         /boot         ext3    ro,nosuid,nodev          0    2

/dev/XXX         none          swap    sw                       0    0
proc             /proc         proc    defaults                 0    0

/dev/fd0         /mnt/floppy   auto    noauto,rw,sync,user,exec 0    0
/dev/cdrom       /mnt/cdrom    iso9660 noauto,ro,user,exec      0    0

/dev/XXX         /tmp          ext3    rw,nosuid,nodev          0    2
/dev/XXX         /var          ext3    rw,nosuid,nodev          0    2
/dev/XXX         /usr          ext3    rw,nodev                 0    2
/dev/XXX         /home         ext3    rw,nosuid,nodev          0    2


Use o comando mount -a para montar todos os sistemas de arquivos que
especificou no seu /etc/fstab, ou para montar os sistemas de arquivos
individualmente use:

 # mount /caminho  # e.g.:  mount /usr

Você poderá montar o sistema de arquivos proc múltiplas vezes e em localizações
diversas, pois /proc tem esta flexibilidade. Se não usar o mount -a, tenha
certeza de montar o proc antes de continuar:

 # mount -t proc proc /proc

O comando ls /proc deveria agora exibir um diretório não vazio. Se isto falhar,
você pode ser capaz de montar o proc de fora do chroot:

# mount -t proc proc /mnt/debinst/proc

C.4.4.2. Configurando o Teclado

Para configurar o teclado:

 # dpkg-reconfigure console-data

Note que o teclado não pode ser configurado enquanto dentro do chroot, mas será
configurado na próxima reinicialização.

C.4.4.3. Configurar a Rede

Para configurar a rede, edite os arquivos /etc/network/interfaces, /etc/
resolv.conf, e /etc/hostname.

 # editor /etc/network/interfaces

Existem alguns exemplos simples em /usr/share/doc/ifupdown/examples:

######################################################################
# /etc/network/interfaces -- arquivo d e configuração para o ifup(8), ifdown(8)
# Veja a página de manual interfaces(5) para informações sobre estas
# opções e ver quais estão disponíveis
######################################################################

# Nós sempre desejamos ter a interface loopback
#
auto lo
iface lo inet loopback

# Para usar o dhcp:
#
# auto eth0
# iface eth0 inet dhcp

# Um exemplo de configuração com IP estático: (o broadcast e gateway são opcionais)
#
# auto eth0
# iface eth0 inet static
#     address 192.168.0.42
#     network 192.168.0.0
#     netmask 255.255.255.0
#     broadcast 192.168.0.255
#     gateway 192.168.0.1

Entre com o servidor de nomes e diretivas de pesquisa no arquivo /etc/
resolv.conf:

 # editor /etc/resolv.conf

Um modelo de arquivo /etc/resolv.conf:

search hqdom.local\000
nameserver 10.1.1.36
nameserver 192.168.9.100

Entre com seu nome de host (2 a 63 caracteres):

 # echo DebianHostName > /etc/hostname

Se tiver várias placas de rede, você poderá organizar os nomes na ordem
desejada no arquivo /etc/modules. Então durante a inicialização, a placa terá
seu nome associado com o nome da interface (eth0, eth1, etc.) que deseja.

C.4.4.4. Configurando o fuso-horário, usuários e o APT

Configure seu fuso-horário, adicione um usuário normal, e selecione as fontes
do apt executando

 # /usr/sbin/base-config new

C.4.4.5. Configurando seus Locales

Para configurar suas definições de locales para usar o idioma Brasileiro ao
invés do Inglês, instale o pacote com suporte a locales e configure-o:

 # apt-get install locales
 # dpkg-reconfigure locales

NOTA: O apt *deve* ser configurado antes. ie. durante a fase do base-config.
Antes de usar o locales com conjunto de caracteres que não sejam ASCII ou
latin1, por favor consulte o HOWTO apropriado de localização.

C.4.5. Instalar um Kernel

Se deseja tornar o sistema inicializável, você precisará de um kernel do Linux
e um gerenciador de inicialização. identifique os kernels pré-empacotados com

 # apt-cache search kernel-image

Então instale o kernel de sua escolha usando seu nome de pacote.

# apt-get install kernel-image-2.X.X-arch-etc

C.4.6. Configurando seu Gerenciador de Partida

Para tornar seu sistema Debian GNU/Linux inicializável, ajuste seu gerenciador
de partida para carregar o kernel instalado com sua nova partição raiz. Note
que o debootstrap não instala um gerenciador de partida, você deverá executar
um apt-get dentro do seu chroot da Debian para fazê-lo.

Veja info grub ou man lilo.conf por instruções de como configurar um
gerenciador de partida. Se estiver mantendo o sistema que usou para instalar a
Debian, simplesmente adicione uma entrada para a nova instalação da Debian no
seu arquivo menu.lst ou lilo.conf. Para o lilo.conf você também precisará
copiá-los para o novo sistema e editá-lo lá. Após terminar a edição, execute o
lilo (lembre-se de usar o lilo.conf relativo ao sistema que está sendo
instalado).

Aqui está um arquivo /etc/lilo.conf básico como um exemplo:

boot=/dev/hda6
root=/dev/hda6
install=menu
delay=20
lba32
image=/vmlinuz
label=Debian

C.5. Instalando Debian GNU/Linux por Linha IP Paralela (PLIP)

Esta seção explica como instalar o Debian GNU/Linux em um computador sem placa
Ethernet, mas apenas com um gateway remoto conectado por um cabo Modem-Nulo
(também chamado cabo Impressora-Nula). O computador gateway pode ser conectado
à uma rede que tenha um espelho Debian (ex.: a Internet).

No exemplo neste apêndice nós iremos configurar uma conexão PLIP usando um
gateway conectado à Internet por uma conexão discada (ppp0). Nós usaremos os
endereços IP 192.168.0.1 e 192.168.0.2 para a interface PLIP no sistema alvo e
no sistema origem respectivamente (estes endereços não devem estar sendo usados
no espaço de endereços de sua rede).

A conexão PLIP configurada durante a instalação também deve estar disponível
após a reinicialização no sistema instalado (veja Capítulo 7, Inicializando em
seu novo sistema Debian).

Antes de você iniciar, você precisa verificar a configuração da BIOS (endereço
base de E/S e IRQ) para a porta paralela tanto no sistema origem como no alvo.
Os valores mais comuns são io=0x378, irq=7.

C.5.1. Requisitos

  * Um computador alvo, chamado alvo, onde o Debian será instalado.

  * Mídia de instalação do sistema; veja Seção 2.2, "Mídias de Instalação".

  * Outro computador conectado à Internet, chamado origem, que funcionará como
    gateway.

  * Um cabo Modem-Nulo DB-25. Veja o PLIP-Install-HOWTO para mais informações
    sobre este cabo e instruções para fazer você mesmo o seu.

C.5.2. Configurando a origem

O script shell a seguir é um exemplo simples de como configurar o computador
origem como um gateway Internet usando ppp0

#!/bin/sh

# Removemos módulos do kernel que estão rodando para evitar conflitos e para
# reconfigurar manualmente
modprobe -r lp parport_pc
modprobe parport_pc io=0x378 irq=7
modprobe plip

# Configuramos a interface plip (plip0 para mim, veja dmesg | grep plip)
ifconfig plip0 192.168.0.2 pointopoint 192.168.0.1 netmask 255.255.255.255 up

# Configuramos o gateway
modprobe iptable_nat
iptables -t nat -A POSTROUTING -o ppp0 -j MASQUERADE
echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward

C.5.3. Instalando o alvo

Inicie a mídia de instalação. A instalação precisa ser executada em modo
expert; entre expert no prompt de inicialização. Abaixo estão as respostas que
devem ser dadas nos vários estágios da instalação.

 1. Carregar componentes do instalador

    Selecione a opção plip-modules da lista; isto disponibilizará os drivers
    PLIP para o sistema de instalação.

 2. Detectar dispositivos de rede

      * Se o alvo tiver uma placa de rede, uma lista de módulos de drivers para
        as placas detectadas será mostrada. Se você quiser forçar o
        debian-installer para usar plip no lugar, você deve desmarcar todos os
        módulos de driver listados. Obviamente, se o alvo não tiver placa de
        rede, o instalador não mostrará esta lista.

      * Prompt for module parameters: Yes

      * Devido à nenhuma placa de rede ser detectada/selecionada antes, o
        instalador irá perguntar se você quer selecionar um módulo de driver de
        uma lista. Selecione o módulo plip.

      * Additional parameters for module parport_pc: io=0x378 irq=7

      * Additional parameters for module plip: deixe vazio

 3. Configure the network

      * Auto-configure network with DHCP: No

      * IP address: 192.168.0.1

      * Point-to-point address: 192.168.0.2

      * Name server addresses: você pode colocar o mesmo endereço usado na
        origem (veja /etc/resolv.conf)

Apêndice D. Considerações Finais

Índice

D.1. Sobre este documento
D.2. Contribuindo com este documento
D.3. Maiores Contribuições
D.4. Reconhecimento de Marcas Registradas

D.1. Sobre este documento

Este manual foi escrito para o programa de instalação da Sarge, baseado no
manual de instalação do Woody para os boot-floppies, que foi baseado em manuais
de instalações antigos do Debian e no manual de distribuição da Progeny que foi
lançado sob GPL em 2003.

Este documento foi escrito em DocBook XML. Os formatos de saída são gerados a
partir de programas do pacote docbook-xml.

Para melhorar a facilidade de manutenção deste documento, nós usamos um número
de características do SGML, como entities e seções marcadas. Isso permite a
utilização de variáveis e condições na linguagem de programação. O fonte SGML
deste documento contém informações para cada diferente arquitetura -- seções
marcadas são usadas para isolar certas partes do texto como específicas da
arquitetura.

D.2. Contribuindo com este documento

Se você tiver problemas ou sugestões sobre este documento, você poderá
enviá-los como um relatório de falhas sobre o pacote debian-installer-manual.
Olhe o pacote reportbug ou leia a documentação online do Debian Bug Tracking
System (BTS). Seria bom se você desse uma olhada em bugs abertos do
debian-installer-manual para ver se o seu problema já foi reportado. Caso tenha
sido, você poderá oferecer informações adicionais ou colaborações para <XXXX
@bugs.debian.org>, ondeXXXX é o número da falha já relatada.

Ou ainda melhor; obtenha uma cópia do fonte do DocBook deste documento e
produza patches contendo as alterações. O fonte do DocBook pode ser encontrado
em debian-installer WebSVN. Se não estiver familiarizado com o DocBook, não se
preocupe: existe um arquivo simples chamado cheatsheet no diretório dos manuais
que poderá lhe ajudar como ponto de partida. É como o formato html, mas é
orientado mais ao significado do texto do que ao invés da apresentação. Os
patches enviados para a lista de discussão debian-boot (veja abaixo) serão bem
vindos. Para instruções de como obter o código fonte via SVN, veja README a
partir do diretório raíz dos fontes.

Por favor não contacte diretamente os autores deste documento. Também existe
uma lista de discussão sobre o debian-installer, o que inclui discussões sobre
este manual. A lista de discussão é <debian-boot@lists.debian.org>. As
instruções para inscrição nesta lista podem ser encontradas na página de
Inscrição nas listas de discussão da Debian; ou você poderá navegar nos
Arquivos das listas de discussão da Debian de forma online.

D.3. Maiores Contribuições

Este documento foi originalmente escrito por Bruce Perens, Sven Rudolph, Igor
Grobman, James Treacy, e Adam Di Carlo. Sebastian Ley escreveu o Howto de
instalação. Muitos, muitos usuários Debian e desenvolvedores contribuiram com
este documento. Agradecimentos em particular devem ser feitos para Michael
Schmitz (m68k support), Frank Neumann (autor original do http://
www.informatik.uni-oldenburg.de/~amigo/debian_inst.html), Arto Astala, Eric
Delaunay/Ben Collins (informações sobre SPARC), Tapio Lehtonen, e Stéphane
Bortzmeyer por inúmeras edições e textos. Nós queremos agradecer a Pascal Le
Bail por informações úteis sobre a inicialização através da memória stick USB.
Miroslav KuÅe documentou várias funcionalidades do programa de instalação da
Sarge.

Textos extremamente úteis e informações foram encontradas no HOWTO sobre
inicialização via rede de Jim Mintha's (sem URL disponível), o http://
www.debian.org/doc/FAQ/, o http://www.linux-m68k.org/faq/faq.html, a FAQ do
Linux para Processadores SPARC, a FAQ do Linux/Alpha , entre outros. Os
mantenedores destas ricas fontes de informações livremente disponibilizadas
devem ser reconhecidos.

A seção de instalações em chroot neste manual (Seção C.4, "Instalando a Debian
GNU/Linux a partir de um sistema Unix/Linux") foi derivada em parte de
documentos sob copyright de Kersten M. Self.

A seção de instalações sobre plip neste manual Seção C.5, "Instalando Debian
GNU/Linux por Linha IP Paralela (PLIP)") foi baseada no PLIP-Install-HOWTO de
Gilles Lamiral.

D.4. Reconhecimento de Marcas Registradas

Todas as marcas registradas são propriedades de seus respectivos donos.

Apêndice E. GNU General Public License

Índice

E.1. Preamble
E.2. GNU GENERAL PUBLIC LICENSE
E.3. How to Apply These Terms to Your New Programs

Version 2, June 1991

Copyright (C) 1989, 1991 Free Software Foundation, Inc. -- 51 Franklin St,
Fifth Floor, Boston, MA 02110-1301, USA.

Everyone is permitted to copy and distribute verbatim copies of this license
document, but changing it is not allowed.

E.1. Preamble

The licenses for most software are designed to take away your freedom to share
and change it. By contrast, the gnu General Public License is intended to
guarantee your freedom to share and change free software -- to make sure the
software is free for all its users. This General Public License applies to most
of the Free Software Foundation's software and to any other program whose
authors commit to using it. (Some other Free Software Foundation software is
covered by the gnu Library General Public License instead.) You can apply it to
your programs, too.

When we speak of free software, we are referring to freedom, not price. Our
General Public Licenses are designed to make sure that you have the freedom to
distribute copies of free software (and charge for this service if you wish),
that you receive source code or can get it if you want it, that you can change
the software or use pieces of it in new free programs; and that you know you
can do these things.

To protect your rights, we need to make restrictions that forbid anyone to deny
you these rights or to ask you to surrender the rights. These restrictions
translate to certain responsibilities for you if you distribute copies of the
software, or if you modify it.

For example, if you distribute copies of such a program, whether gratis or for
a fee, you must give the recipients all the rights that you have. You must make
sure that they, too, receive or can get the source code. And you must show them
these terms so they know their rights.

We protect your rights with two steps: (1) copyright the software, and (2)
offer you this license which gives you legal permission to copy, distribute and
/or modify the software.

Also, for each author's protection and ours, we want to make certain that
everyone understands that there is no warranty for this free software. If the
software is modified by someone else and passed on, we want its recipients to
know that what they have is not the original, so that any problems introduced
by others will not reflect on the original authors' reputations.

Finally, any free program is threatened constantly by software patents. We wish
to avoid the danger that redistributors of a free program will individually
obtain patent licenses, in effect making the program proprietary. To prevent
this, we have made it clear that any patent must be licensed for everyone's
free use or not licensed at all.

The precise terms and conditions for copying, distribution and modification
follow.

E.2. GNU GENERAL PUBLIC LICENSE

TERMS AND CONDITIONS FOR COPYING, DISTRIBUTION AND MODIFICATION

  * This License applies to any program or other work which contains a notice
    placed by the copyright holder saying it may be distributed under the terms
    of this General Public License. The "Program", below, refers to any such
    program or work, and a "work based on the Program" means either the Program
    or any derivative work under copyright law: that is to say, a work
    containing the Program or a portion of it, either verbatim or with
    modifications and/or translated into another language. (Hereinafter,
    translation is included without limitation in the term "modification".)
    Each licensee is addressed as "you".

    Activities other than copying, distribution and modification are not
    covered by this License; they are outside its scope. The act of running the
    Program is not restricted, and the output from the Program is covered only
    if its contents constitute a work based on the Program (independent of
    having been made by running the Program). Whether that is true depends on
    what the Program does.

  * You may copy and distribute verbatim copies of the Program's source code as
    you receive it, in any medium, provided that you conspicuously and
    appropriately publish on each copy an appropriate copyright notice and
    disclaimer of warranty; keep intact all the notices that refer to this
    License and to the absence of any warranty; and give any other recipients
    of the Program a copy of this License along with the Program.

    You may charge a fee for the physical act of transferring a copy, and you
    may at your option offer warranty protection in exchange for a fee.

  * You may modify your copy or copies of the Program or any portion of it,
    thus forming a work based on the Program, and copy and distribute such
    modifications or work under the terms of Section 1 above, provided that you
    also meet all of these conditions:

    a) You must cause the modified files to carry prominent notices stating
    that you changed the files and the date of any change.

    b) You must cause any work that you distribute or publish, that in whole or
    in part contains or is derived from the Program or any part thereof, to be
    licensed as a whole at no charge to all third parties under the terms of
    this License.

    c) If the modified program normally reads commands interactively when run,
    you must cause it, when started running for such interactive use in the
    most ordinary way, to print or display an announcement including an
    appropriate copyright notice and a notice that there is no warranty (or
    else, saying that you provide a warranty) and that users may redistribute
    the program under these conditions, and telling the user how to view a copy
    of this License. (Exception: if the Program itself is interactive but does
    not normally print such an announcement, your work based on the Program is
    not required to print an announcement.)

    These requirements apply to the modified work as a whole. If identifiable
    sections of that work are not derived from the Program, and can be
    reasonably considered independent and separate works in themselves, then
    this License, and its terms, do not apply to those sections when you
    distribute them as separate works. But when you distribute the same
    sections as part of a whole which is a work based on the Program, the
    distribution of the whole must be on the terms of this License, whose
    permissions for other licensees extend to the entire whole, and thus to
    each and every part regardless of who wrote it.

    Thus, it is not the intent of this section to claim rights or contest your
    rights to work written entirely by you; rather, the intent is to exercise
    the right to control the distribution of derivative or collective works
    based on the Program.

    In addition, mere aggregation of another work not based on the Program with
    the Program (or with a work based on the Program) on a volume of a storage
    or distribution medium does not bring the other work under the scope of
    this License.

  * You may copy and distribute the Program (or a work based on it, under
    Section 2) in object code or executable form under the terms of Sections 1
    and 2 above provided that you also do one of the following:

    a) Accompany it with the complete corresponding machine-readable source
    code, which must be distributed under the terms of Sections 1 and 2 above
    on a medium customarily used for software interchange; or,

    b) Accompany it with a written offer, valid for at least three years, to
    give any third party, for a charge no more than your cost of physically
    performing source distribution, a complete machine-readable copy of the
    corresponding source code, to be distributed under the terms of Sections 1
    and 2 above on a medium customarily used for software interchange; or,

    c) Accompany it with the information you received as to the offer to
    distribute corresponding source code. (This alternative is allowed only for
    noncommercial distribution and only if you received the program in object
    code or executable form with such an offer, in accord with Subsection b
    above.)

    The source code for a work means the preferred form of the work for making
    modifications to it. For an executable work, complete source code means all
    the source code for all modules it contains, plus any associated interface
    definition files, plus the scripts used to control compilation and
    installation of the executable. However, as a special exception, the source
    code distributed need not include anything that is normally distributed (in
    either source or binary form) with the major components (compiler, kernel,
    and so on) of the operating system on which the executable runs, unless
    that component itself accompanies the executable.

    If distribution of executable or object code is made by offering access to
    copy from a designated place, then offering equivalent access to copy the
    source code from the same place counts as distribution of the source code,
    even though third parties are not compelled to copy the source along with
    the object code.

  * You may not copy, modify, sublicense, or distribute the Program except as
    expressly provided under this License. Any attempt otherwise to copy,
    modify, sublicense or distribute the Program is void, and will
    automatically terminate your rights under this License. However, parties
    who have received copies, or rights, from you under this License will not
    have their licenses terminated so long as such parties remain in full
    compliance.

  * You are not required to accept this License, since you have not signed it.
    However, nothing else grants you permission to modify or distribute the
    Program or its derivative works. These actions are prohibited by law if you
    do not accept this License. Therefore, by modifying or distributing the
    Program (or any work based on the Program), you indicate your acceptance of
    this License to do so, and all its terms and conditions for copying,
    distributing or modifying the Program or works based on it.

  * Each time you redistribute the Program (or any work based on the Program),
    the recipient automatically receives a license from the original licensor
    to copy, distribute or modify the Program subject to these terms and
    conditions. You may not impose any further restrictions on the recipients'
    exercise of the rights granted herein. You are not responsible for
    enforcing compliance by third parties to this License.

  * If, as a consequence of a court judgment or allegation of patent
    infringement or for any other reason (not limited to patent issues),
    conditions are imposed on you (whether by court order, agreement or
    otherwise) that contradict the conditions of this License, they do not
    excuse you from the conditions of this License. If you cannot distribute so
    as to satisfy simultaneously your obligations under this License and any
    other pertinent obligations, then as a consequence you may not distribute
    the Program at all. For example, if a patent license would not permit
    royalty-free redistribution of the Program by all those who receive copies
    directly or indirectly through you, then the only way you could satisfy
    both it and this License would be to refrain entirely from distribution of
    the Program.

    If any portion of this section is held invalid or unenforceable under any
    particular circumstance, the balance of the section is intended to apply
    and the section as a whole is intended to apply in other circumstances.

    It is not the purpose of this section to induce you to infringe any patents
    or other property right claims or to contest validity of any such claims;
    this section has the sole purpose of protecting the integrity of the free
    software distribution system, which is implemented by public license
    practices. Many people have made generous contributions to the wide range
    of software distributed through that system in reliance on consistent
    application of that system; it is up to the author/donor to decide if he or
    she is willing to distribute software through any other system and a
    licensee cannot impose that choice.

    This section is intended to make thoroughly clear what is believed to be a
    consequence of the rest of this License.

  * If the distribution and/or use of the Program is restricted in certain
    countries either by patents or by copyrighted interfaces, the original
    copyright holder who places the Program under this License may add an
    explicit geographical distribution limitation excluding those countries, so
    that distribution is permitted only in or among countries not thus
    excluded. In such case, this License incorporates the limitation as if
    written in the body of this License.

  * The Free Software Foundation may publish revised and/or new versions of the
    General Public License from time to time. Such new versions will be similar
    in spirit to the present version, but may differ in detail to address new
    problems or concerns. Each version is given a distinguishing version
    number. If the Program specifies a version number of this License which
    applies to it and "any later version", you have the option of following the
    terms and conditions either of that version or of any later version
    published by the Free Software Foundation. If the Program does not specify
    a version number of this License, you may choose any version ever published
    by the Free Software Foundation.

  * If you wish to incorporate parts of the Program into other free programs
    whose distribution conditions are different, write to the author to ask for
    permission. For software which is copyrighted by the Free Software
    Foundation, write to the Free Software Foundation; we sometimes make
    exceptions for this. Our decision will be guided by the two goals of
    preserving the free status of all derivatives of our free software and of
    promoting the sharing and reuse of software generally.

    NO WARRANTY

  * because the program is licensed free of charge, there is no warranty for
    the program, to the extent permitted by applicable law. except when
    otherwise stated in writing the copyright holders and/or other parties
    provide the program "as is" without warranty of any kind, either expressed
    or implied, including, but not limited to, the implied warranties of
    merchantability and fitness for a particular purpose. the entire risk as to
    the quality and performance of the program is with you. should the program
    prove defective, you assume the cost of all necessary servicing, repair or
    correction.

  * in no event unless required by applicable law or agreed to in writing will
    any copyright holder, or any other party who may modify and/or redistribute
    the program as permitted above, be liable to you for damages, including any
    general, special, incidental or consequential damages arising out of the
    use or inability to use the program (including but not limited to loss of
    data or data being rendered inaccurate or losses sustained by you or third
    parties or a failure of the program to operate with any other programs),
    even if such holder or other party has been advised of the possibility of
    such damages.

END OF TERMS AND CONDITIONS

E.3. How to Apply These Terms to Your New Programs

If you develop a new program, and you want it to be of the greatest possible
use to the public, the best way to achieve this is to make it free software
which everyone can redistribute and change under these terms.

To do so, attach the following notices to the program. It is safest to attach
them to the start of each source file to most effectively convey the exclusion
of warranty; and each file should have at least the "copyright" line and a
pointer to where the full notice is found.

one line to give the program's name and a brief idea of what it does.

Copyright (C) year name of author

This program is free software; you can redistribute it and/or modify it under
the terms of the gnu General Public License as published by the Free Software
Foundation; either version 2 of the License, or (at your option) any later
version.

This program is distributed in the hope that it will be useful, but without any
warranty; without even the implied warranty of merchantability or fitness for a
particular purpose. See the gnu General Public License for more details.

You should have received a copy of the gnu General Public License along with
this program; if not, write to the Free Software Foundation, Inc., 51 Franklin
Street, Fifth Floor, Boston, MA 02110-1301, USA.

Also add information on how to contact you by electronic and paper mail.

If the program is interactive, make it output a short notice like this when it
starts in an interactive mode:

Gnomovision version 69, Copyright (C) year name of author

Gnomovision comes with absolutely no warranty; for details type `show w'.

This is free software, and you are welcome to redistribute it under certain
conditions; type `show c' for details.

The hypothetical commands `show w' and `show c' should show the appropriate
parts of the General Public License. Of course, the commands you use may be
called something other than `show w' and `show c'; they could even be
mouse-clicks or menu items -- whatever suits your program.

You should also get your employer (if you work as a programmer) or your school,
if any, to sign a "copyright disclaimer" for the program, if necessary. Here is
a sample; alter the names:

Yoyodyne, Inc., hereby disclaims all copyright interest in the program
`Gnomovision' (which makes passes at compilers) written by James Hacker.

signature of Ty Coon, 1 April 1989

Ty Coon, President of Vice

This General Public License does not permit incorporating your program into
proprietary programs. If your program is a subroutine library, you may consider
it more useful to permit linking proprietary applications with the library. If
this is what you want to do, use the gnu Library General Public License instead
of this License.